O vento forte e gélido parecia cortar a pele a cada quilometro que percorriam, já era noite quando Derek finalmente parou a moto e desligou o motor, o que foi um alívio para ambos.— Chegamos — ele falou tocando na perna dela.
Tara o soltou e desceu da moto, parou diante dos degraus esperando por Derek, que vinha logo atrás. No céu nuvens carregadas começavam a se formar e relâmpagos cortavam aquela amplidão com grandes clarões brancos, que brevemente iluminavam o chão.
Ela levou um susto com o barulho que vinha lá de cima.
— Vai cair uma tempestade, chegamos na hora certa.
— É — ele murmurou rapidamente, sem dar muita atenção.
— Essa é sua casa?
— É — respondeu sério, indo até a porta.
— Você é um idiota — Tara falou de repente.
Derek rapidamente a fitou.
— Como é?
— Nada, pensei que você estivesse no automático: É... É.
Ele riu.
— Como você está, Tara?
— Toda dolorida — revirou os olhos. — Você poderia arrumar um carro, essa moto é um pavor.
Ele arqueou as sobrancelhas, pasmo.
— Fala sério, a turbinada é super confortável!
A morena gargalhou.
—Turbinada? Certo... Antes de entrar, vai me contar quem é essa pessoa que precisa de ajuda?
Ele engoliu seco.
— Não sei muito sobre ela...
— Ela? — Tara não disfarçou em mostrar seu desapontamento.
Em resposta ele balançou a cabeça.
— Então é isso...
— Isso? Não. É que... — ele olhou para ela. — Por acaso existe alguma raça não-humana que eu não conheça?
— Acredito que não, mas o que tem a ver?
— Ela não é uma humana e eu não sei o que ela é, acho você pode me dizer, mas vamos entrar antes que comece a chover.
Ao abrir a porta Derek ouviu um zumbido vindo da sala, depois de caminhar pelo corredor viu Lissa andando de um lado para outro com o aspirador ligado, sentado no sofá, Miguel segurava uma garrafa de Jack Daniels e falava com ela:
— Qual é o sentido disso Lis?
Derek revirou os olhos e tossiu para chamar atenção, o irmão se virou dizendo:
— Ela está tendo uma crise.
— É, percebi — Derek respondeu seco. — Temos uma hospede. Lissa, são dez da noite, não pode deixar isso para amanhã? — Lis não lhe deu ouvidos, mas ele continuou. — Você não sabe limpar uma casa, só está trocando a sujeira de lugar... Bom, essa é a casa, seja bem vinda, Tara.
A morena o fitou, Derek pegou em sua mão e a levou até o andar de cima.
— Você não me disse que a casa estaria cheia de vampiros — ela falou em protesto.
— Ninguém tocará em você!
— Ninguém? — ela falou séria, mas Derek poderia jurar que havia um pouco de malícia naquela pergunta.
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DarkBlood - Herdeira Sanguínea | Livro I
FantasiAlina Donovan nunca pensou que seres sobrenaturais pudessem existir, até ser atacada pelo vampiro Derek Campbell, quando se conhecem na mística Fortilen City. A jovem não é como os outros humanos que Derek já conheceu, o passado dela guarda um segre...