Capítulo 15 - Visita indesejada

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    O dia seguinte a pouco havia amanhecido, o sol abria caminho pelas nuvens e adentrava a janela. Marina olhava hipnotizada para a tela do celular, que vibrava a cada segundo, quando Jonathan entrou na cozinha carregando uma bolsa na mão direita.

— Ainda não foi para a faculdade? — ela perguntou dando um riso. — Nosso pai ficará uma fera!

— Estou indo agora, e a Alina?

— O que tem ela?

— Ela é sua amiga! Como ela está?

Mari, o fitou por um tempo.

— Eu não sei — disse franca. — Não nos vemos há dois dias inteiros, e ela nem foi à escola.

O irmão se aproximou falando seriamente:

— A última vez que a vi, ela estava na escola desorientada.

— O que você estava fazendo na escola? Não estuda mais lá.

— Só precisava pegar umas coisas no vestiário, mas falávamos da Alina, ela não parecia estar nada bem e depois estava na companhia de um cara.

— Que cara? — Marina de repente parou de mexer no aparelho em suas mãos para fitar o irmão, repentinamente curiosa.

— Não sei, ele é novo na cidade.

A loira deu um pulo, levantando-se rapidamente da cadeira aonde estava.

— Sabe se eles estão juntos? — ele perguntou, nitidamente desconcertado.

— A Alina é minha amiga, se toca!

Jonathan revirou os olhos, às vezes sua irmã era tão insistente quanto egoísta.

— Eu estou apenas preocupado com ela, você por acaso não está?

Ela se olhou no espelho do seu pó compacto, antes de responder:

— Você tem razão Jon, vou procurar por ela agora mesmo...

— Acha que ela não está bem?

— Eu não sei — respondeu saindo do cômodo.

— Então eu vou com você!

— Não — ela gritou, já perto da porta de entrada. — Eu ligo se precisar. Prometo — se despediu, indo até o carro, estacionado na frente da grandiosa casa.

Ela não estava preocupada, Alina não era criança e sabia se virar sozinha, mas Marina estava indo atrás dela pois fervilhava em suas veias a vontade de conhecer os irmãos novatos na cidade. Era um absurdo que ainda não os conhecesse, justo ela que sempre estava por dentro de tudo.

Dentro do carro seguiu para as montanhas como a amiga lhe dissera que os novos residentes moravam. Um tempo depois, assim que desligou o motor, fitou a casa a sua frente; silenciosa e nitidamente castigada pelo tempo.

A loira respirou fundo e se aproximou. Não tinha campainha, apenas uma grande e antiga aldrava em formato de gárgula de metal, com um aro em sua boca. Era um tanto sinistro, levando em consideração a estrutura antiga de majestosa da casa. Talvez fosse ousadia demais bater na porta de estranhos em plena 7 horas da manhã, mas ela era ousada o suficiente para isso. Logo seus olhos percorreram a silhueta do homem que rapidamente abriu a porta.

— Uau — ela deixou escapar de seus lábios.

— O que você quer? — ele não fez questão de ser simpático.

— Estou procurando uma amiga minha. Alina Donovan, conhece?

— Não.

Ela riu nervosa.

DarkBlood - Herdeira Sanguínea | Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora