Capítulo 7: Sentimentos a flor da pele

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Erika entrou em desespero ao ver aquela cena, havia muito sangue e nenhuma reação do corpo, Erika nem teve coragem de chegar perto, não queria acreditar de jeito nenhum que aquilo teria acontecido, tantas coisas que ela queria dizer, tantas coisas que ela queria fazer junto dele e tudo que ela panejou iria acabar assim? Só podia ser brincadeira, uma brincadeira de muito mau gosto.

Erika nem teve forças para descer da árvore, havia um corpo sobre o outro e muito sangue no local, o tiro foi certeiro no pulmão do individuo, Erika olhou para o lugar de onde o disparo tinha partido na esperança de ver algo ou alguém, tinha sido lá de baixo em umas moitas que havia lá em baixo, ele provavelmente teria seguido o garoto até a árvore, mas quem teria uma mira tão boa para atirar a essa distância com uma pequena arma a laser, que não tinha nenhum apoio visual para auxiliar no seu disparo?

Um sentimento se tristeza e ódio tomou conta de Erika, ela não sabia se chorava ou se gritava, perder seu melhor amigo não seria nada fácil, ainda mais o James que não era somente um amigo, mas um companheiro de todas as horas, que mesmo tendo vários e vários problemas se importava primeiro com os problemas dos outros.

Nesse momento enquanto ela pensava ela escuta um gemido, era James, ele ainda estava vivo.

- James!!! Gritou ela se sentindo aliviada, pulou de cima da árvore no mesmo instante e foi ao encontro dele.

- Você está bem? Achei que você tinha morrido.

Erika estava emocionada e ofegante, foi um susto muito grande para ela que ainda se sentia abalada com a morte do pai.

- Sim estou, falou James gemendo de dor, o tiro pegou de raspão no meu braço direito, sorte minha que você gritou e eu conseguir desviar, fez somente um corte, se acalme não precisa chorar, eu estou bem, o que me preocupa é o estado de saúde dele e não o meu, parece que ele foi gravemente ferido, ele não vai aguentar muito tempo, me ajude a tirar ele de cima de mim e encoste ele no tronco da árvore.

Erika tirou ele de cima de James, e o encostou no tronco da arvore para que ele pudesse se apoiar e ficar confortavelmente sentado, ele tinha um grande buraco no peito, não iria sobreviver por muito tempo.

James levantou colocando sua mão no braco atingido e foi em direção a vitima, ele estava todo coberto de sangue, dos pés a cabeça, no momento em que o disparo atingiu o até então suspeito a bolsa térmica caiu no chão, ele estava se preparando para tirar algo dela, mas foi interrompido pelo disparo, ele realmente não era o assassino, o assassino ainda vagava a solta por ai.

- Olá, como é seu nome?

Ele abriu um olho lentamente, e olhou buscando que falava com ele.

- Meu nome é... Albert... Maldonado, disse ele já debilitado e falando lentamente por cauda do disparo.

- Você pode nos explicar o que aconteceu antes de você chegar aqui?

- Claro, posso tentar, mas não garanto que vou conseguir contar ela toda.

- Então nos diga por favor, toda e qualquer informação será muito bem vinda nesse momento, mesmo que venha incompleta.

- Eu estava em busca de alguma bolsa térmica para que eu pudesse comer e beber algo, depois de algum tempo andando eu achei uma bolsa atrás de uma moita que tinha, quando me abaixei para pegar vi aquela cena que ninguém...

Ele colocou para fora um bolo de sangue pela boca, estava chegando sua hora.

- Não se esforce tanto, fale devagar. Falou James enquanto Erika observava em silêncio.

- Então, era o assassino que estava ali fazendo sua vitima e antes que ele terminasse de matar a pessoa ele sussurrou no ouvido da vitima:

- É tudo pelo nosso grupo e nossa cultura, sinta-se honrada por fazer parte da nossa história.

Hydroblack: A substânciaOnde histórias criam vida. Descubra agora