Capítulo 17: A morte as vezes parece injusta

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Erika

Acordei meio desnorteada e não sabia direito o que tinha acontecido , olhei para os lados para procurar saber onde eu estava, o carro estava de cabeça para baixo e estava completamente destruído, pelo que eu me lembro ele tinha capotado no mínimo umas cinco vezes. O sangue escorria pelo meu corpo em direção a cabeça, o cinto magnético havia funcionado muito bem, mas como o carro capotou não teve jeito e acabei sofrendo um corte na barriga, mais um para minha coleção de cortes.

Ao olhar para o lado vi Ângela, ela parecia está bem e tinha somente algumas escoriações pelo rosto e pelo corpo. Chamei ela para ver se ela acordava mais não obtive resposta, não conseguia me soltar do cinto que ficava preso a cintura por causa do corte que levei, a única que podia fazer isso era ela, tentei falar com Jeffrey que estava no banco do motorista, mas também não obtive resposta alguma, deveria está desmaiado também, a única coisa que me restava a fazer era esperar, mas isso não era uma opção para mim, já que se eu continuasse sangrando daquele jeito e ficasse naquela posição eu provavelmente acabaria morrendo e eu sou muito nova para morrer.

Comecei a chamar pelos dois, mas não obtive resposta de nenhum dele e a cada segundo que se passava ficava mais difícil para mim falar alguma coisa, foi então que reparei melhor na Ângela e notei que ela estava com um corte na parte de traz da cabeça, isso explicaria o fato dela não está respondendo. A minha vista foi ficando cada vez mais distorcida e eu já não conseguia enxergar muito bem as coisas ao meu redor, a visão estava começando a ficar escura e o olhos querendo e necessitando de repouso, meu corpo necessitava disso, mas eu sabia que se fechasse os olhos poderia ser a última vez que eu fizesse isso na vida. Tentei resistir o máximo que eu pude, mas o cansaço e o sono foram maior e a última coisa que vi antes de apagar completamente foi uma gota de sangue que escorria pelos meus olhos.

Ângela

Acordei com uma dor enorme na minha cabeça, devo ter sido atingida na virada final, mas acho que não é nada demais, se eu me cuidar me recupero rapidamente. Olhei ao meu redor e estava no lado de fora do carro, alguém havia me resgatado de lá, olhei para o carro e vi que estava pegando fogo, e havia alguns destroços perto do carro e perto de mim. Me levantei com um pouco de dificuldade e um pouco zonza por causa da batida e assim que fiquei em pé tratei de procurar se havia alguém no carro ainda, mas não havia ninguém, foi quando eu olhei um pouco mais a frente e vi Erika e Jeffrey do outro lado do carro caídos no chão, foi ai que notei que havia algo errado e desejei nunca ter presenciado aquela cena na minha vida.

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O esquadrão havia iniciado a perseguição do suspeito dentro do laboratório, como era um lugar muito grande era um pouco difícil de se procurar alguém lá dentro, mas eles estavam em maior numero o que facilitava um pouco a busca. Versel, após ser atendido pelos médicos que se encontravam de plantão no lado de fora do laboratório para prestar suporte ao pessoal que estava lá dentro, voltou rapidamente para o seu posto, ele não queria ficar um minuto a mais sequer longe do garoto... Ele colocou na cabeça que a única maneira dele ficar perto da doutora, mesmo ela já tendo morrido, seria completando o seu experimento e assim conseguindo levar o prêmio Bilderberg para a sua casa e dedicando a sua amada, só havia um porém, ele não era cientista e nunca na vida havia feito experiências químicas e isso já dificultava um pouco os planos dele, mas isso ele resolveria mais tarde.

Ele chegou aonde Scott estava e logo o dispensou do posto, mas Scott começou a enrolar ele, pois só havia se passado 15 minutos dos 30 que James pediu.

- E então Versel, já conseguiram deter o ladrão?

- Não me chame tão formalmente assim, para você é Sargento Antônio - disse ele ainda mais mal humorado e nervoso.

Hydroblack: A substânciaOnde histórias criam vida. Descubra agora