Capitulo 12

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REVISADO

Que tal dar uma estrelinha?;)

- Que tal esta aqui, amor? - pergunta Felipe apontando para uma aliança prata com pequenos riscos na diagonal esquerda. Simples porém bonita, muito bonita.

- É uma boa escolha, simples e requintada na sua própria simplicidade.

- Você realmente gostou? - questiona ele para ter a confirmação.

- Sim, meu amor. É perfeita.

- Então, já se decidiram? - pergunta o joalheiro com uma mal contida excitação com a possibilidade de uma nova venda.

- Sim, queremos estas. - diz Felipe apontando nossa escolha de alianças.

- Sabem os tamanhos de cor?

- Não.

- Certo, vejamos então - diz o joalheiro medindo nossos anelares. Após os números anotados, Felipe acrescenta no pedido.

- Queremos gravuras nas alianças.

- Certo. Já sabem quais?

- Sim, serão nossos nomes. Felipe na aliança dela, Julia na minha. Entendido?

- Claro meu senhor, isso tudo sairá por... O pagamento é feito no caixa.

- Certo, vamos Felipe, nós dividiremos. - respondo por Felipe.

- O que? Não ressuscite esse tema novamente Julia! Eu dei a idéia das alianças então eu pago meu amor.

- Já disse que quero que divida comigo Felipe!

- Não - responde-me com veemência.

- Senhorita, desculpe-me a intromissão na conversa de vocês, mas é tradição que o homem pague as alianças do casal. - Sei que é mentira, mas como sei que Felipe não me deixará pagar e eu também não estou querendo uma cena na loja, simplesmente dou um suspiro derrotada e aceno relutantemente.
Então após pagas, fomos informados que estarão prontas daqui dois dias.

Saímos do trabalho pouco tempo atrás, e adivinha? Não teve nenhuma discussão da qual eu imaginava. Mas devemos escolher nossas batalhas não é? E a minha próxima será... tan-tan-tan-tan... informa-lo dos meus planos para o fim de semana, ou seja, minha viagem com José à casa de seus pais.

Sei que Felipe vai relutar em aceitar isso, mas não há muitas chances de eu recusar esta viagem, estou muito ansiosa para rever Dona Maria e seu marido. Faz tanto tempo.

Caminhando até o carro, percebo que estou morrendo de fome pelo alto ruído que meu estômago fez. Felipe repara e tenta esconder um sorriso.

- Hey! Não ria da fome alheia - ralho com ele.

- Desculpe amor. Pizza? - em resposta meu estômago da outro ruído um pouco mais alto do que o último.

Dessa vez eu dou um largo sorriso em resposta e abro a porta e entro no carro. Felipe está com um ar sereno.
Não quero estragar isso mas tenho que conversar com ele.

- Você esta pensativa Julia. O que houve? - ele pergunta me tirando de meus devaneios.

- Tem planos para o fim de semana? - pergunto sem idéia de como amenizar o pedido.

- Não... Por quê? Tem algo em mente? - pergunta estacionando em uma pizzaria.

- Então, lembra que eu disse que praticamente os pais de José foram também minha família?

- Sim - ele se vira para mim enquanto tira a chave da ignição e me olha desconfiado.

- Lembra que eles também acham que eu estou morta há anos?

- Sim... aonde que chegar com isso Julia? - pergunta cansado dessa conversa barata.

- Estou querendo ir visitá-los neste fim de semana - jogo a bomba.

- Eu vou também. Não tenho nada planejado mesmo.

- Sério? Vai me deixar ir assim?

- Embora eu saiba que vou asfixiar de ciúmes, sei que é importante pra você Julia.

- José vai junto. - deixo escapar.

- O quê? - ele pergunta tentando ver se escutou certo.

- Ele precisa estar junto.

- Não, não precisa. Só precisamos do endereço dele. Não dele.

- Felipe, são os pais dele, ele tem de ir junto conosco, ainda por cima tem o fato que Dona Maria não tem idéia alguma que estou viva e que ainda mais estou indo vê-la. Vai que acontece alguma coisa com ela?

- Não Julia, não precisamos dele nessa viagem.

- Precisamos Felipe.

- Julia, você já parou para pensar em mim um momento porra? O quanto vai ser completamente ridículo os exs namorados se reencontrando e o atual namorado lá de canto?

- É isso que está te incomodando? - pergunto para ter certeza se esse é o único problema que incomoda-o.

- Como você pode ser tão obtusa? Imagine só como vai ser para mim entrar em uma casa que praticamente não sou bem-vindo?

- Não vá - digo simplesmente.

- E deixar você ir sozinha com seu ex namorado até a casa dos pais dele? Nem pensar Julia.

- Depois de tudo que acabou de falar ainda quer ir Felipe? Confie em mim por favor. Ficarei pouquíssimo tempo lá.

- A resposta é não. Nem por cima do meu cadáver.

Suspiro me dando por vencida nesta vã tentativa de fazer ele desistir de ir conosco.

- Então você vai conosco mesmo assim?

- Claro. Só se você não quiser mais ir.

- Mas é claro que eu quero ir. Felipe, eles foram minha segunda família e hoje pensam que estou morta. Sabe como isso dói?

- Me desculpe amor, mas é realmente necessário ir até lá? Não pode ligar ou mandar mensagem? Ou até mesmo convidá-la à algo passando-se por outra pessoa.

- Não sou nenhuma apresentadora de televisão para começo de conversa, então sim, é necessário para mim ir até lá e ver com meus próprios olhos que eles estão bem e com saúde.

- Tudo bem então Julia, sábado a que horas? - pergunta ele suspirando.

- Ainda não sei ao certo Felipe, tenho que falar com José e combinar com ele o melhor horário. Agora, por favor, podemos comer? Estou morrendo de fome.

- Claro - diz ele dando um sorriso um pouco aliviado, então vira-se abre a porta e sai do carro rumo ao meu lado para abrir a minha porta. Oh! Tais modos!

Após comermos uma pizza de atum voltamos para casa, para finalmente, depois de dia estressante desse podermos dormir e descansar em paz. Felipe, com suas mais que prazerosas técnicas de persuasão me convenceu a dormir no seu apartamento na cobertura.

Mas antes, como ele odeia que eu tenha de levantar mais cedo que o normal para voltar para meu apartamento e me arrumar, fui no meu apartamento, separei todas as minhas coisas em duas bolsas, a bolsa de serviço e outra mais velha para as roupas de amanhã junto com toda minha maquiagem necessária.

- Vamos ter um dia melhor amanhã meu amor?- perguntou-me Felipe.

- Com toda certeza - respondi enquanto Felipe me beijava em sua cama. E mais um dia se encerrava.

Meu chefe - Por: Ana DavidOnde histórias criam vida. Descubra agora