the lawnmower boy ❀ muke [c]

0,1

Oi. Só pra esclarecer algumas coisas:
♡ É Muke
♡ É baseado no clipe de Call Me Maybe (me julgue).
♡ Vão ser capítulos com uma média de 1.300 a 2.000 palavras, então eu vou atualizar umas três vezes por semana. (E eu escrevo ela pelo celular, o que torna mais fácil)
♡ E eu amo essa florzinha do título (iggynore)

✿ ✿ ✿

Fim das aulas, início das férias. O que para mim, graças ao meu maravilhoso desempenho escolar, significava alguma espécie de castigo. Espero que a ironia em relação as minhas notas não tenha passado despercebida.

Quando minha mãe, vulgo soberana e suprema dona Karen, havia colocado as mãos em meu boletim na sexta-feira, olhado dele para a professora e em seguida para mim, eu sabia que sofreria pelo resto das férias. Por tanto, para dar início a esse maravilhoso castigo, eu estava proibido de "utilizar qualquer meio de comunicação ou entretenimento eletrônico". Celular, computador, notebook, tablet, consoles, televisão; até de ligar um rádio a maluca havia me privado. Tudo isso por causa de alguns números abaixo da média. Mereço.

De qualquer forma, lá estava eu, largado no sofá da sala e entediado, com as portas escancaradas, contemplando a visão do quintal dos fundos. A piscina parecia extremamente atraente para matar aquele calor, mas eu estava com preguiça até disso. Eu já havia almoçado fazia uma hora, porém meu estômago parecia nem ligar para esse fato.

Ele roncou no exato momento em que os sapatos de salto alto da minha mãe começaram a ecoar no corredor largo que ligava a sala com a porta da frente.

"Michael," ela normalmente me chamava de "amor", "bebê" e outros derivados, tanto em casa quanto na frente dos outros, o que significava que meus amigos as vezes me zoavam por causa disso. Mas não hoje e nem nos últimos três dias. Hoje ela estava, no mínimo, fula da vida, para não xingar minha própria mãe. "a lista das coisas que você tem que fazer durante a semana estão lá na geladeira."

Ouvi os "plocs" irritantes do seu sapato pararem e soube que ela estava atrás de mim, provavelmente com os braços cruzados e com o peso apoiado em uma perna, encarando a parte traseira da minha cabeça como se quisesse me esganar.

"Michael, eu estou falando com você!" Dei um pulo com seu grito e virei meu corpo todo no sofá, apoiando os braços no encosto. "Ótimo. Eu estou indo trabalhar. Você já sabe do que está proibido, não é?"

"Não usar o celular a não ser para atender quando você ligar e blá, blá e blá." Resmunguei, apoiando a cabeça na mão.

"Não usa esse tom comigo, mocinho!" Credo, ela estava mais irritada que o normal. "Nada de nenhum aparelho eletrônico. E nem adianta protestar!" Ela me cortou antes mesmo de eu poder reclamar, me obrigando a fechar a boca novamente. "Você sabe que é por um bom motivo. Viu aquelas notas, Michael? Que vergonha." Minha mãe balançou a cabeça e eu revirei os olhos com seu discurso.

Ela realmente achava que cortar minha diversão faria eu estudar mais? Pfff.

Pelo visto, todos os dias seriam assim, tanto pela manhã quanto pela tarde. Eu havia escapado de seu discurso as sete da manhã enquanto fingia dormir. Bem, não exatamente fingia. Às vezes eu me perguntava como meu pai conseguia aguentar ela quando eles discordavam de alguma coisa. E o pior de tudo era que o senhor Daryl não era de ficar quieto e ouvindo como eu. Ou pelo menos tentar.

Eu tinha ligado para Rena as 11h da manhã, num momento de coragem que eu tivera para quebrar o castigo de minha mãe, chamando-a para vir aqui em casa no início da tarde e apagando logo em seguida a chamada do histórico.