Twitter | Ashton Irwin

06.

Obrigada pelas mais de 3K leituras! Boa leitura!

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Dirijo-me ao roupeiro e retiro uns calções de ganga preta e a minha camisa branca de manga cavada. Deslizo a roupa pelo meu corpo ainda húmido do banho e entalo a camisa por dentro dos calções. Calço rapidamente as minhas sandálias brancas de salto e vou à casa de banho, colocando alguma maquilhagem no meu rosto pálido. Dou um jeito no cabelo e encontro a Eduarda entrando também na divisão para se maquilhar. Ela vestia um vestido curto preto e uns botins, também eles pretos. Depois de pegar na minha mala e de nos despedirmos dos meus avós, saímos de casa à procura de um táxi.

Já no táxi, dizemos ao condutor que nos leve até a uma discoteca situada no centro de Sydney, que eu tinha esquecido o nome. Ele assente e arranca. A viagem não é muito demorada, visto que a casa dos meus avós se situava na periferia do cento de Sydney. Eu e a Eduarda tínhamos decidido ir a uma discoteca para celebrarmos a nossa chegada a Sydney. Sim, corríamos o risco de não nos deixarem entrar, por apenas termos 16, mas o nosso corpo não aparentava essa idade. Tanto que em Portugal já tínhamos entrado muitas vezes em discotecas, sem nunca desconfiarem da nossa idade. Nós não somos raparigas de grandes bebedeiras, um shot ou uma cerveja quando saímos com amigos, mas nada de exagerado. Quando senti o veículo parar, retirei uma nota do porta-moedas e entreguei ao condutor, que de seguida me devolveu umas moedas como troco.

Entrámos na discoteca sem grandes problemas, como calculámos. Os porteiros não se opuseram à nossa entrada, então, pagámos o valor necessário para entrar, e entrámos. Música abruptamente invadiu os meus sentidos, fazendo-me tombar para o lado. Por momentos, senti uma vontade de sair dali e ir embora. O cenário era típico: dançarinos descontrolados, bêbados, casais, ou drogados. Não é de todo o meu tipo de cenário, e a faixa etária não coincidia em nada com a minha. Avancei atrás da Eduarda, e duvidei seriamente da minha escolha de vestuário. Sentia-me mais observada do que nunca, e odiava essa sensação. Depois de alcançarmos o bar, ambas pedimos uma cerveja. Eu não gostava muito do sabor, para ser sincera, mas como é óbvio não ia pedir logo um shot. Uma música bem conhecida começou a soar e fomos para a pista, dançar um pouco. Como é óbvio, levámos os copos connosco, não queríamos correr o risco de sermos drogadas. Vários corpos suados estavam dispersos na pista, roçando uns nos outros. Tentei abstrai-me um pouco da multidão à minha volta, e comecei a dançar juntamente com a Eduarda. Enquanto dançava, passei os olhos pelo público sentado no bar e pude ver o olhar de um rapaz alto e moreno pousado em mim. Eu desviei o olhar e tentei ignorar o facto de ele olhar para mim enquanto dançava, mas foi inevitável quando ele se levantou da sua cadeira. Eu congelei, não sabia de todo que tipo de ação ele estava preste a tomar, e quando tentei avisar a Eduarda do sucedido, ela entorna o líquido do seu copo na minha camisa branca. Corri para a casa banho, porque agora estava molhada e ainda por cima, em camisa branca. Escorri a minha camisa e tentei recompor o meu vestuário, quando a porta abriu e para meu espanto era o rapaz do bar. Eu estava pronta para gritar quando ele sorriu amavelmente para mim.

-Não tenhas medo. Ok, eu sei que estive a observar-te muito tempo, e que agora estou aqui numa casa de banho que nem é a minha, mas queria saber como estavas. - Ele disse amigavelmente e eu franzi a testa, em confusão. - Sobre a cerveja, sabes?

-Ah, isso. Sim, estou melhor, eu acho.

-Eu sou o Fletcher. - Ele aproximou-se de mim, esticando a mão, e foi impossível não sorrir por causa do nome. Fletcher? A sério? Outro Fletcher?

-Emma. - Eu disse enquanto estendia também a mão. - Bom nome, ahaha. - Eu soltei uma risada e ele olhou um pouco confuso para mim, mas acabou por me sorrir.

-E então vamos continuar a nossa conversa na casa de banho?

-Ah, acho que é melhor não. Para ti, não é?

-Aceitas vir até ao bar? Eu pago-te alguma coisa. - Eu olhei para ele ligeiramente reticente. Eu estava em Sydney por causa de um Fletcher, e aparecer outro na minha vida assim, era um tanto estranho e incómodo. Acabei por segui-lo, na verdade, não tinha nada a perder. Se ele realmente quisesse alguma coisa de mim, não me levaria para o bar onde há imensa gente.

-O que vais querer? - Ele perguntou-me.

-Um shot. Mas fraco. - Eu adverti. Ele olhou para mim estupefacto, e calculei que fosse por eu querer um shot. Mas ainda mais estupefacto ele ficaria ao saber a minha idade. - E tu? Que idade tens?

-18. E tu? - Eu hesitei em dizer-lhe, tinha medo da sua reação, mas logo disse baixo o suficiente para só ele ouvir "16". A sua boca abriu num "o" de espanto. Eu ri e ele desfez a sua expressão. - A sério? E o que estás aqui a fazer?

-O mesmo que tu.

-Bem, por um lado, ainda bem que vieste. - Ele disse, depois de fazer os nossos pedidos.

***

Desviei os lençóis da minha cama e entrei, aconchegando o meu corpo contra o tecido. A Eduarda já adormeceu, eu não sei se ela bebeu demais, porque passei a noite toda junto do Fletcher. Ele é um rapaz incrível. Falei das coisas mais variadas com ele, até sobre os 5 seconds of summer, e ele riu-se quando lhe contei sobre as minhas mensagens para o Ashton. Por momentos, achei-me ridícula por continuar obcecada por uma pessoa que nem sabe da minha existência. Por momentos, pensei que poderia amar alguém para além do Ashton.

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Olá!

Bem, que acharam deste capítulo? Sinceramente, estou tão surpreendida deste capítulo como vocês... Quando comecei a escrever o capítulo, não tinha em mente criar uma nova personagem, mas surgiu, e eu gostei de como fiquei! Ainda não sei que papel ele vai ter na vida da Emma, o que vocês acham?

958 palavras? O meu capítulo mais longo!!!! TENHO A DIZER-VOS QUE NO PRÓXIMO CAPÍTULO, OU NO A SEGUIR, A EMMA E O ASH FINALMENTE VÃO VER-SE, MAS NÃO DIGO MAIS NADA, MUAHAHA!

Espero mesmo que tenham gostado, e se sim, votem e comentem!

LY ALL!

Muitos beijinhos,

Dani ♥