17° Cap.- " Nunca me irei perdoar se algo lhe acontecer!"

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× Skye On ×

Andei durante bastante horas pela cidade e decerta forma fez-me sentir bem. Agora começa a fazer frio e eu tenho mesmo que ir para casa ou então congelo aqui no meio da rua.

Visto que a segunda opção não me agradou muito, optei pela primeira. Sei que vou ter que dar de cara com aquele par de olhos cor-de-avelã, mas sempre posso limitar-me a subir para o meu quarto enquanto todos na sala se ficam a divertir, a relembrar os velhos tempos.


Sinto-me culpada por ter afastado os meus pais dos seus amigos. A minha mãe tornou-se muito próxima de Trisha, graças a mim e ao Zayn. Elas adoraram conhecer-se e nunca mais se largaram, mas como sempre algo estragou tudo e eu tive que ser diagnosticada com uma suposta doença que estragou a minha vida por completo.

Com todos estes pensamentos, quando olho em frente reparo que já estou em frente á minha humilde habitação.

Coloquei a chave na ranhura da porta, abrindo assim a mesma. Ao entrar pude ouvir alguns risos, mas logo foram cortados quando o meu pai me avistou. Foi o bastante para todas as pessoas que estavam na sala de jantar me mirarem.

- Skye, estavamos preocupados contigo. Vem senta-te, deves estar cheia de fome. - disse o meu pai vindo na minha direção.

- Eu estou sem fome. Vou para o meu quarto. - disse só para que ele me ouvi-se.

- Filha.- chamou segurando a minha mão, sussurando- Eu percebo que te custe enfrentá-los depois de tudo o que passas-te, mas tenta fazer isto pela tua mãe. Ela ficou destroçada quando saís-te de casa. Faz o melhor sorriso que conseguires e senta-te ao pé de nós. Não te irei obrigar a ter um diálogo pois será pedir muito, mas sê simpática por favor.

Eu percebo que isto seja importante para ambos e estou arrependida de ter tratado a minha mãe como tratei. Afinal é só um jantar, isto passa rápido.

Assinto com a cabeça e sigo o meu pai até á sala de jantar. Posso ver o sorriso no rosto da minha mãe e isso já faz a noite valer a pena. Passo pelo local onde a minha mãe se encontra sentada e beijo os seus cabelos ao de leve, sentando-me ao seu lado logo de seguida.

- Skye, ao tempo que já não te via. Estás cada dia mais bonita. - ouço Trisha elogiar-me.

- Obrigada Trisha, é um prazer em vê-la. - disse sorrindo.

O jantar foi passando e a conversa do momentos eram negócios e essas "conversas de adultos". Durante todo o jantar pude sentir o olhar de Zayn sobre mim e algumas das vezes os nossos olhares chocavam quando eu encarava o seu pai, quando este fazia algum comentário sobre o tema discutido.


- E que tal irmos para a sala? Ficaremos mais á vontade. - sugeriu a minha mãe.

Dito isto todos nos dirigimos á sala e acomodámo-nos no maravilhoso sofá.


- Yaser, aceita uma bebida? - pergunta o meu pai, recebendo um sim em resposta.- E tu Zayn?

- Não obrigado. - disse ele.


Dito isto o meu pai afastou-se indo preparar as bebidas.

- Então querida, como tens estado? É bom estar de volta? - pergunta-me Trisha.

- Tenho estado bem, obrigada. Para ser sincera, é diferente. Estava habituada ás ruas movimentadas de Londres e toda aquela confusão, aqui as coisas são mais pacatas. - disse tentando ser simpática.

- Tens te adaptado bem na escola de novo?- perguntou

- Sim, aquilo já não é novo para mim.

- Sabes tu és uma heroína para mim!- consigo ouvir a voz da pequena Safaa, o que me fez sorrir.

- Asério? Agora tens que me dizer porquê, estou curiosa. - disse em tom de gozo.

- A minha mãe disse-me que estavas muito doente e que tinhas algo dentro de ti que te estava a fazer mal, mas agora estás boa porque és forte.- disse ela sorrindo-me.

Apesar de querer retríbuir o sorriso, eu não consegui. Ainda não é fácil para mim falar destes assuntos, mas Safaa é apenas uma criança inocente.

Vi Trisha repreender a filha com um olhar severo. Quando Safaa tocou neste assunto senti que tods ficaram tensos. Até mesmo ele.


- Tudo bem, Trisha. Não se preocupe.- disse tentado sorrir-lhe.

Senti a mão do meu pai no meu ombro em sinal de apoio, ele sabe o quanto isto é difícil, não só para mim, comp também para eles.

Do nada, começei a sentir uma sensação estranha no corpo, mas ignorei tentando prestar atenção ao tema de conversa que tinha surgido. A sensação estranha voltou e desta vez pior, mas não quero que ninguém perceba, não quero estragar a noite deles.

- Bem, se me dão liçensa eu vou para o meu quarto, estou cansada e amanhã ainda tenho aulas. Boa noite! - disse eu ganhando forças para me levantar.

- Boa noite.- dizem todos em unísono.

Quando estava prestes a subir o primeiro degrau das escadas, sinto o meu corpo fraquejar e só tive tempo de me sentir embater contra o chão sentindo de imediato uma dor aguda na cabeça e nas costas. Consigo ouvir passos apressados na minha direção.

- Skye? Oh meu deus filha, fala comigo por favor!- dizia a minha mãe desesperada.

Consegui abrir os olhos, mas não por completo devido ao embate da cabeça custa-me forçá-los a abrir.

- Skye?! Diz alguma coisa. - disse a minha mãe, ajoelhada ao meu lado.

- Nã.. Não me est... a sentir bem!- disse eu com as palavras sendo cortadas á medida que saíam.

- Chamem a ambulância, por favor.- diz o meu pai segurando na minha cabeça que sangrava um pouco.

Consegui ver Zayn a afastar-se com o seu telemóvel na orelha, provavelmente fazendo o que o meu pai pediu.

- Nã....não consig... respirar!- disse eu sentindo um aperto nos pulmões.

- Tem calma, respirar muito devagar filha.- disse o meu pai.

- Eles já vem a caminho. - ouvi a voz de Zayn ao fundo.

O mesmo aproximou-se de mim ajoelhando-se ao lado da minha mãe agarrando a minha mãe, queria largar a sua mão, mas não tinha forças.

- Mantém os olhos abertos, Skye. Tenta não os fechar por favor.- disse Zayn tentando manter a calma, fazendo-me carinho na mão.

Alguns minutos passaram para que chega-se a ambulância. Nesse momento sentia-me fraca as minhas forças estão a chegar ao fim. E com isto deixei-me levar fechando os olhos calmamente.

× Zayn On ×

Ver Skye tão frágil naquela maca deixa o meu coração apertado. Desde que entrei nesta ambulância que tem sido um alvorosso total. Fui colocado numa esquina tendo que observar a rapariga que eu amo sendo tratado pelos enfermeiros, sem poder segurar na sua mão.

Este episódio fez-me acordar para a vida. Eu devia ter estado lá naquele momento, ela precisava de mim, tal como sei que precisa agora. Nunca me irei perdoar se algo lhe acontecer!

Saí dos meus pensamentos quando ouço os enfermeiros.

- Estou a perder o pulso. - disse para o colega, seguido de um barulho contínuo da máquina.

- Vamos ter que reanimá-la.- disse o outro.

Neste pequeno momento o meu mundo caíu.


Olá minha gente!!
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Bejocas,
Sara

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⏰ Última atualização: Oct 06, 2015 ⏰

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