Hope Legado de sangue ( Em Revisão)

Capítulo 19

Assim que li o bilhete considerei imediatamente não ir, eu não queria ter que confrontar Connor, muito menos ficar á sós com ele, até mesmo por quê esses "confrontos" entre nós nunca acabavam bem, ainda assim fui até o banheiro ao lado e encarei o pequeno retângulo á minha frente, eu estava mais magra, olheiras negras e profundas circundavam meus olhos, meu cabelo parecia impossível de desembaraçar enquanto eu tentava penteá-lo, meus lábios estavam rachados devido á pouca umidade, minhas bochechas estavam coradas de um laranja avermelhado devido á todo o tempo exposta no Sol, de repente me veio á cabeça a imagem de Connor, ele estava exatamente do mesmo jeito que eu o conhecera, a pele bronzeada, os músculos evidentes, o cabelo sedoso... Os lábios...
Joguei um pouco de água contra meu rosto quente e a imagem da garota loira surgiu na minha mente estraçalhando a pouca vontade de ir até ele, a bela garota loira de curvas sinuosas e bem vestida, contra mim, a garota que mal conseguia desembaraçar o próprio cabelo. Suspirei de repente me lembrando da primeira vez que Connor e Hunter discutiram, ambos discutiram por minha causa, para Hunter talvez eu realmente importasse, eu conseguia sentir, cada vez que ele falava comigo, cada vez que ele me olhava com aqueles grandes olhos azuis, , mas com Connor tudo era exatamente o contrário, ele nunca se denunciava, nunca se deixava ver, ele sempre parecia conseguir esconder tudo. Era isso, simples assim, Hunter era uma certeza enquanto Connor era apenas um tiro no escuro, uma incerteza, uma fraca possibilidade.

Prendi meu cabelo num rabo de cavalo frouxo e sequei o rosto, depois voltei para o quarto passando pela porta e seguindo para o fim do corredor, ignorando todos os meus extintos, ignorando tudo que me mandava parar e recuar, de fato no fim do corredor havia uma porta de madeira com detalhes entelhados nas laterais, minha mão pousou sobre a maçaneta gélida, soltei um suspiro, não podia me esquecer do por quê estava ali.

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Quase que em câmera lenta eu virei a maçaneta e a porta se abriu com um ranger, revelando a forma masculina do outro lado.

Aquilo não era um quarto, haviam mesas com toalhas brancas espalhadas meticulosamente sobre o ambiente, cadeiras postas uma de frente pra outra, e bem na parede da frente, uma janela enorme que revelava quase todo o interior do cômodo.

E era bem em frente á janela que ele estava posicionado, seus braços fortes estirados um de cado lado do batente, ele virou-se, olhos castanhos escuros, primeiro apreensivos, e em seguida aliviados.

A fraca luz que irrompia pela janela era do Sol que ainda nascia no horizonte soturno, deixando nossos rostos tomados pelo breu... Ele me encarou por alguns segundos, um sorriso suave surgindo no canto da sua boca, encostando-se em seguida contra a janela, cruzei os braços os posicionando contra meu peito, como se aquele simples gesto fosse me proteger de tudo o que aquele olhar causava em mim.

- Pensei que não viria. - Sua voz rouca irrompeu o silêncio devastador, soltei o ar.

- Se quiser eu posso ir embora. - Ele balançou a cabeça e então seu sorriso aumentou um pouco.

- Por que você tem que ser tão...

- Dificíl? - completei, ele ficou em silêncio. - Se quer algo fácil veio atrás da garota errada, tenho certeza que aquela loira te daria toda a facilidade do mundo, por quê não vai atrás dela?! - Connor franziu o cenho, seu rosto distorcido por um riso que ele parecia tentar segurar sem muito sucesso.

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- Esta com ciúmes?! - Soltei um som que até aos meus próprios ouvidos me pareceu patético.

- Você não passa de um egocêntrico narcizista vaidoso Connor! - disparei, ele riu alto.

- Eu ao menos posso saber o que fiz para ser chamado de coisas tão... Desculpe, eu não sei o que metade dessas palavras significam. - Revirei os olhos.