Hope Legado de sangue ( Em Revisão)

Capítulo 02

p.o.v Hunter

Era isso... aqui estava eu, finalmente. Era noite, foi difícil, uma longa viagem, mas valeu apena, havia chegado ao meu destino final, ainda assim, ainda era o inicio de uma outra longa jornada.

"Lembre-se, seu nome é Hunter, você tem 19 anos, vem de uma pequena cidade devastada ao Norte daqui, você não tem família... você precisa convencê-los pois tem uma missão... você precisa acha-la, seu nome é Hope"

(...) Guardas, armados me acompanharam, do portão, até um dos vários edifícios presentes ali, era impressionante, tudo parecia meticulosamente divido, edifícios de um lado, casas de outro, e tudo era tão enorme que, por alguns minutos eu não pude acreditar que tudo aquilo era rodeado por um grande muro...

Isso mesmo, logo na entrada eu me deparei com ele, um muro enorme de 100 metros, que rodeava tudo, nada entrava ou saia dali, sem a permissão de quem quer que fosse que abrisse o portão, suspirei exasperado, nunca vi nada parecido em minha vida, tudo o que conheci minha vida inteira, foi guerra, destruição, sangue, morte...

Quando entramos no edifício três dos guardas que me acompanhavam ficaram para trás, e apenas um continuou, o prédio por dentro era de tom claros, como branco e cinza, havia uma sala de espera logo na entrada, uma moça aguardava atrás de um balcão, o homem que me acompanhou até ali tomou a frente, maneando suavemente a cabeça e escrevendo alguma coisa numa folha que a mulher o estendera, em seguida seguimos, havia o que me pareceu uma porta de metal, mas o guarda nos guiou até uma de madeira, espessa... ele á puxou e começou á subir...

- E então garoto... nada de família? Amigos? - perguntou depois que mais algum tempo de silêncio desconfortável se seguiu, era agora...

- Não. Minha... - minha garganta se fechou por um instante, não é da nossa natureza mentir, o fazemos, mas não gostamos.

- Minha família morreu. Atacados por... - eu já ia dizer a palavra quando me lembrei do que Muriel dissera. "Os humanos não pronunciam nossos nomes Hunter, e nem os deles"

- ... Caídos. - completei sem mais hesitação, o homem á minha frente assentiu.

- Deve ser importante, não é todo dia que vemos uma pessoa atacada por Caídos, geralmente as pessoas perdem a família para... você sabe, bestas, criaturas, ou se estão no caminho de algo importante pra eles... - ele olhou pra trás por um segundo me avaliando.

- Não se preocupe. Vai descobrir que tem muitas histórias parecidas com a sua aqui... vai se misturar rápido.
- disse já ofegante devido á severa subida de escadas, assenti, era isso que eu esperava, me misturar.

- Posso te perguntar uma coisa? - indaguei assim que saímos das escadas e seguimos por um corredor cheio de portas, agora andávamos lado á lado, seus passos mais rápidos que os meus .

-Hora, e você já não está perguntando? - seu tom era divertido.

- Hã... claro, é, por que me trouxe para cá? Há algo de errado? - ele sorriu.

- Não, pelo menos por enquanto. O que
acontece é que muitos forasteiros chegam com doenças, ás vezes infectados, ás vezes tão atormentados psicologicamente que seria suicídio joga-lo com outros, por isso estamos aqui, aqui avaliarão fisicamente você, pra saber se está bem, mentalmente e , se sim, logo vai se juntar aos outros...
Se não, ficará aqui... para se tratar. - assenti, eu não tinha muito tempo, precisava me lembrar e rápido dos hábitos humanos, não podia ser frio quanto á "morte" de minha família, mas também não podia ser emotivo demais, o homem me olhou de canto.

- Não se preocupe tanto.... hm, qual o seu nome mesmo? - perguntou meio confuso.

- Hunter... - ele assentiu, parando em frente á uma sala com uma larga porta...