(Rosé)
No caminho de árvores caídas, onde a técnica de Leichtz fez um grande estrago, o grupo de Ishin's passa com Greff nos ombros de Leichtz e Mew, Rosé e Shaeer seguíam logo atrás. Shaeer chorava silenciosamente, seu amigo amado podia estar a beira da morte, temia não ver mais aqueles olhos brilhantes e formidáveis. O caminho, apesar das árvores, era fácil de se passar, bastava dar a volta nos troncos maiores e os menores podiam pular. Graças aos cortes da técnica poderosa de Leichtz, o caminho era reto, apesar dos pequenos morros que de vez em quando surgiam. A fortaleza estava a uns metros a frente, estavam a pouco para chegar nos muros, a sombra dele estava ao alcance do grupo. O muro era enorme, tão grande quanto cinco Leichtz em pé e tão espesso quanto uma montanha. Essa defesa era devida aos tempos antigos, na época das guerras Ishin's, onde vários locais assim foram construídos e a maioria já foi destruída. Era histórico, um monumento.
O grupo ía se aproximando cada vez mais, fazia um tempo que andavam e Greff quase desmaiou em um trecho. Todos de longe puderam ver, o que se não, a entrada da bastilha, de Arkdulf, onde Rosé esperava a salvação de seu amigo. O portão era vermelho e enorme, tinha largura suficiente para entrar todos lado a lado, era adornada com placas de ferro e aparentemente era de madeira pura. Essa madeira é de uma árvore chamada Fruto de Aço, onde é preciso muitos cortes para derruba-la, e não é com um machado comum e sim com um encantado.
Emfim chegaram ao murro, estavam já na grande porta de madeira, adornada e pintada de vermelho. Rosé olhou Leichtz que deu um sinal a ela, e andou em direção ao portão, ela deu passos rápidos pois estava agoniada apesar de ofegante. Seu pensamento era só em salvar o amigo, mantinha-se no controle mas era inevitável dar alguns deslizes, ela tropeçou numa pedra, olhou para trás mas ninguém viu, ela continuou.
Chegou de cara para o portão, havia uma janelinha fechada, de longe era invisível mas agora era visto. Uma janelinha quadrada e pequena, tinha o tamanho de um rosto, talvez fosse por onde falassem com os visitantes. Rosé bateu loucamente três vezes, o som das batidas foram altos para que Leichtz se levantasse de onde tinha deixado Mew e Shaeer junto com Greff e seguisse até ela. Leichtz estava com Rosé agora, não demorou para então ouvirem os dois um estalar na janelinha. Ela abre-se e uma voz como o sussurro de um fantasma é ouvido, uma voz rouca e meio demente, olharam os dois pela janela e viram uma cabeça masculina que tinha ocultada o rosto por uma máscara negra. A face do homem, coberta pela máscara, tinha feições de lobos com mandíbulas com caninos afiados, então era possível ver apenas a boca do mascarado e os olhos negros.- Quem são vocês e o que fazem no território dos desalmados?
- Somos andarilhos. - Leichtz inventou na hora, apesar de esperto era também bom ator. - Nosso amigo se feriu, pode nos ajudar?
- Não! Saíam daqui, antes que o general os expulsem. - A voz do homem conseguiu ser mais fria que a de Leichtz, provando ser verdade a afirmação de que os soldados da bastilha serem desalmados.
- Por favor! - Gritou Shaeer desesperada com a cabeça de Greff no colo, sua voz desafinou e o mascarado desalmado pareceu nem ter ouvido. - Ele está morrendo!
- Não são minhas ordens que prevalecem, eu apenas sigo o que fui designado a fazer. - O mascarado fala suave porém, ainda frio, para o grupo de ishin's, Rosé se revolta por dentro.
- Podemos então falar com seu superior? - Diz Leichtz ao final de poucos segundos, sua mente palpitava a procura de palavras certas para o guarda misterioso. - Por favor senhor, nosso amigo está morrendo. Só queremos ajuda, nada mais.
- O problema não é nosso, não fui eu que o feri. - O guarda pareceu sarcástico mas, suas palavras feriram Shaeer bruscamente, ela apenas procurava ajuda e ele a negou. - Nosso general tem preocupações maiores, coisas mais importantes para fazer, com certeza não vai querer saber de vocês.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Essências Infinitas: Os Mistérios De Quiyshi
FantasyNas fronteiras de Quiyshi, há quatro reinos. Rios separam cada um deles, mas não rios comuns, rios mágicos com cada um sua maneira de se comportar ao contato. Esses reinos tem suas cidades centrais, cada qual governante de uma parte do país. No sul...