(Kenway, 10 anos)
A vila era simples mas organizada, havia horários para tudo e todos fazerem o que quer que fosse, mas isso graças ao chefe da vila. Toda vila tinha um chefe e aquela não era diferente, nem tanto, já que era a mais bem vista em toda a Casta Imperial e por vezes era símbolo a se seguir. Invejada por muitos, Daemenor era a querida de muitos e vista também como rival de outras tantas vilas. Essa era governada por Terence Hill, não era propriamente um governo mas era algo a se assemelhar e bem melhor do que nada. Foi graças a Terence que várias vilas tornaram-se donas das terras vizinhas onde antes pertencia a Cidade-Central dominante desse lado do rio onde se encontrava, e começaram a pagar impostos por seu uso junto com dez porcento de toda produção anual. Isso foi uma ótima mudança para quem antes vivia na miséria e a depender somente dos governadores para terem sua safra e outros gastos. Daemenor era também ponto de comércio mais movimentado fora da costa e longe dos portos, fazendo rotação de mercadorias para cinquenta vilas vizinhas e uma cidade grande, sendo também um dos principais pontos de armazéns na localidade mais próxima aos portos. Foi justamente ali que Maway Lyliel passou alguns dias com seus intendentes e seu general, afim de resolver algumas questões políticas e marítimas como também comercial. Levara consigo o filho com doze anos, Kenway Lyliel, o travesso e curioso.
Com dez anos Kenway se mostrou péssimo com espadas, curtas e longas, leves e pesadas. Seu pai o levava onde quer que fosse para que Kenway aprendesse a governar se não podia lutar, mas ainda sim, durante os pontos de parada forçava-o a treinar com seu intendente, Kim Figgr, um jovem e experiente, com perícia em espada, lança e arco.- Vai aprender a arte das espadas e dançar sua dança tão rápido como uma flecha. - Ele disse entusiasmado.
- Meu pai disse que você é o melhor que conhece. - Respondeu o pequeno Ken com fervor nos olhos, Quem é você? Pensou o pequeno. - Vai me ensinar as três lanças e também como usar os dois tipos de espada. Ele disse. Vai mesmo?
Kim Figgr apenas sorriu e despenteou-lhe os cabelos, seguiu a frente de Kenway apressado. Foram parar em um campo aberto onde uma grande árvore sobre uma colina reinava sobre a grama e as flores, haviam borboletas de várias cores, algumas rochas cinzas em pares e uma estrada de barro seca pelo sol daquela primavera. Ken ficou encantado com a beleza do campo já que só havia visto a cidade em toda sua vida e pouco disso em uma carroça fechada durante a viagem, saindo apenas à noite para dormir. Kenway correu em direção a árvore, era marrom como barro e tinha galhos e raízes nodosas e grossas. Isso é árvore de pântano, como sobrevive aqui? Pensou Kenway. Logo atrás dele, Kim vinha com duas espadas de madeira curtas, deu uma a Kenway e empunhou a segunda. Kenway nunca havia segurado uma espada, essa não era de verdade, mas bem veio a servir para deixa-lo entusiasmado.
- Segure firmemente no cabo e equilibre o peso na mão. - Disse Kim mostrando com sua falsa espada o modo como se empunhava. - esta espada não é de verdade, como também o peso, uma verdadeira teria o dobro ou o quádruplo desta. - Kim girou a espada pelo pulso como se fosse as pás de um ventilador. Kenway tentou o mesmo mas em meia volta a espada estava no chão.
- É difícil! - Kenway abaixou e pegou a espada empunhado-a na direção da barriga de Kim. - Como faz? Mostre-me.
- Você é muito apressado, Ken. - Kim respondeu ao pequeno garoto e bloqueou um de seus golpes lentos, São só para você. Pensou Ken. - Se quer me furar tem de usar a ponta afiada, mas nada disso adiantará se você for lento. Pude ver seus golpes antes que você pensasse nele.
Durante toda aquela tarde e ainda mais outras, Kim Figgr e Kenway Lyliel passaram a lutar com as espadas de madeira alternando entre longa e curta o que serviu apenas para mostrar que Kenway nunca dominaria nenhuma delas. Os esforços de Kim mostravam-se inúteis mas ele não era homem de desistir então, durante a estadia dele em Daemenor, não se passava um dia sem que não lutassem. Os duelos tinham um aspecto divertido para Kenway, o próprio garoto implorava por uma outra chance de lutar e novamente cair no chão quando não fazia sua espada decolar de sua mão. A maiôs preocupação de Kim era o fato de Kenway ser um garoto baixo para a idade, apesar de inteligente e sorridente, ele era lento, previsível e com a menos capacidade mística que o intendente já viu em algum garoto. Sorrisos não ganham batalhas, espadas sim.
De algum modo o garoto se mostrava ao menos com os instintos de liderança do pai, o que era uma perfeita característica. Se não pode lutar, disse o pai certa vez, ao menos vai ser um bom líder, governará nossa cidade um dia, a nossa Sohiun, o nosso lar. Maway Lyliel acreditava em Kenway mais do que se arriscava, era seu único filho e sua esposa não se mostrava tão fértil desde seu nascimento, isso preocupou os conselheiros de Maway profundamente naqueles anos seguintes. Um rei tem de deixar herdeiros para governarem em seu lugar depois de descer a sepultura, mas Maway não era rei, ele governava um cidade como um mas na verdade não passava de um governador que ouve seus conselheiros. Maway era seguro de si e sua cidade nunca passou por crises ou rebeliões populares, tinha tudo sobre seu controle, mas por quanto tempo? Até quando poderia mantes a paz em suas ruas? E quanto tempo levaria para os Sohiuneses reclamarem de seu governo pacifista enquanto outras cidades lutavam por seus direitos e conquistavam a lealdade de outras tantas cidades menores e vilas das costas e dos campos? Ele esperava nunca, jurou proteje Kenway até seu último dia e se puder além deles, Maway era homem de cumprir promessas. Todos sabiam disso.
Eles estavam em Daemenor fazia uma quinzena de dias, Kenway achou isso estranho, seu pai era um bom negociante e ligeiro em assuntos de todo tipo, se havia demora havia problemas e muitos deles não eram bons, Kenway sabia bem disso. No dia seguinte antes de duelar vergonhosamente com Kim, o garoto questionou o jovem intendente.
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Essências Infinitas: Os Mistérios De Quiyshi
FantasyNas fronteiras de Quiyshi, há quatro reinos. Rios separam cada um deles, mas não rios comuns, rios mágicos com cada um sua maneira de se comportar ao contato. Esses reinos tem suas cidades centrais, cada qual governante de uma parte do país. No sul...