(Rosé)
De repente, Rosé se vê num quarto, em fim ela desperta. Olhou para todos os lados assustada e desnorteada, a única coisa que lembrava era da lua prateada e de sangue aos seus pés. Estava agora desesperada e se perguntando se foi sonho ou realidade, não sabia definir ao certo mas queria saber o que era. Então Rosé se acalmou e percebeu, olhando definitivamente para os quadros nas paredes, olhando detalhadamente para as estantes, para os objetos do quarto, estava em casa. Nos quadros haviam imagens em pintura das vezes em que Leichtz, Rosé e Jerry viajavam. Ela queria voltar a esse tempo, como eram felizes juntos, Leichtz não era bipolar e seu pai sorria mais vezes.
Rosé tentou se levantar de sua cama mas sua cabeça doeu muito então voltou a se deitar, mas não podia ficar ali, precisava ir ver seu irmão e seu pai. Havia muitas dúvidas que ela precisava encontrar as respostas, sobre a mãe, sobre o irmão, sobre si própria, e não iria parar enquanto não soubesse sobre sua demanda vital. Rosé acreditava que todo mundo tinha um papel a completar na vida, e cabe a cada um encontrar essa demanda custe oque custar.
- Rosé? - Uma voz doce atrás da porta de entrada fez Rosé se assustar, seus ouvidos estavam estranhos, sentiu, era como se ouvissem a uma longa distância. - Vou entrar, espero que tenha acordado.- Estou bem, pode entrar. - Rosé disse e sentiu uma forte tontura, não estava bem claramente.
Era Shaeer, o rosto dela a fez lembrar de Greff. com seus olhos castanhos ela a vislumbrou da porta, era como se visse seu interior e desejou que estivesse. Ela queria desabafar mas não com palavras, queria ser forte como achava que a mãe era, mas quem era a mãe? Alguém que ela se quer conheceu mas que a deu o sabor da vida, o calor da criação, que não bastava se não pudesse vê-la. Ela trocaria tudo por um minuto com a mãe, para vê-la sorrir e olha-la com seus olhos roxos, assim todos diziam que tinham, conversar assuntos de mãe e filha com ela, dar-lhe conselhos e fazê-la feliz por nascer. Nada é como queremos, concluiu.
- Amiga, sabe quanto tempo está aí? - A voz de Shaeer estava meiga e seu sorriso surpreso com olhos atentos. - Não importa né? - Rosé lembrou-se de quando estavam em Arkdulf e o que Shaeer disse para Leichtz. "Claro que vamos! Greff não pode morrer, não agora, agora que eu preciso dizer algo à ele." Rosé ficou de repente curiosa, e mais ainda para saber sobre Greff, se estava bem e de volta à ativa. - Aconteceu muita coisa depois de Arkdulf. Leichtz vai vim aqui pra falar com você, eu vim olhar você e saber se estava bem.
- Não vá. - A voz de Rosé estava rouca, parecia uma foca gripada. - Quero te perguntar, tenho direito não é? - Shaeer fez uma cara de assustada talvez pela voz, ou pela atitude. - Cadê Greff?- Deve estar em casa. tudo deu certo no final, ele está muito alegre e queria até te ver. - Ela segurou em seus mãos e olhou em seus olhos dourados como os de seu pai, não disse nada mas queria dizer para se acalmar. Saiu então logo após isso e cuidadosamente fechou a porta.
Um profundo silêncio tomou o quarto, deixando Rosé apenas com seus pensamentos, as dúvidas e os medos. Se lembrava dos olhos Leichtz após borrifar o sonífero, queriam talvez dizer para não ter medo, talvez fosse ternura. Alguns anos antes Rosé tinha muitos pesadelos, Leichtz às vezes a acordava e dizia: não tem por que ter medo irmãzinha. E Rosé sempre voltava a adormecer e não voltava a ter pesadelos novamente, mas sempre foi assim até que Leichtz ficou frio e passou a olha-la com certa diferença, seus olhos roxos penetravam em sua alma e ela temia toda vez. Tinha agora pesadelos mas era o irmão o mostro. Queria voltar a tê-lo como antes, abraça-lo e ver seu sorriso como antes vira, antes dele crescer e ser um mistério, antes de haver um enigma quântico em seus olhos. Rosé até podia jurar que seu cabelo era mais escuro antes de tudo, mas ela preferiu não acreditar já que era muito criança. Hoje já não tem mais pesadelos e nem sequer lembra do que sonha, mas ainda o ama e não quer vê-lo se perder, Rosé prefere se perder com ele, mas ela nem consegue se aproximar como poderia fazer alguma coisa?
Rosé deitou-se na cama, pos a cabeça no travesseiro e fechou os olhos, gostaria talvez de sentir que estava segura em casa, nem ela sabia ao certo. Pensou então no pai, e como poderia esquece-lo? A criatura mais dócil que já conheceu e amou, que apesar de todos os problemas e dificuldades ainda continuou firme e demonstrando seu imenso amor, ainda mais na falta de sua amada. Rhaella é seu nome, a única que ele amou além de seus filhos. Ele dizia a Rosé que as vezes ele estava triste e Rhaella lhe fazia rir, e quando não conseguia, ela usava sua magia e o conquistava novamente, e de novo e de novo, sempre e sempre. E assim era até que... bem, oque acontece depois ele em si não conta. Sempre diz uma história, mas toda vez era diferente da vez anterior, nem que fosse uma palavra, mas era. Rosé preferia acreditar na versão seguinte, segundo uma das vezes que Jerry lhe disse:
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Essências Infinitas: Os Mistérios De Quiyshi
FantasyNas fronteiras de Quiyshi, há quatro reinos. Rios separam cada um deles, mas não rios comuns, rios mágicos com cada um sua maneira de se comportar ao contato. Esses reinos tem suas cidades centrais, cada qual governante de uma parte do país. No sul...