Natal pt 2

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Bom pessoas, o natal não foi o melhor, em fim como o prometido,Lu na foto ali em cima e com a roupa que ela passou o natal.

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– Você está... linda. - Falou ele.

Ouvi-lo falando em meu ouvido daquele jeito me arrepiava e ao mesmo tempo me tirava o ar, dei conta que ainda estávamos abraçados e o soltei, ficamos nos encarando até que aquela vaca chegou.

– Amor? - Falou aquela vagabunda da Vanessa.

– O que essa puta está fazendo aqui? - Perguntei.

– Você não achou que ia trazer meu namorado pra cá e eu não iria vir junto não é Lu? - Falou ela.

– Seu... namorado... - Falei entre paradas para respirar.

– Esta louca Vanessa? - Falou ele.

– Vocês não devem satisfação da vida de vocês para mim. - Falei,  Sai deixando os dois lá, o que estava dando em mim? Eu disse que seria uma nova pessoa porque estou me importando com eles, fui até o banheiro, me olhei no espelho "Você está linda, você é uma nova mulher". Sai do banheiro e fui tomar um ar lá fora, sentei em um banquinho e fiquei olhando o céu.

– Um chocolate pelos seus pensamento? - Perguntou o Lucas.

– Otavio. - Falou a Monique,

– Desculpa Lu mais a Moni acertou. - Falou o Lucas e sorriu.

– Pode ficar com meu chocolate. - Falei para o Lucas.

– Não ligue para eles. - Falou o Lucas.

– Eu tento, mas sabe uma dor que não passa? - Falei.

– Eu sei. - Falou o Lucas e me abraçou.

– Lu? A vó está procurando você. - Falou o Jonas já da porta.

– Já vou. - Falei. Entrei pra casa, fui até o quarto, minha avó estava sentada na cama. – Vó? - Perguntei entrando no quarto. - A senhora me chamou?

– Oi minha flor.

– Esta tudo bem?

-  Acabou... - Suspirou. - Finalmente está na minha hora.

– Vó do que a senhora está... - Falei mais ela me interrompeu.

– Nunca desista dos seus sonhos de escrever, você tem talento, nunca abaixe a cabeça pra ninguém, mas acima de tudo - Pegou em meu rosto. - Nunca deixe que tirem o sorriso do seu rosto, é o que você tem de mais bonito. Eu amo você Lu.

– Vó eu... - Antes que eu falasse ela foi caindo aos poucos, deixando que sua mão fosse descendo do meu rosto, quando ia cair no chão eu a segurei. – VÓ? - Gritei. VÓ, SOCORRO, POR FAVOR! - Eu tentava sacudi-la. - VÓ, ALGUÉM, SOCORRO! - Eu estava entrando em desespero até que meu pai abriu a porta e entrou, meu coração martelava dentro do meu peito, meu estomago estava revirado, sentia um frio subindo pelas minhas costas, foi tudo muito rápido, acho que perdi a noção do tempo, tudo se passava e minha vista ia ficando turva, vi quando chegaram os paramédicos, colocaram ela em uma maca, todos choravam muito. – Por favor me deixem ir com ela, por favor. - Eu quase implorei ao paramédico que por fim me deixou ir na ambulância.

Ela estava na maca e eu segurando forte sua mão, orava baixinho implorando a Deus que não a levasse, não ali, não agora, passei quase 15 anos da minha vida sem a amizade e o carinho dela, Deus não podia leva-la.

Chegamos no hospital levaram ela para uma porta que eu não podia passar, fiquei sentada esperando meus pais, naquele mesmo hospital onde minha mãe ficou internada, quantas coisas ruins se passaram ali, meus pais chegaram, a Bel, o Jonas, a Patty e o Mat estavam junto, logo em seguida chegou a tia Silvia o Otavio e a Vanessa, ficamos durante a madrugada toda lá, quando estava amanhecendo o dia o médico chegou.

– Família da Dona Lucia? - Falou o médico se aproximando.

– Sim, somos nós. - Falei.

– O câncer dela estava muito avançado e ela já era de idade, ela não resistiu.

- Câncer? que câncer?

- A paciente esta se tratando aqui a um mês, os parentes foram avisados. 

Olhei para os meus pais.- Não me contaram que eu só tinha um mês com ela - Estava chorando muito.

- Lu, achamos que não seria bom para você saber. - Falou minha mãe.

- NÃO SERIA BOM? EU SÓ TINHA UM MÊS COM ELA E VOCÊS ME PRIVARAM DISSO! EU ODEIO TODOS VOCÊS!

Sai correndo, fui para o meu ponto de paz, só aquela arvore iria me entender, só naquele lugar eu podia chorar, só ali poderia gritar, gritei, chorei o máximo que eu pude, andava de um lado para o outro, eu estava desesperada, acabou, eu á perdi. As palavras "Ela não resistiu" Se repetiam na minha cabeça nunca senti tanta vontade de ter alguém perto, depois de umas duas horas fui para casa, ainda sem falar com ninguém, o resto do dia passou como se eu estivesse no automático, não ouvia quando falavam comigo, não prestava atenção em nada, eu tinha tomado um banho, coloquei uma calça jeans qualquer, uma camiseta de mangas cumpridas preta, estava deitada na cama abraçada o travesseiro da minha avó.

– Lu? Está na hora. - Falou minha mãe se aproximando.- Meu amor por favor se acalma. - Não respondi.– Precisamos nos despedir.

Ela me deu um beijo na testa e saiu do quarto, me levantei desci e fui para a sala, fomos para o cemitério, fomos os primeiros a chegar, fiquei sentada em um banco perto do caixão observando, ela estava dormindo, parecia acordar a qualquer momento, estava bela como foi em vida, não segurei as lagrimas, novamente, achava que não tinha mais lagrimas, mas quanto mais eu pensava em parar mais eu chorava, doía saber que nunca mais a veria, nunca mais teria seu abraço, seu carinho, as pessoas começaram a chegar, Patty e Mat, tia Silvia, Bel e Jonas, Jessy, Monique e Lucas, Otavio e Vanessa e logo depois o João, muitas pessoas da minha família também estavam lá, minha outra avó, meu avô, tias e tios, o Ro e o Pedrinho também vieram, fiquei imóvel e sozinha, não queria falar apenas queria ficar perto dela ou do que restou dela.

A noite foi a mais longa da minha vida, não dormi, duas noites eu já estava com cara de zumbi, eu não comi também, não conseguia, o enterro seria ás 09:00, já eram 8:00, eu estava sentada na calçada, olhando a rua sozinha, estava me excluindo desde ontem.

- Se excluir nesse momento não é bom. -Eu conhecia aquela voz mesmo com quilômetros de distancia.

– Sai por favor. - Falei.

– Só queria ficar perto de você. - Falou o Otavio.

– Pensasse nisso antes de me trair. - Falei.

– Lu, por favor eu não... - Ele começou.

– CHEGA! - Gritei. - PARA DE MENTIRAS, SABE QUEM ESTÁ PARA SER ENFIADA EM UM BURACO ALI? UMA PESSOA QUE EU AMO E QUE EU NÃO DEI VALOR E AGORA NUNCA MAIS PODEREI DIZER QUE A AMO, VOCÊ ME TEVE, TEVE SUA CHANCE E ACABOU COM TUDO! EU TE ODEIO! ME DEIXA EM PAZ. - Voltei a chorar.

– Da pra parar de gritar com meu namorado? - A vaca chegou.

- Você é outro lixo, vocês se merecem, você se contenta em pegar meu resto, bom aproveito.

– Sua vaca. - Falou a Vanessa.

Ela ia me dar um tapa na cara quando levou um e caiu no chão, olhei para trás assustada procurado de onde vinha o tapa.

Lu – Você? - Fiquei surpresa.


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