Marco Antônio me pegou bem cedo na casa de minha avó e seguimos viagem.
- Quantas horas leva para chegar na casa de seu pai ? - Perguntei me sentindo enjoada depois de meia hora na estrada.
- Três horas, agora falta mais ou menos duas horas e meia.
Arfei.
- Pare o carro por favor- Pedi exasperada.
- Por que?
- Estou enjoada - Falei arfando.
Assim que o carro parou, sai correndo para fora.
Fui em um canto da calçada, coloquei a cabeça entre os joelhos para amenizar o enjôo.- Já volto - Disse Marco voltando para o carro.
- Onde vai?
- Passamos por uma farmácia agora a pouco, vou comprar remédio para você. Você prefere ir junto?
- Não, é melhor eu te esperar aqui - Falei me sentindo envergonhada por estar passando mal.
- Volto em no máximo dez minutos - Disse entrando no carro e arrancou.
- A moça está perdida? - perguntou - me uma voz desconhecida depois de alguns minutos.
- Não - Respondi erguendo a cabeça.
- Posso te dar uma carona. - Sugeriu o sujeito, um homem de meia idade, com um ar estranho.
- Não, obrigada - Falei cambaleando para tras.
- Eu insisto - Disse ele estendendo uma das mãos para tocar meu cotovelo.
- Não toque nela - Rugiu Marco, saindo do carro e vindo até nós.
- Você está com ele? - perguntou o homem me olhando.
- Ela está comigo sim - disse Marco rangendo os dentes e se colocando entre mim e o homem.
-Só estava oferecendo ajuda. - Resmungou o homem.
- Não precisamos de ajuda - Falou marco áspero.
- Tudo bem - murmurou o homem voltando para o carro dele.
- Vamos - Sussurrou Marco.
Entramos no carro, e por um momento a expressão de Marco Antônio ficou gélida.- Desculpe por te - lá deixado sozinha - Sussurrou.
- Está tudo bem.
- Podia ter acontecido uma tragédia. - Disse ele se virando para me olhar.
- Não aconteceu nada, estou bem.
- Se tivesse acontecido alguma coisa com você, eu nem sei o que faria - Sussurrou condoído.
- Mas não aconteceu - Falei pousando a palma da minha mão no rosto dele.
Ele encostou a testa na minha, fechando firmemente os olhos.- É melhor tomar isso - Falou mais calmo, me entregando uma cartela de remédios para enjôo e uma garrafa de água.
- Obrigada.
Continuamos na estrada.
Quando chegamos ao nosso destino, conheci Vicente o pai dele, Marcia a madrasta e o Higor, o irmão caçula de Marco.
Passamos o resto do dia jogando banco imobiliário.
Obs: Marco venceu.
Voltaríamos para casa no mesmo dia.- O Que achou? - perguntou Marco já no caminho de volta para casa.
- Gostei de todos eles, mas e a sua mãe ?
Ele ficou em silêncio.
- Desculpe - Falei sentindo que dei mancada.
- Ela faleceu à quatro anos, de câncer.
- Sinto muito.
Ficamos em um silêncio horrível.
-Vamos chegar tarde - Comentei quebrando o silêncio.
- Se não quiser acordar Jordânia, pode dormir em minha casa.
- Não - resmunguei fechando a cara. O que ele estava pensando afinal?
- O Que foi?
- Você acha que depois de um almoço e uma viagenzinha já vou querer dormir com você? - trovejei.
- Não sou um aproveitador- Disse rindo - Você dorme na minha cama e eu no sofá, na sala - continuou ainda rindo.
- Sei - resmunguei.
- É sério, eu dormiria com você do meu lado na cama e não tocaria num fio de cabelo seu.
- Duvido.
- Tire a prova então.
- Esta bem, vou dormir na sua casa, e na sua cama, junto com você e você não vai tocar em mim - Desafiei.
- Combinado.
Chegando na casa dele, fui direto para o banheiro colocar a camiseta e a cauça de moleton que havia levado na viagem por precaução.
Fui para o quarto, mas parei na porta olhando para marco. Ele estava com uma bermuda preta e sem camisa.
Como ele conseguia ser ainda mais bonito que o irmão de cachos loiros e olhos azuis ?- Pronta para dormir? - perguntou vindo até mim.
Dei um passo para trás, ele me olhou erguendo as sobrancelhas.- Pode colocar a camisa? - Perguntei sem jeito.
Marco foi até o guarda roupa, pegou uma camiseta amarrotada e a vestiu.
- Melhorou? - perguntou sarcástico.
- Sim - Respondi me deitando.
Ele logo se deitou ao meu lado, tomando cuidado para não tocar em mim.
Me virei de lado colocando a cabeça sobre o peito dele.- O Que aconteceu com a história sobre eu não tocar em você?
- É o seguinte Marco Antônio, eu posso te tocar, mas você não pode tocar em mim.
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De manhã quando acordei, Marco já havia levantado, ele estava em pé do lado da cama olhando para mim.- O Que foi?- Perguntei
- Só observando.
- Vou para casa da minha
avó - falei me levantando.- Eu te levo, vou esperar no carro.
Quando chegamos, ele estacionou e me acompanhou até a porta.
- Obrigada - Falei colocando a mão no ombro dele.
- Não há de que!
Me virei para abrir a porta, antes que eu virasse a maçaneta, Marco me pegou pelo pulso me fazendo virar novamente de frente para ele.
Abri a boca para protestar, mas travei, sentindo a mão dele se enroscar em meu cabelo.
Marco colocou a boca na minha, que se moldou perfeitamente, movendo - se em sincronia suavemente.
O envolvi pelo pescoço, ele me abraçou fazendo nossos corpos grudarem um no outro. Estremeci.
Senti dona dele, ele estava em meus braços, ele era meu, pelos menos nesse momento.- Te adoro - Sussurrou com a boca na minha.
- Eu também te adoro - Falei ainda sentindo o corpo dele contra o meu.
Marco me beijou na testa, sorriu para mim e foi embora.Eu estava lascada.
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Curada
RomanceUm homem machucado Uma garota abandonada Ambos voltando a reviver a magia de um amor correspondido.