Oi para você meu querido telespectador, minha querida telespectadora! Eu tô aqui publicando nesse domingo sombrio o primeiro capítulo reescrito da série. É um lance mais de degustação, mas caaaaalma, não entendam errado. Eu tô trabalhando a mil nos outros capítulos e vou publicar todos aqui SIM, porém depois desse ainda não decidi se publico um por semana ou se deixo para publicar logo quando terminar tudo! Eu já tenho uns 5 capítulo reescritos e eu posso garantir o selo de qualidade 100%. Dependendo do meu progresso até semana que vem, postarei o segundo capítulo logo! Obrigada você que está aqui relendo, e você que chegou agora e não tá entendendo bulhufas! Esperem para ver, eu tô muito empolgada e venho planejando isso já faz muito tempo! TEM MUITA COISA NOVA QUE CRIEI PARA DAR MAIS CONTEÚDO E MAIS HISTÓRIA BOA PARA VOCÊS! ENFIM, ESPERO QUE GOSTEM! BEIJOSS
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A vida é cheia de reviravoltas inesperadas. É uma verdade que não precisa ser dita, não importa o tamanho da reviravolta, você nunca a vê chegando. Porém, desfazendo da regra, eu consigo sentir uma a caminho nesse momento, seguindo na minha direção, sorrateira e mal intencionada, como um felino grande e pronto para o ataque. Existem situações que pedem uma reviravolta, negar isso é negar o sentido das coisas. Por exemplo: duas e cinquenta e três da madrugada, eu, Samira Roy, caminho trêmula na escura e fria madrugada deste domingo, voltando de uma festa com o meu irmão mais velho, Josh. A pesar da companhia, não consigo deixar de me sentir vulnerável e em perigo. Não é sobre a hora. Não é sobre o lugar. É sobre a respiração daquele grande felino em minha nuca, prestes a me matar.
-O que achou da festa?
Josh pergunta se referindo a festa da qual estamos voltando, para comemorar a minha formatura no ensino médio. Quase toda Collycreek estava lá, mesmo pessoas que já se formaram há muito tempo, como Josh. De qualquer forma isso não quer dizer que tenha sido uma grande festa, a cidade mal tem habitantes (assim como tecnologia), mas como a garota que deu a festa é muito popular, pode-se dizer que "bombou" para os padrões de Collycreek.
- Você lembra da festa? - respondo com ironia - engraçado, não achei que dava para ver alguma coisa de dentro da boca da Sarah Greils.
Ele sorri debochado, e engrandece os ombros com uma ar confiante.
-Eu não disse nada para você se orgulhar, Josh. Todo mundo sabe que a Sarah namora, com um policial aliás.
-Ei, ela me agarrou, ok?
-Por quarenta minutos? Nossa ela deve ser muito forte mesmo.
O sorriso dele perde força.
Apesar de reprovar as atitudes de Josh, eu quase nunca me vejo surpresa com elas. Meu irmão tem aquele ar típico de quem nasceu para tomar as decisões erradas, não posso culpa-lo por isso, aliás ninguém pode e eu meio que o invejo. Na minha idade Josh deixou a nossa família saber que ele não estava interessado em ir para a faculdade, que iria pegar o dinheiro que meus pais haviam juntado para as despesas estudantis dele e iria conhecer o Leste Europeu com dois amigos - o que não deu muito certo por causa de uma certa historia de trafico de drogas, mais uma vez provando a minha teoria de que Josh estava destinado a estar no lugar errado na hora errada sempre. Foi um momento difícil para todos nós, principalmente para meu pai que foi quem mais ficou devastado com a decisão dele não ir para a faculdade, e bem, o resto dos eventos só o abalou ainda mais. Meu pai é outro personagem típico, não como Josh, obviamente, mas como um patrocinador de inseguranças e pressão mental. Soa meio assustador, mas o descreve perfeitamente. Por causa do meu pai eu me vejo em constante conflito comigo mesma, "você pode fazer mais do que isso, Samira!" ele dizia para minha nota nove; "Não acho que esse rapaz quer nada serio com você, Samira" Ele disse no meu primeiro encontro; "Literatura? Nem pensar! Você precisa é aprender a cozinhar", ele disse quando eu entrei em um clube na escola. Ficar perto dele era como estar sob constante avaliação, Josh sempre reprovava, mas eu, sempre tentei agrada-lo. Minha mãe por outro lado, sempre foi a parte mais doce da nossa família, ela tem essa capacidade de nos apoiar em qualquer situação, e isso sempre me impressionou muito, as vezes que eu achei que ela ficaria decepcionada, que ela me julgaria, e ela só foi gentil e compreensiva. Meu pai a culpa pelo comportamento de Josh, mas ela não se importa, sempre disse que só está feliz quando nos vê feliz. Eu não tenho certeza se isso é verdade, talvez ela tema que ele sofra no futuro, mas ela nunca nos deixaria saber disso.
Continuamos caminhando por mais alguns minutos enquanto eu gasto meus pensamentos nas peculiaridades dos membros da minha família, até que damos de cara com uma passagem estreita entre dois prédios. Uma viela escura e fedorenta que é a próxima etapa da nossa caminhada.
-Eu não sei se quero passar por aí. - digo parando de andar.
Josh olha para mim de lado e depois revira os olhos.
-Samira, nós viemos por aqui, se lembra? Por que agora é diferente passar por aí?
-Nós passamos por ai quando ainda eram cedo Josh! Está muito deserto para passar em lugares escuros assim.
-Exatamente minha querida irmã, está deserto. Não tem ninguém na rua, está vendo? Ninguém do bem e ninguém do mal. Vamos logo que eu estou com muito sono e esse é o caminho mais rápido.
Contrariada, eu caminho ao lado dele, atenta e cautelosa. Não importa o que ele diz, eu ainda sinto que alguma coisa ruim nos observa. Além da sensação ruim me fazendo querer dar meia volta, ainda tenho que lidar com o cheiro desse lugar que parece venenoso. Não me lembro de feder tanto assim mais cedo quando passamos por aqui, posso jurar que existe um corpo em putrefação por aqui em algum lugar. O cheiro pode estar vindo de algum desses excrementos nas paredes e no chão, ou talvez seja a mistura de todos eles, acho que nunca saberei de onde vem. Volto a olhar para frente quando um vulto repentino cruza a saída do beco estreito me fazendo estremecer.
-Josh pare! - ele me encara impaciente - Você não viu aquilo?
-Aquilo o que, Samira?
-Um vulto Josh, pareceu uma mulher eu não sei! Vamos voltar. - disse puxando o braço dele na direção oposta.
-Samira, me solte! É a sua imaginação, você está com medo, mas eu estou aqui para proteger você tudo bem? Nada de ruim vai acontecer se andarmos depressa na direção da nossa casa, que por sinal, não é essa que você está me arrastando! - com um movimento ele se solta.
Tento pensar racionalmente, respiro fundo, fecho os olhos e tento me acalmar. Eu devo estar bêbada, esse ataque de pânico não faz sentido algum! Ainda de olhos fechados, ouço um sussurro, uma voz feminina cochichando alguma coisa no silencio da madrugada. Abro os olhos rapidamente. Um arrepio corre minha espinha lento como um suspiro.
-Porra Josh, você ouviu isso não é?
É em vão. Meio segundo se passa até que eu note que estou sozinha nesse lugar.
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Pestenium - Transformada (Reescrevendo)
Mystery / ThrillerO encontro marcante entre Samira e um universo novo e ameaçador é o início da série Pestenium. Após ser transformada em vampira de maneira pouco convencional, Samira se vê obrigada a lutar pela própria vida enquanto ainda tenta encontrar seu irmã...