Capítulo 6 - Carinhoso

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Muito obrigada a quem está lendo. Meu agradecimento especial vai para quem está comentando e dando estrelinhas. Espero que todos gostem, comentem e deem estrelinhas. É assim que eu sei se estão gostando.

Carinhoso

"Meu coração, não sei por quê

Bate feliz quando te vê

E os meus olhos ficam sorrindo

E pelas ruas vão te seguindo,

Mas mesmo assim foges de mim.

Ah se tu soubesses

Como sou tão carinhoso

E o muito, muito que te quero.

E como é sincero o meu amor,

Eu sei que tu não fugirias mais de mim.

Vem, vem, vem, vem,

Vem sentir o calor dos lábios meus

À procura dos teus.

Vem matar essa paixão

Que me devora o coração

E só assim então serei feliz,

Bem feliz.

Ah se tu soubesses como sou tão carinhoso

E o muito, muito que te quero

E como é sincero o meu amor

Eu sei que tu não fugirias mais de mim

Vem, vem, vem, vem

Vem sentir o calor dos lábios meus a procura dos teus

Vem matar essa paixão que me devora o coração

E só assim então serei feliz

Bem feliz"

Pixinguinha/ João de Barro

Eu sentia o calor de Kent me aquecendo. Seus braços e ombros me envolviam como se ele quisesse me proteger de tudo. O peitoral e abdômen de Kent protegiam as minhas costas, suas pernas envolviam as minhas. Ele roçava delicadamente seu rosto no meu e em meu pescoço. A sua barba me arranhava de leve. Era uma sensação aconchegante, tenho que admitir. Ele não parecia mais aquele homem que havia me beijado furioso.

Por um tempo, eu me deixei dominar por essa sensação, por aquele momento. Mas os meus pensamentos voltaram. Quem era aquele que me acalentava? O assassino da minha irmã. O homem que jurei matar, que eu odiava há anos, que fora meu propósito de vida nos últimos tempos. O homem a quem eu havia me entregado, me deu prazer e agora era carinhoso comigo. Eu estava confusa, sentimentos contraditórios me consumiam. Culpa, tranquilidade, derrota, até um pouco de felicidade. E muita dúvida.

Eu queria fugir dali, e ao mesmo tempo ficar. Eu queria brigar com ele e ao mesmo tempo que ele continuasse me fazendo carinho. Eu estava inquieta. Meus batimentos aumentavam. Então Kent sussurrou em meu ouvido:

– O que foi? Você está bem?

– Nada, não foi nada.

Ele afrouxou o seu abraço virando o meu corpo. Nossos rostos ficaram frente a frente, e ele voltou a falar:

– Tem alguma coisa. O que foi? Você se machucou? Não gostou? Está com alguma dor? – aqueles olhos verdes eram inquisidores.

Percebi que podia magoá-lo nesse momento. Ele estava preocupado comigo e eu poderia mentir, caçoar do seu desempenho, isso feriria o seu ego. Mas eu estava frágil, entregue a ele. Não queria brigar, não queria feri-lo daquela forma. Queria um pouco de paz naquele momento, aqueles olhos verde-esmeralda brilhavam, refletiam o meu rosto, eu não queria acabar com aquilo, não queria mentir para ele:

O jogo da vingança (completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora