Muito obrigada a quem está lendo, comentando e dando estrelinhas. Só continuo postando por causa de vocês, talvez a trama não esteja bombante, mas em breve, novas emoções virão.
Maioridade
"Agora eu sei quanto eu cresci
Já acredito no meu caminho
Se até agora eu tô vivo
É que deve ser verdade
Vejo a cidade da minha janela
Debruçado nos meus erros
Extravagantes e comuns
Me guio sem razão
À casa de um homem
Ao coração de uma mulher
Mas meu coração não é ficção
Agora eu sei, nem contramão
Agora eu sei
Que eu cresci
Junto com os meus pecados
E aprendi como eles são engraçados
Eu já vivi de tudo um pouco
Mas tô esperando um truque novo
Que me largue caindo
Do alto de um abismo
O tempo vai dizer
Se o que espero me interessa
Se eu levo a vida
Ou se é ela que me leva"
Cazuza / Guto Goffi / Frejat / Denise Barros
O vulto foi ficando mais próximo, era um menino magro, pálido, de cabelos e olhos marrons, eu o reconheci. Era Julius do distrito 10, ele mancava bastante e não parecia uma ameaça. Eu me aproximei dele com as facas, não achava que corria perigo, já que seu aspecto era bem ruim, mas isso podia ser um truque.
O garoto se assustou, mas não conseguiu correr, caindo ao chão. Ele estava extremamente pálido e magro. Esses dias na arena parecia ter sido muito duros para ele. Além das roupas, ele carregara somente uma caixinha, a mesma pela qual o vira lutando no primeiro dia. Chamei as meninas. Lyra trouxe água e um pouco de comida para ele. Lisbeth só observava. Ele parecia menos assustado, aceitou a água, comeu um pouco e disse:
– Obrigado.
– Sem problemas. O que houve para você estar assim?- perguntei.
– Passei por maus momentos aqui – ele deu um sorriso meio sem graça- Pode ficar tranquila, só vou descansar um pouco e ir embora.
– Como se você conseguisse anda. - eu ri – Deixa de desconfiança, se nós quiséssemos matá-lo, já teríamos feito isso.
– É verdade – falou Lisbeth.
– O que é essa mancha na sua perna? – quando Lyra falou, algo diferente na calça dele, a garotinha realmente era observadora e curiosa.
– É uma sequela do primeiro dia.
– Você lutou com os carreiristas e saiu ferido. Devia ter fugido, em vez de tentar conseguir algo lá.
– Não, não podia. Eu precisava disso – ele mostrou a caixinha – minha vida depende disso! Mas agora não deve fazer muita diferença. Meu ferimento está infeccionado, não tenho muito tempo de vida. - era triste vê-lo falando daquela forma, eu não gostava de ver alguém desanimado assim.
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O jogo da vingança (completo)
FanfictionFazia 6 anos que ele era a sua razão de viver, durante esse tempo ela se preparou física e psicologicamente para matá-lo . Finalmente havia chegado a hora. Mas essa ligação tão forte e feroz, uma verdadeira obsessão em sua vida poderia ser o disfar...