Capítulo 18 - A Lei Da Metralhadora

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Muito obrigada a todos que estão lendo. Vocês são ótimos, já que mesmo com um pequeno volume, comentam, e dão estrelinhas. Muito obrigada.

A Lei Da Metralhadora

"A violência fecha o cerco

A maldade toma forma

O Pior dos pesadelos

É aquele que retorna

E cada vez mais fundo corta

Quem não tem nada a perder

Não espera pela paz na morte

E da vida faz a guerra

Enquanto ainda é forte

Esmurra sua cara feia

Rouba o sangue de suas veias

A cidade que já foi

Um dia acolhedora

Se curva, se entrega

À metralhadora

Fria, triste e sombria

Na aparência ainda engana

Ainda encanta até o dia

Que a rajada te alcança

Quem não tem nada a perder

Não espera pela paz na morte

E da vida faz a guerra

Enquanto ainda é forte"

Fê Lemos / Flávio Lemos / Loro Jones

Levantei, coloquei os óculos e vi a porta do quartinho entreaberta. Onde Lyra estava? Saí correndo pelos corredores. Eu não devia fazer barulho, mas gritava o nome dela. Uma agonia tomava conta de mim. Pensava que ela já estava morta, quando ouvi:

– Hope, eu estou aqui!- sua voz vinha do andar de cima, e ela não parecia estar em perigo.

Com cuidado subi as escadas. Avistei Lyra no meio do corredor olhando uma porta. Sua atenção estava fixa naquele ponto:

– Você sumiu, achei que o tiro tivesse sido por você. - falei me aproximando dela, ela se virou para mim.

– Precisava fazer xixi... O tiro de canhão foi para ela – Lyra apontou para o quarto assustada

Olhei e vi uma moça com o corpo cheio de espetos metálicos. Era muito sangue no local, ela estava deformada, não a reconheci. Era algo horrível, e imediatamente virei o rosto horrorizada. Morrer daquela forma devia ser doloroso e aterrorizante. A garota caíra em uma armadilha, sendo que por sua morte, não se podia culpar nenhum tributo, somente os gamemakers e suas armadilhas perversas.

– Você sabe quem era ela? - perguntei a Lyra, ela era melhor em reconhecer as pessoas.

– Acho que ... Kali, a moça do distrito 9... Que ela descanse em paz – Lyra fez o sinal da cruz.

– Que vá em paz. - eu falei, não era religiosa.

Ouvi um barulho do quarto, voltando a olhar para lá. A janela se abriu, entrando um gancho metálico que agarrou corpo e o levou. Nós voltamos para o quartinho. Durante o caminho, pensava que aquele prédio não parecia mais um esconderijo seguro. Alguém podia ter visto o aero deslizador e poderia querer verificar o lugar. Assim, pegamos nossas coisas, e saímos de lá.

Andamos pelas ruas escuras. Não vimos nenhuma pessoa, somente alguns bichos como ratos, pássaros e gatos. Estávamos tomando uma boa distância do hotel e da cornucópia.

O jogo da vingança (completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora