Capítulo 34 - Preconceito

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Muito obrigada pelos últimos comentários, leituras e favoritos. Mais um capítulo para você que vai sem revisão, assim, já peço desculpas por eventuais erros, faz anos que o escrevi.

Preconceito

"Por que você me olha com esses olhos de loucura?

Por que você diz meu nome?

Por que você me procura?

Se as nossas vidas juntas vão ter sempre um triste fim

Se existe um preconceito muito forte separando você de mim

Pra que este beijo agora?

Por que meu amor este abraço?

Um dia você vai embora sem sofrer os tormentos que eu passo

De que vale sonhar um minuto se a verdade da vida é ruim?

Se existe um preconceito muito forte separando você de mim"

Fernando Lobo/Antonio Maria

Os dias seguintes foram para o meu "descanso". Havia me recuperado mais cedo do que eles pensavam, e meus compromissos oficiais só começariam dentro de alguns dias. Aquilo realmente me agradou. Eu não queria compromissos oficias, passar por entrevistas e programas especiais, ser aclamada pelo público, quando eu era nada mais que uma assassina. Não queria posar como heroína quando eu era uma vilã, e mais do que tudo, não queria dar audiência aquele show perverso, agradar aos gamemakers que eram os principais culpados pela assassina que eu havia me tornado.

Mas eu não tinha outra opção, Kent me alertou sobre isso, tinha que cooperar. Mas sabia que quando chegasse a hora, seria muito difícil ver e falar sobre a arena e todas àquelas mortes e acontecimentos.

Mas aquele momento ainda não havia chegado. E eu preferia não pensar no futuro, no que eu faria quando chegasse a hora, e depois quando voltasse ao meu distrito. Só queria vivenciar aqueles dias que antecederiam as minhas decisões que guiariam a minha vida dali para frente.

Gastei aqueles dias preciosos, praticamente só com Kent. As vezes, eu saia do quarto para ver os outros, comer em poucas ocasiões, era somente para manter as aparências. Nessas raras vezes, Sienna e Lamia me tratavam bem, me parabenizavam, demonstravam preocupação pelo meu bem estar. Já Nero me olhava um pouco contrariado. Não sei se era pelo fato dele não gostar de mim, ou porque estava com o orgulho ferido por ter apostado no tributo errado, ou até mesmo porque eu matara seu candidato preferido. E quanto a isso ele não precisava se incomodar, eu já me sentia muito culpada por ter matado Brody.

Assim grande parte do tempo eu ficava no quarto com Kent. Fazíamos amor, desfrutávamos de carinho, dormíamos, conversávamos, nos consolávamos, nos acalmávamos quando tínhamos pesadelos, comíamos algumas refeições lá mesmo, e como eu estava aproveitando aquela fartura de comida novamente, só quem havia passado pela arena podia avaliar como era bom poder comer tanto.

O jogo da vingança (completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora