"E com um olhar apaixonante ela me olhou. Era você a menina dos meus sonhos que eu me apaixonei."
Me apaixonei, assim, lentamente como se cai em um sono profundo. Me apaixonei como se apaixona pelo sorriso sincero de uma criança.
Ela sabia...ah sabia. Ela era a minha "doce-desconhecida". Eu queria estar perto, proteger-la, sorrisos e abraços sem fim, e ela? Tinha medo. Um medo incontrolável, que desconforta o ânimo e o coração, medo de quebrar sua inútil promessa de não se entregar a mais ninguém. Medo de sofrer.
- Eu não posso - Repetia.
"Pra anunciar que era amada mesmo sem saber, admirada muito antes de te conhecer."
Com o não correspondido você se entende... Chora, esperneia, se culpa, quebra suas expectativas e promete não tê-las novamente.
Mas, e o correspondido? E quando você já está tão acostumado a dar errado, que quando se torna recíproco você se perde em um emaranhado de perguntas e auto-desculpas?A prometi meus mais sinceros sentimentos, minhas mais belas palavras, a Carta tão desejada por ela. Prometi tanto, desejei-a tanto que as promessas se tornam insuficientes. Luna levava consigo um medo desesperador de amar. E eu, trazia na bagagem o medo da ignorância. Meu único desejo era que tudo fosse recíproco.
No momento em que nossas vidas se encontraram, os olhares se cruzaram e quando o beijo aconteceu, era onde o amor dava novamente um Oi para quem acreditou que ele nunca voltaria. E agora é saber lidar, cuidar, amar, é conhecer bem de perto essa tal reciprocidade, conviver com ela até quando deixar de ser...
Pessimista? Sim. Sou quem acredita que primeiro tudo dá errado, para depois vim o certo.
E de todas as certezas que levo comigo a melhor é de saber o quanto eu quis isso, o quanto ela negou, e quis também.
É entender os medos dela, e conhecer os meus.
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Escrevi, apenas.
RomansEu queria recomeçar, poder voltar onde tudo se torna calmo e leve. Encontrar no mundo a paz, nas pessoas a verdade, encontrar nos abraços o refúgio. Eu? Desejo ter fatos narrados, sorrisos encantados, contar o que fiz, mostrar o que vivi. Minhas his...