Capítulo 21- Esse é o fim

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~Confundi as palavras, quando julguei está me expressando de maneira inconvicta. Me enganei com o roteiro, quando no Teatro da Vida tudo o que fiz foi ficar ali, na platéia. Coloquei aquém meus sentimentos, me perguntei em quem deveria confiar e duvidei, juntei todas minhas forças e duvidei de quem nutria amor por mim.

Confundi as palavras, logo eu tão adepto a escrever e contar o que todos vêem, repassar o clichê do dia a dia de forma simples. E ? Confundi tudo isso quando desejei parar.

Histórias incompletas.

Fim mal acabado.

Sorrisos que nunca serão narrados.

Lágrimas ainda não derramadas.

Isso aqui seria o fim. Um péssimo final encorajado por sentimento de culpa, momento de euforia em que tudo desabou.

- É o fim. - decido.

Perdoe a indescrição, está tudo tão idêntico, repetitivo, tudo tão sem cor e sem vida, até mesmo as histórias narradas por mim. Insatisfação, eu diria.

Perdoe também por não ter lhe ouvido. Arrependo-me à cada ato e pensamento. São os sonhos, as esperanças em mil pedaços, tudo em jogo.

É a vida, e por fim, a morte.

Quando morre a esperança, morre também os sonhos e o poder das palavras, em seguida vem o game over.~

Abro as janelas e o sol invade meu quarto com uma manhã linda me dando bom dia, aperto os olhos por causa da luz amarela vinda de fora. Luz da esperança. Esperança para os sonhos.

Mais uma chance para acordar desse pesadelo e viver, sem se culpar pelas consequências, sem se deteriorizar pelo o que não aconteceu ou que deu errado. A vida têm dessas. O fim só se conclui quando você o aceita.

Foi apenas um pesadelo, apenas. Interrompendo meu sono e meus sonhos. Um pesadelo me impondo regras. Me obrigando a desistir e aceitar o fim.

São tantas histórias esperando por mim, preciso conta-lás, elas não merecem um fim sem antes serem ouvidas.

Escrevi, apenas.Onde histórias criam vida. Descubra agora