André ( parte 1)

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Olá pessoal , novamente tive que dividir em duas partes por conta do tamanho. E lá vamos nós mais um pedacinho e espero que gostem!

*****

Me mantive ereta sem saber como reagir, André estava tranquilo e relaxei um pouco, talvez não tivesse me reconhecido no fim das contas, ainda assim aquela sensação de alerta não me deixava tranquila, o príncipe olhou para André e falou já seguindo para seu carro.

— Cuide bem delas André, não as deixe cansarem muito.

— Sim vossa alteza pode seguir tranquilo.

Assim o príncipe entrou na carruagem e partiu depois de cumprimentar nós duas e sorrir para mim, com certeza lembrando da cena que viu quando chegou, segurei na mão de Eva e segui andando reta, mas meu coração parecia que ia saltar do meu peito.

Entramos no carro e eu Eva não trocamos palavra, ela não sabia que André era o meu malfeitor e eu não queria ela nervosa ao saber.

No meu silêncio enquanto seguíamos eu tentava analisar aquela situação, então se André obedecia ordens do príncipe, tinha sido ele que era o autor daquela atrocidade? Ele que tinha mandado chacinar todas aquelas meninas?

Mas porque então que entre ele e Samuel parecia haver uma intriga? Ou era encenação? Tudo aquilo não passava de disputas por poder?

Assim que chegamos perto da rua do comércio ouvi a batida avisando que podia parar e assim que o carro parou descemos e os dois já estavam a porta esperando, André sem olhar para mim falou enquanto seguíamos.

— Senhora Diana se quiser comprar alguns vestidos extras posso lhe indicar um bom lugar ou mesmo tecidos se desejar, há muitas costureiras dentro do castelo que ficariam felizes em criar belas peças para a senhora.

Sim eu tinha que me concentrar, sabia como funcionava na teoria o interior do castelo, mas ainda assim precisava ter minhas coisas à mão e nada como uma boa fazenda para confecção e algumas ervas que teoricamente seria para meus banhos particulares, só rezava para que André não entendesse nada de botânica tudo seria preparado por Eva antes que eu fosse ao castelo, mas ainda assim poderia ser arriscado agora que tinham dois homens estranhos nos acompanhando e o pior, um deles era uma incógnita para mim.

Tinha a ordem de matar todas, mas me salvou a vida, tinha ordens de alguém que chamava meu senhor, então era o príncipe, tinha que ser, tudo se encaixava até mesmo a cena do baile batia com tudo, enquanto o rei intervia ele estava falando ao ouvido do príncipe e agora estava ali a mando dele me ajudando nas compras porque o príncipe tinha exigido minha presença no castelo não me permitindo noivar com Samuel. O que isso significava?

— Senhora?

André me tirou de meus pensamentos, não tinha percebido que não tinha respondido ele da primeira vez. —Sim me desculpe, estava perdida em planos para um vestido então como sugeriu vamos ver esses tecidos.

Ele assentiu humilde e seguiu para a rua do comércio, segurei a mão de Eva e o acompanhamos.

A rua para o mercado colorido era uma aberração de coisas, comercio aberto em tendas na frente das lojas atrapalhando a visão, pessoas vendendo seus itens esparramando pelo chão sem se preocupar de estar atrapalhando a passagem, vendedores ambulantes que faziam questão de anunciar seus itens em plenos pulmões, barracas com um único item vendia como se fosse a coisa mais importante para aquele povo.

— O que é isso naquela barraca?

— São preparos senhora.

— Preparos? Para o que seria esses pacotinhos?

Tratado dos Párias- Príncipe CaçadorOnde histórias criam vida. Descubra agora