Capítulo 14

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O Desespero de um Sequestro


─ Foi mais fácil do que imaginei Cícero.

─ Sim Toninho. É só manter o magnata trancado e receber o dinheiro.

─ Meu celular está tocando. Deve ser alguém tentando negociar.

─ Alô! São os sequestradores?

─ Você é o contato da negociação? Qual o seu nome?

─ Neculai.

─ É o seguinte. quatro milhões e o magnata sai com vida. hoje mesmo.

─ Tenho uma proposta melhor. Solta ele agora e vocês saem com vida.

─ Mas... Quem você pensa que é heim? O cara vai morrer! Toninho arranca a orelha do magnata para mostrar que não estamos brincando. E você ai Neculai! Tá escutando? Vamos cortar a orelha dele e a culpa é sua.

─ A orelha já está na mesa Cicero... mas não é dele.

─ O quê? Mas que diabos? Toninho? Cadê o Toninho?

─ Ele está sem orelha e sem o dedo.

─ O que é que está acontecendo aqui.

─ Acho que essa língua também é dele. Aposto que deu vontade de comer uma feijoada agora.

─ Seu desgraçado. O que fez com Toninho. Me responde!

─ Não vá para a o quarto onde deixou o magnata.

─ Pro que não? você nao manda nada aqui! M-mas... Toninhoooo! Você enforcou o meu amigo!

─ Sabia que iria gostar. Quer tirar uma selfie com ele e postar para os seus amigos?

─ Desgraçado! Aparece agora ou mando bala no magnata.

─ E perder quatro milhões?

─ Vai se ferrar.

─ Sabe por que eu não arranquei sua orelha ainda? Porque quero que me ouça no celular.

─ Eu vou matar você! Aparece agora seu covardeeeeaaaaaaggghhhh.

─ Mas posso cortar seus dedos. Assim não tem como atirar.

─ N-nãaoo! Para com isso! Argghhh

─ Vai ficar difícil de pegarem suas digitais agora. Será que o nariz tem digital?

─ Volta aqui! Volta para de ficar sumindo e aparecendo. Me enfrente como homem.

─ Enfrentaria se tivesse algum homem aí, mas só estou vendo um sequestrador sem dedos. Vai ser um apelido e tanto na cadeia heim?

─ Eu vou matar você.

─ Só se for de rir. O sangue do seu amigo estava muito bom. Será que o seu vai superar o dele?

─ Não me toque maldito.

─ Vai ser difícil deixar você desesperado. Acho que vou ter que abandoná-lo nesta cabana preso, amordaçado, sem dedos e com o cadáver do Toninho.

─ Não... Me leve para um hospital. Eu vou morrer aqui você não pode me abandonar. Eu não quero morrer! Me ajudem! Socorrr... Ahhh

─ Hum. Este seu sangue... Cicero... olha. Parabéns. Você superou o Toninho. Gostei muito do seu sangue com desespero.

─ Agora Vamos ver o que temos aqui. O Magnata. Deixe-me tirar a fita para você falar.

─ Por favor ligue para a polícia.

─ Olha para mim Araujo! Acha que estou aqui para te salvar? acha que sou um super-herói? Eu vou falar e você vai ouvir entendeu?

─ C-certo.

─ Eu sou Neculai. Sei que é dono de uma estação de TV muito famosa. Quero participar do programa noturno que tem lá sobre variedades. Entendeu?

─ S-sim.

─ Serei o convidado especial deste programa e ele não vai ser proibido por ninguém. Entendeu?

─ Será providenciado.

─ Agora preste bem atenção Sr. Araujo. Eu tenho todos os contatos do seu celular. Todos! Eu vou matar cada um deles se este programa for interrompido de alguma maneira entendeu?

─ Eu vou cumprir minha palavra. Cumpra a sua.

─ Só mais uma coisa. Se tiver qualquer imagem da passeata que será feita em meu nome. Deve colocar ela no ar. Não tente esconder esta passeata em suas matérias.

─ Está bem Neculai. Só peço que mantenha a palavra.

─ Você está livre. Saia do meu caminho.

...

─ Alô! Neculai...

─ Seu tio vai me ajudar agora Deise.

─ Que bom saber que seu plano continua tendo sucesso Neculai.

─ Logo estarei na TV.

─ Eu vou amar. Posso tocar em seu rosto.

─ Ainda estou com o sangue dos sequestradores em meu corpo.

─ Eu não me importo. Seus olhos estão brilhando mais...

─ É a fama.



Por Adriano Siqueira


Neculai - Sangue e DesesperoOnde histórias criam vida. Descubra agora