Capítulo 58 - As apostas do Desespero

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As apostas do DesesperoO vampiro Neculai liga para fazer uma aposta cheia de sangue e desespero
e também ajuda uma viciada em jogos


— Alô?
— Sou Neculai. Quero apostar no morcego.
— Não existe morcego no jogo do bicho.
— Se existe Borboleta por quê não pode existir morcego?
— Olha Senhor eu tenho mais o que fazer. Se não quer apostar tem outros que querem. Sem piadas no meu celular entendeu?
— E você entrega o dinheiro dos apostadores? Acho que não. Tenho visto muitas reclamações sobre você.
— Está me chamado de ladrão? Quem você pensa que é?
— Eu sou Neculai! E você logo vai me conhecer pessoalmente.
— Não me ameace!
— Você está em uma rua movimentada mesmo de noite. Deve ter notado que algumas pessoas estão usando uma camiseta com números. Escolha um número de 1 a 50. Vamos ver se é bom em apostas.
— Está bem imbecil. Escolho o número 13 já que falou de borboleta.
— Ha Ha Ha! Temos aletra 13? Será?
— Você é um idiota! Agora saia da minha linha! Argh!
— Algum problema?
— Alguém me acertou com um porrete e saiu correndo!
— Viu o número da camiseta dele?
— Era... 13!
— Seu número de sorte. Ha Ha Ha. Vamos apostar mais.
— Não quero participar das suas bricadeiras. Me deixe em paz.
— Tarde demais. Se não escolher outro número posso acabar com você agora mesmo.
— Agora eu lembro. Você é o vampiro que todo mundo fala nas mídias. E-eu não tenho culpa de nada.
— Um número ou você morre.
— 32!
— Vejo que está olhando para todos os lados. Você está suando e estou sentindo o cheiro do seu desespero.
— Não vai ganhar. o 32 não está aqui. Mas o que... Argh! Arghhh!
— Alô?
— Era um cachorro! Maldito. Um cachorro me atacou.
— Viu o número na coleira dele? É especial para você.
— Era 32 seu desgraçado! Pare com isso! Eu devolvo o dinheiro!
— Agora é tarde. Escolha seu último número.
— E-eu... Por favor pare. Estou sangrando!
— Número? Ha Ha Ha! Agora pode sair o grande prêmio!
— 27! P... Preciso de um médico. Por favor.
— Acho que hoje é o seu dia de sorte.
— Estou livre! finalmente. Livre do Neculai.
— Que número aparece no visor do seu celular?
— Não! Não pode ser! O número 27 estã no meu celular. V-você não pode fazer isso!
— Ha Ha Ha! Tirou mesmo a sorte grande. Eu sou este número e agora vai me conhecer pessoalmente.
— Não! Não pode... Como você apareceu? De onde veio. Nãaargh.
— Ah do celular é claro! Mas você nunca vai saber como já que estará morto. Seu desespero chegou no limite que aprecio. Agora é hora de me alimentar.
— Argh!
— Você durou tão pouco. Foi tão rápido. O seu sangue misturado com o seu desespero me valeu a noite. Vamos tirar uma selfie juntos para os meus fãs. Sorria. Ha Ha Ha.
...
— Boa Noite telespectadores. Eu sou a Solange Pen...
— E eu... Marco Tong.
— Começando agora o Programa do Neculai e vem novidades por ai.
— Pois é pessoal. Conta para a gente Solange.
— A novidade deste programa é que o nosso querido vampiro Neculai está inaugurando o Bingo do Neculai.
— Olha só que novidade maravilhosa. Eu vou apostar agora mesmo.
— Falando em apostas o nosso querido Neculai também está contratando ex-viciados em jogos para trabalhar lá. Ele disse que isso é o certo a fazer. Assim eles podem até instruir os clientes a se divertirem, mas sempre com moderação e cautela pois o vampiro não quer clientes viciados perdendo suas vidas só para jogar.
— Neculai sempre nos surpreende mesmo. E fica aonde o Bingo Solange?
— Fica no centro da cidade. É um palacete com um visual muito vampiresco. Tem tudo por lá. Jogos de bingo, roleta, máquinas. Tudo o que vocês precisavam para se divertir.
— Eu vou lá assim que terminar este programa.
— Eu também vou Marco. A moda agora é a volta do bingo na cidade.
...
— Alô?
— Sou o Neculai e aposto que está com problemas por causa do seu vício em jogos Veruska.
— E-eu... Não sei quem é você mas não quero falar sobre isso.
— Gastou todo o dinheiro que era para terminar a sua faculdade.
— Olha Neculai. Lembrar dos meus erros não irá corrigir nada. Eu sei que fiz besteria, mas sei que vou recuperar tudo. Eu só preciso de uma uma tentativa. Só que quando a gente precisa de amigos, eles desaparecem. Ninguem quer mais emprestar dinheiro por causa da minha fase de azar. Mas eu tenho certeza que, se eu tivesse só mais um pouco de dinheiro eu iria dobrar essa quantia.
— Você está tão viciada que não percebe a besteira que está falando.
— Mas eu já ganhei. Eu posso ganhar de novo.
— Foi o que disse para o seu namorado antes de pegar o carro dele emprestado e vender para jogar e você disse que roubaram, mas ele descobriu tudo e foi por isso que ele te largou. Veruska. Jogar só vai te trazer mais problemas. Só vai te levar mais para dentro do abismo. Ha Ha Ha. Uma vez no abismo não tem volta. É viagem só de ida.
— Por favor me ajude. Eu quero só recuperar meu dinheiro.
— Posso te dar um emprego. Vai ter que trabalhar duro e no começo vai ganhar pouco, mas se me provar confiança eu posso dar um aumento.
— Eu faço qualquer coisa. Só preciso completar minha faculdade. Não quero mais saber de jogos.
— Palavras... Veruska. Os humanos são cheio delas. Além do emprego, quero que vá passar um tempo em uma casa onde estão alguns viciados em jogos para se tratar lá.
— E-eu... Está bem eu farei o que pede.
— Não esqueça. Você está falando com o Neculai e eu saberei todos os seus passos. O emprego é no meu Bingo. Todos são muito bem monitorados por lá e todos os que trabalham lá já foram viciados em jogos. É uma oportunidade que dou a eles.
...
— Alô! É você querido Neculai?
— Sim Deise. Como foi o lançamento da minha casa de Bingo.
— Foi perfeito. As pessoas experimentaram todas as formas de jogo. A casa vai ser um sucesso. Foi realmente uma grande ideia.
— Eu sei mesmo como movimentar a população. Ha Ha Ha. Onde está a vampira Karina?
— Ela saiu de moto. Está em uma festa com alguns motoqueiros. Karina continua dizendo para todos que ela é a sua noiva. Ela acredita muito nisso.
— Eu sei. Mas ela sabe que não seria possível.
— Por favor querido. Venha me visitar. Preciso estar perto de você. Fazer umas apostas.
— Deixe o celular na cama. Eu vou aparecer. Você sempre acerta nos meus jogos.
— Que bom que está aqui. Quero conhecer todo o seu tabuleiro. Posso agradar um pouco você? Deixá-lo mais relaxado? Quem sabe fazer jogos noturnos.
— Sim! Aposte. Eu permito. Em nossos jogos não existem perdedores.



Adriano Siqueira

Neculai - Sangue e DesesperoOnde histórias criam vida. Descubra agora