Capítulo 42 - O Desespero de Karina

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Uma história solo da vampira Karina que mostra todo o seu aprendizado para conquistar o seu alimento


— Márcio. Hoje foi uma noite muito especial. Eu precisava mesmo andar um pouco pelo bairro. Que bom que aceitou dar uma volta comigo.

— Temos muito em comum Leonora. Andar à noite faz muito bem. É um prazer poder acompanha-la.

— Você é tão prestativo comigo querido. Você fez minha noite ficar mais intensa. Construimos juntos uma noite linda. Espero completá-la com um passeio gostoso pelo bairro.

— Sim. Foi mesmo uma noite mágica. Seu sorriso, seus olhos brilhando e este cabelo escuro refletindo a cor azul da lua cheia... Me convida a beijá-la novamente.

— Beije-me sempre quando tiver vontade meu querido. Sabe Márcio. Quando eu era pequena passeava por aqui com meu pai. Eu tinha uma bicicleta e naquela época e nem todas as ruas eram asfaltadas. Lembro-me de cair algumas vezes e cheguei até a machucar o joelho. Foi bem ali naquela esquina onde está aquela mulher loira sentada.

— Leonora. Parece que ela está com problemas. Veja logo ali. tem um carro com as portas abertas e várias pessoas no chão inconscientes.

— É mesmo querido. Será que foi um acidente? Vamos Perguntar Márcio.

— Olá tudo bem com você? Meu nome é Márcio. Você pode falar?

— Sim! Eu estou bem. Meu nome é Karina. Viu que morceguinho lindo que eu achei. Ali na frente tem uma cerejeira e coloquei algumas cerejas na bolsa e trouxe para ele. É um morcego frugívoro, gosta de frutas. Ele estava mesmo com fome.

— Oi. Eu sou Leonora. O morceguinho é lindo mas, você sabe o que aconteceu aqui? O carro não parece estar arranhado e os homens estão no chão talvez desmaiados e estão armados.

— Eles tentaram me atacar. Não sei por qual motivo. Eu estava quieta aqui e eles saíram do carro armados e eu tive que dar um jeito neles.

— Leonora venha aqui. quero mostrar algo.

— Diga Márcio. O chão está cheio de sangue. Será que a Karina bateu a cabeça e ficou assim?

— É sobre isso que eu queria falar. Estes homens estão mortos. Veja. Todos tem marcas no pescoço.

— Meu Deus. Que loucura. Será que já ligaram para a polícia?

— Leonora. Pelas marcas que eles tem no pescoço parece que eles foram atacados por vampiros.

— Não diga isso Márcio. Deixe a pericia decidir. No momento temos que proteger a Karina. Ela parece ser a única que conseguiu sobreviver. Ela precisa da nossa ajuda.

— Mas... E se ela for...

— Não tome decisões precipitadas meu querido. Olhe bem. Acha que ela parece tão poderosa para fazer tudo isso?

— Em todo o caso Leonora. Devemos tomar cuidado. Quem fez isso ainda deve estar por perto.

— Leonora? Pode me ajudar?

— Sim Karina. Tudo que quiser. Você deve ter passado por uma noite horrível.

— Eu... Bem... Não foi uma noite tão ruim. meu noivo logo vai me ligar e logo estarei em casa.

— Que bom. Você é tão linda. Tão educada.

— Eu faço o melhor para ter muitos amigos. Eu não era assim. Eu era arrogante e egoísta. Meu noivo ensinou tudo o que sei. Ele me ensinou a fazer amizades. A ser uma boa moça.

Neculai - Sangue e DesesperoOnde histórias criam vida. Descubra agora