Capítulo 57 - O Desespero na Linha 1

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O Desespero na Linha 1

Com medo do Neculai, um homem começa a matar todos que usam o celular dentro do metrô. É a chance para o vampiro bancar o herói e fazer sua campanha política.


— Uma notícia que está deixando a população desesperada. Um homem no centro da cidade, está atirando em todos que estão usando o celular. Temos as imagens e tudo indica que ele foi para o Metrô. Durante a programação enviaremos os boletins sobre este caso.

...

— Todo mundo quieto. Desliguem o celular. Não quero ninguem neste vagão com celular!

— Mas o que é isso. Este homem entrou no trem e está armado!

— Eu vou chamar o policia!

Bang!

— Alô!

Bang!

— Joguem o celular para fora do trem. Agora!

— Eu não Posso! Preciso dele! estou procurando empr...

Bang!

...

— As notícias sobre o atirador são uma verdadeira calamidade. Até agora vários mortos e temos informações que o atirador entrou no metrô e sequestrou um vagão. Tem muitos mortos. Foi exigência dele que os celulares fossem jogados pelas janelas. Logo voltaremos com mais notícias.

...

— Vocês devem achar que sou um assassino! Não sou eu o culpado disso tudo. É a maldita tecnologia que vocês estão usando! Estão dominando a mente de vocês! vocês precisam parar! O vampiro Neculai foi criado por vocês! Pelo uso destes aparelhos! Ele é o mal! Ele vai destruir toda a humanidade! Vocês sabem disso e mesmo assim ainda usam este maldito celular!

— Você está louco! Está matando as pessoas por causa de um cel...

Bang!

— Isso não é um debate!

— Eu entendo o que você está dizendo!

— Finalmente alguém está entendendo. Venha para perto de mim mocinha.

— Claro senhor. Posso explicar para eles o que está acontecendo?

— Sim! Pode! Seria ótimo colocar na cabeças destas pessoas quem realmente é o vilão da história.

— Queridos amigos. Meu nome é Karina. Este homem está agindo assim pois o Neculai prometeu que iria caçá-lo por estar distribuindo mentiras sobre ele. Sabemos quem é o Neculai. Sabemos que ele não faria mal para ninguém. Sabemos que monstros assassinos seriam criados por pura inveja.

— Mas quem diabos é você? Vai morrer agora!

Bang!

— Acho que não!

— Mas o que...

Bang! Bang! Bang!

— Acabou as balas? Olha só. Um dos tiros fez o trem parar, Que bom. Isso nos dá mais tempo.

— V-você não morre? Não morre?

— Não querido. Eu não estou aqui para morrer, mas para acabar com as mortes... Sou... um... Anjo...

— É a Karina vampira! Já ouvi falar dela nos jornais.

— Sim é ela! Mata ele Karina!

— Mata esse assassino.

— Vocês são tão cheios de justiça. Admiro demais o coração de vocês, mas o Neculai quer falar com ele. Eu não joguei o meu celular fora.

— Alô! Neculai? Sim Ele está bem aqui do meu lado. Está desesperado e ansioso para falar com você.

— Não! Por Favor! Não deixe ele falar. Eu não quero morrer!

— Alô Matheus! Rapaz que confusão heim! Tudo para nada! Ha Ha Ha! Acho que a Karina não acharia você. Cuidado com ela viu! Ha Ha Ha.

— Desgraçado! Muitos saberão quem você é! Muitos tentarão matá-lo!

— Ha Ha Ha! Mas eu sou democrático. Podem tentar! Ha Ha Ha! Vai para o inferno Matheus! Tenho uma conhecida lá. A Lucretia vai adorar você.

— N-não me mate! tenha piedade! Você é democrático! Por favor!

— Sou democrático com críticos, não assassinos. Agora feche os olhos e sinta a morte.

— N-não! Karina por favor me solte! Ele está vindo!

— Ele já está aqui querido. As pessoas estão abrindo espaço para ele.

— Pode me emprestar seu sobretudo cidadão?

— Claro Neculai. Então é verdade que você aparece sem roupas.

— Sim! É constrangedor eu sei, mas seu sobretudo já ajuda bastante. Tenho um assunto para resolver.

— Neculai! Eu sou sua fã! Me dá um autógrafo!

— Em um outro momento! Prometo!

— Você é tão assassino como ele! Ele deve ser levado a justiça!

— Cidadão! Olhe para ele. Se eu o colocasse em uma sala com você segurando um celular e ele uma arma, acha que ele te pouparia? Pense nisso.

— Vamos ser testemunhas do seu assassinato Neculai?

— Sim! Eu permito! Se quiserem fechar os olhos fiquem a vontade! Vocês precisam ver tudo. Precisam saber que existem pessoas como ele por todo o lugar e devem ficar atentos. Eu farei isso para que ele não faça o que fez com seus amigos ou parentes. Vocês precisam saber que existem, para tudo, uma solução definitiva. E isso que vou fazer, impedirá que muitos como ele tentem o mesmo. Devemos inibir estas pessoas de agir. A qualquer custo.

— Ele tem razão.

— Infelizmente ele está certo.

— Deixa eu sugar o sangue dele Neculai meu eterno noivo!

— Não Karina! Ele é meu.

— A-afaste-se de mim! Por favor! Me ajudem!

— Quando você estava armado você não agia assim! Agora pede perdão.

— Isso mesmo. Assassino!

— Como pode ver Matheus! Eu posso tudo!

— Você manipulou todos eles! Você é o verdadeiro assassino!

— Sabe o que é realmente desesperador? Estar perto de um monte de gente pedindo para matá-lo. Pedindo sua cabeça. Implorando para exterminar alguém que está "alertando" de um mal maior. Por isso cada vez mais existem menos de você.

— A-assassino.

— Feche os olhos. Agora tudo será história.

— N-não! Nãaaarrrrgh!

— Ah! O doce saber do desespero em seu sangue me faz muito bem! Cidadãos! O que viram hoje não deve ser esquecido. Pois fiz por vocês. Fiz para que um dia ele não volte e mate mais pessoas. Ha Ha Ha. Não se preocupem. Ele agora está no inferno e vai ter muito tempo para pensar no que fez. Enquanto isso nós continuaremos a fazer um mundo melhor.

— Meu noivo querido. Vamos dançar. Vamos curtir nossa noite. Deixe-me mostrar os melhores lugares para estarmos juntos. Quero tocar em você.

— Eu permito Karina. Mas antes... Uma selfie no metrô. Sorria Karina. Vamos aparecer para o mundo. Ha Ha Ha.



Por Adriano Siqueira


Neculai - Sangue e DesesperoOnde histórias criam vida. Descubra agora