Escuto uma batida na porta, e sinto vontade de chorar.
- Entre - digo.
- Filha - meu pai diz passando a cabeça pela porta - quer conversar?
- Por favor - digo me sentando na cama dando espaço para ele sentar ao meu lado.
- Oque ele veio fazer aqui? - meu pai pergunta com o semblante preocupado. A maioria das garotas preferem conversar cm a mãe quando coisas do tipo acontece, mas eu, no entanto, prefiro falar com meu pai, amo minha mãe, mas não tenho esse tipo de intimidade com ela, e estranho eu sei, uma garota dizer ao pai o motivo da briga com o ex namorado, ou que esta saindo com um cara novo, mas para mim, isso e extremamente normal, sempre tive meu pai como meu melhor amigo, desde de criança.
- Adivinha - digo levantando a sombrancelha - ele veio pedir desculpas, disse que me ama e que se arrepende, aquela cv coisa toda de antes.
- Oh - ele diz coçando o queixo - e você ?
- Eu sai fora de mim, nem acredito que disse aquelas coisas pra ele, não parecia ser eu.
- Que tipo de coisas?
- Coisas do tipo "Você é um escroto eu tenho nojo de você" ou "Oque restou pra mim foi pena, porque você nunca vai encontrar alguem e se apaixonar, vai morrer sozinho e infeliz" - digo e noto a surpresa no rosto dele.
- Você falou essas coisas? - ele diz surpreso - Estou orgulhoso.
- Tem mais, ele tentou me beijar e eu bati na cara dele.
- Oque? - meu pai arregala os olhos e sorri - Bateu nele? Serio?
- Sim - dou risada ao lembrar da reação de choque que Carlos teve - ele mereceu, como ele ousou me beijar?
- Você esta certa, e eu estou orgulhoso - ele diz me abraçando e depositando um beijo na minha têmpora esquerda - mas agora, esta tudo bem?
- Acho que sim - mordo a bochecha - ele não tem mas aquele efeito em mim, tudo que eu disse pra ele era e é verdade, eu tenho nojo dele, mais nada.
- Bom saber, espero que continue com esse pensamento - ele diz apertando minha bochecha - mas mudando de assunto... e como foi o dia com o outro garoto?
- Ah - digo rindo da careta que ele fez ao pronunciar essas palavras - ate que foi bem divertido, ele e legal, diferente do que se mostrou na cabana.
- Vocês se beijaram? - meu pai pergunta com a cara meia torta.
- Não - digo rindo - ontem não.
- Oque você quer dizer com ontem não? - ele faz cara de bravo mas posso ver o sorriso em seus lábios crescer.
- Nos beijamos na cabana - digo risonha.
- Me lembre de me certificar se haverá garotos no próxima viagem a cabana - ele diz dando risada.
- Okay - caio no riso junto com ele.
Meu pai tem esse efeito, faz as coisas ficarem sempre melhores, e eu adoro isso nele, ele sempre esta aqui pra me aconcelhar e me ajudar quando preciso, amo ele.
- Bom, vou indo, só passei em casa para pegar uma blusa, esta esfriando.
- Tudo bem - dou um beijo no rosto dele - amo você.
- Também te amo - ele diz passando a mão no meu cabelo.
- Obrigado pai - digo e ele da uma piscadela.***
Por volta das cinco e meia meu celular toca, olho o visor, Lucca, atendo rápido.
- Oi - digo.
- Oie - ele responde, parece estar menos nervoso - quer ir no cinema hoje? Tem um filme em cartaz ótimo, estreou essa semana.
- Ah, pode ser - respondo sorrindo - te encontro aonde?
- Não, eu vou te buscar, pode ser as sete? - ele pergunta.
- Sim, tudo bem - respondo - te encontro as sete.
- OK - ele desliga.
Corro para o banheiro e tomo um banho rápido, lavo o cabelo, volto para o quarto e escolho uma calça jeans e uma blusinha de seda azul royal, calço sapatilhas pretas com grandes laços na frente e vou secar meu cabelo, demoro quase quarenta minutos para secar e pranchar o cabelo, já são quase sete horas e eu corro para passar um pouco de base, rímel, um batom rosa e um pouco de blush. Passo um pouco de perfume e estou pronta. Desço as escadas exatamente quando Lucca aperta a campainha.
- Oi - digo animada.
- Oie - ele sorri - você esta linda - ele me beija no rosto.
- Obrigado, você também esta lindo.
- Então, vamos? - ele pergunta.
- Vamos - digo fechando a porta.
- Então - ele começa - gosta de filmes de ação?
- Sim - respondo - na realidade depende, mas o único filme de ação que esta em cartaz e... a não, espera, vamos assistir Velozes e Furiosos 7? - digo sorrindo.
- Sim - ele responde - você já assistiu os outros? Se não quiser ver esse a gente escolhe outro, não tem problema.
- Esta brincando? Eu amo essa saga! - digo rindo - Vou adorar assistir!
- Que ótimo! - ele diz entusiasmado.***
Depois de assistir o filme fomos ao Mc Donald's comer, estava tudo bem ate eu sentir uma mão me pichando.
- Você me deixou para ficar com isso? - Carlos grita em meio a praça de alimentação do shopping.
- Qual é o seu problema? - digo sentindo a raiva invadir meu corpo - Eu não havia falado que quero você longe de mim? - digo o mais calma que consigo.
- Eu não acredito, e sério? - ele aperta o meu braço com muita força.
- Mas que diabos - Lucca diz se levantando da mesa - Qual o seu problema cara? Ela já não disse pra ficar lo gê dela?
- Não se meta! - Carlos grita - Ela é minha! Minha namorada!
- Sua? Namorada? - dou risada - Você e totalmente ridículo! Eu não sou sua namorada a muito, muito tempo - grito, todos estão olhando diretamente para nós - Saia daqui, me solte!
- Solta ela, vamos, não vou pedir novamente! - Lucca diz calmo, como ele consegue?
- Eu já disse! - Carlos grita - Não se meta!
Em segundo eu vejo os dois no chão, Lucca esta em cima de Carlos e descarrega vários socos em seu rosto, droga.
Todos estão olhando e eu fico em estado de choque, eles estão brigando. Lucca despeja uma sequência interminável de socos no rosto de Carlos, ele tenta se esquivar mas parece que Lucca e mais forte, em fim dois rapazes da mesa ao lado se levantam e vão separar, enquanto eles tenta o arrancar Lucca de cima de Carlos eu começo a chorar.
- Lucca, para - consigo dizer, e parece que imediatamente ele encerra os socos, os meninos o puxam de cima de Carlos e eu posso ver muito sangue em seu rosto, ele esta gemendo de dor, Lucca deve ter quebrado o nariz dele.
- Por favor - digo abraçando Lucca pelas costas - vamos embora, já causamos tumulto demais.
- Tudo bem - ele diz, sua respiração esta acelerada, o peito dele sobe e desce com rapidez e os seus punhos estão cerrados - Vamos.
Não me preocupo nenhum pouco com o corpo gemendo de dor no chao, por fim os rapazes batem nas costas de Lucca e voltam a se sentar também, deixando Carlos no chão.
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Início
RandomExistem varios tipos de amor, para uns ele e doce, e para outros... amargo. Foi assim pra mim, é assim pra mim. existem muitas histórias com finais felizes, finais épicos e muitas vezes cliches... Esse não. O final da historia acontece quando paramo...