XV

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Ja havia se passado um tempinho após o treino, o patrocinador havia marcado algumas coisas enquanto me encarava, não sabia o que era mas esperava ser coisa boa. Henry ainda estava comigo, mas agora já estávamos no terraço olhando a bela paisagem da Capital.

Realmente ela era como se fosse um "mundo" futuristico, diferente de tudo e todos. Henry tinha se tornado como um amigo para mim, já não diria o mesmo de sua companheira de distrito, que cada vez parecia me detestar mais.

Já estava a noite e nós dois estávamos no terraço. Ele chegou mais perto de mim e passou seus dedos de uma forma delicada em meus cabelos, colocando os fios rebeldes atrás da orelha.

- Até que você é bonita, senhorita Carolayne- Disse ele com um sorriso no rosto. Suas bochechas estavam meio coradas.

Logo eu sorri também fechei os olho e senti sua respiração mais perto de mim. Ouvi um grito vindo de algum lugar lá para baixo do prédio. Me assustei e me levantei rapidamente.

-Aonde vai?- Ele disse.

- Você ouviu isso? O que deve ter sido? - Digo apavorada.

-Nao sei... Quer ir ver? - ele me pergunta já se levantando.

-Acho que é o certo a fazer.

Nós dois corremos para o elevador apertando o botão para a sala de treinamento. Quando chegamos lá a garota do 7 estava em cima da garota do 5 com o machado rente a seu pescoço. Não pensei duas vezes ao ir lá e empurrar a garota do 7 para longe.

-O que pensa que está fazendo? - Disse Henry para a garota do 7

-Ela já me encheu o saco, não aguento mais olhar para a cara de nojenta dela. - Disse a garota do 7

-Nao acha melhor resolver isso na arena? - Disse Henry com o sorrisinho no rosto.

Logo fui para perto da 5. Me ajoelhei até ela e olhei nos olhos dela meio preocupada.

-Está tudo bem? - Eu disse em um tom bondoso. Bondoso até de mais.

- Eu só quero voltar para casa, quero a minha mãe - Ela diz chorando
A garota parecia ter 12 anos, a minha idade, uma presa fácil para os outros tributos que eram maiores.

Depois de resolvermos esse problema, Henry me levou até meu quarto.

-Huum, se encontramos amanhã? - Diz ele com um sorriso meio tímido.

-Sim, amanhã. -Sorrio e dou um beijo em sua bochecha. Ando para o meu quarto e olho para trás, ele estava ainda parado me olhando, Meo me contive e dei um leve sorriso.

Chegando na sala logo caí no sofá rindo.

A primeira edição dos jogos vorazesOnde histórias criam vida. Descubra agora