XXII-A ARENA

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Passa-se um dia e assim acordo ja pronta para o pior. Hoje é o dia da arena. Não sei como vai ser, nem quem irá tentar me atacar. Apenas estou pronta para o pior.

Me levam para uma sala onde tem a minha roupa separada para a arena. Tipo um uniforme. Ele é composto por uma calça preta que aparentemente é agarrada. E uma jaqueta de veludo por dentro, onde a blusa é de um tecido fino e sem nenhuma proteção. Já vejo que eles querem ver as nossas mortes, dolorosas e cruéis. Assim, matar ou morrer.

-Bem, Boa sorte querida- Diz Vincent, que logo entrega meu colar com pingente em forma de adaga.

Aceito as palavras dele com um leve sorriso já esperando o pior acontecer comigo. Suas palavras ecoam em minha mente e eu tenho um surto. Começo a chorar e a gritar, mas logo me recomponho e visto meu uniforme. Dois pacificadores entram na sala e me levam ate num tipo de "nave" que eles chamam de aerodeslizadores. Lá, ja estão todos os tributos, preocupados. Passa-se uma mulher aplicando um rastreador no braço direito de cada tributo. Não estou pronta para tudo isso. Acho que ninguém está. Olho para Max que está ao meu lado, ele sorri para mim e logo eu retribuo,  mas com um sorriso falso. após isso cada um de nós saímos indo para uma sala designada para cada um. Thomas estava lá.

-Ei, saiba que estou do seu lado. - Ele me abraça fortemente e me da um beijo na bochecha. -Sabe, vou fazer tudo que eu puder para te manter viva.

-Não. Eu sou apenas uma garota, olha, salve Max. Ele tem mais chances do que eu.

Ele nega e logo ouço um aviso

"20 SEGUNDOS PARA ENTRAREM NOS TUBOS"

Entro em meu tubo e olho para ele com ar de esperança. Talvez eu consiga vencer isso. Talvez.

"10 SEGUNDOS PARA ENTRAREM NOS TUBOS"
"9, 8, 7, 6, 5"

Sinto o tubo me elevar para um outro local. Meus olhos ardem com a iluminação, logo consigo ver um chifre Dourado onde tem armas e água. Algumas comidas, mas nada de exótico. Talvez a primeira edição acabasse antes do que eles esperavam.

"VAI COMEÇAR A PRIMEIRA EDIÇÃO DOS JOGOS VORAZES. E QUE A SORTE ESTEJA SEMPRE A SEU FAVOR".

O suor escorre pelo meu rosto. Olho para o lado e consigo ver Max, do meu lado direito, e do meu lado esquerdo consigo ver Henry.

*MAX*

Logo que entro em meu tubo sou levado para um local em que consigo ver os outros tributos, na qual irei ter que matar. Com minha irmã não tenho muito o que me preocupar. Consegui fazer com que Henry e Matt, o garoto do 8, ajudassem ela a sair viva até sobrar apenas eles. Eu não tinha estratégia. Apenas queria me salvar e salvar a minha irmã, assim sendo, atacaria todos que tentassem me atacar e atacar ela.

*HENRY*

Miro o meu olhar em Carolayne, uma pessoa que pelo parece, delicada e calma. Não teria muita chance sozinha. Logo assim, vou tentar salvá-la. Bem, pelo menos até sobrar apenas nós, ai eu teria que agir por emoção ou razão. Isso me confunde. Olho para a cornucópia e vejo uma espada longa. Foco nela enquanto ouço a contagem.

60
59
58
57
...

*DIAMOND*

Ouço a contagem desse estúpido jogo. Tudo não passa de um jogo. Um Jogo em que EU irei vencer. Tudo não passa de estratégia, e minha estratégia é simples. Preciso pegar um arco, uma aljava, fazendo isso, subirei na cornucópia e atirarei flechas na cabeça e garganta dos outros tributos. A contagem continua.

36
35
34
33
32
31
30
...

*MATT*

Distrito 8, lembro um pouco de minha vida lá. Logo lembro de algumas habilidades que tenho. Arco, adagas, acho que consigo manusear algumas armas leves. Jogo de cintura. Meu foco são as adagas e o arco. Prometi para Max que iria ajudar a irmã dele. Tentarei. Mas antes tenho que me manter vivo.

19
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11
10
...

A primeira edição dos jogos vorazesOnde histórias criam vida. Descubra agora