Festa

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"Caminhei com ela para fora da casa, seus braços estavam ao redor da minha cintura e sua cabeça repousava no meu ombro seu cheiro era gosto e tentador, eu só queria voltar para o meu quarto e continuar com aquilo por horas, mas não, tínhamos que socializar... justo com quem? Com a diaba da minha vizinha."

A cada passo que eu dava meu coração parecia que ia saltar do meu peito a qualquer momento e sair correndo fugindo de mim, maldito me lembrou do clipe Stray Heart do greeday, ri com a memória do meu possível coração, fugindo de mim enquanto um buraco sangrento estava no meu peito.

Sim eu não era covarde para negar o quanto Lauren Jauregui mexia comigo, sem dúvida seu beijo desajeitado foi o melhor que eu já havia tido em toda a minha vida, e apesar de eu ser uma "perdedora" na escola, ainda assim já tinha beijado algumas, e até rolado umas preliminares, mas nada tão intenso no qual Lucy tinha me proporcionado, minha virgindade ainda estava intacta, mas a do meus dedos não.

Assim que eu entrei na o som do David Gueta parecia mais alto ainda, acho que o modo mais simples de explicar de um termo mais científico, do porquê de jovens adorar uma casa fechada abarrotada de gente o som alto, era o simples fato de que elas teriam que aproximar seus rostos para se escutarem, isso dava a chance aos mais tímidos, como eu naquele momento, de roubar beijos da garota a nossa frente. Lucy estava com as mãos na minha cintura, e as nossas testas levemente grudadas, nossas bocas sorriam cantando junto com a música, quem precisava de álcool ou drogas, quando se tinha um som alto e uma playlist de the pretty reckless?

- oh,oh, ooh Lord, heaven konow we belong, way down below - acho que minha voz não poderia ser maior quando ela continuou:

- Sing it, Oh Lord heaven knows we belong way down below - sua boca selou a minha durante o resto da musica, algumas pessoas da escola me olhavam torto, mas nenhum pareciam ter moral ali dentro, é como se por mais que Lauren fosse a líder daqueles ratos de laboratório, ainda sim todos ali pareciam esquecer a monarquia que existia e todos simplesmente curtiam o momento.

Caminhei com ela até a cozinha, onde alguns se serviam com cerveja, peguei duas e Lucy virou duas doses de vodka em casa garrafa e me entregou uma, torci o nariz com o sabor horroroso, na minha primeira vez bebendo eu já entraria em coma alcoólico, sorri com esse fato, minha cabeça parecia que iria dar um duplo salto mortal carpado de costa, puxei a castanha para a pista, ela começou a rebolar e passar as mãos pelos cabelos, seu olhar puxava o meu, ainda meia desorientada eu seguia seus movimentos, alguns olhares seguiram para o seu corpo e isso realmente me enfureceu, a puxei para mim, sua cintura na minha, a musica ditando nossos movimentos, até que eu senti uma mão quente me puxar pelo braço, olhei para o lado e encontrei uma Lauren sorridente.

Realmente o álcool mudava as pessoas, apenas arqueei uma sobrancelha para ela, esperando que falasse algo mas logo ela me puxava pelo braço, Lucy me olhou e parecia risonha, sua boca se movia de forma maliciosa, voltei a olhar para Lauren, meu corpo parecia dormente, será que alguém todos ficavam assim só com uma cerveja e vodka? Lucy parecia muito melhor que eu, coitado do meu fígado, espero não ter câncer por causa disso.

Ela me levou para cozinha, legal, agora vou beber mais, assim quando aquela psicopata roubar os meus órgãos eu já vou estar bem anestesiada. Ela pegou um copo vermelho grande e colocou coca cola, e mais vodka, tomou um gole e me ofereceu, eu sorri de canto, senti o doce do refri mesclado a vodka queimar a minha garganta, o sabor era enjoado, e eu estaria fodida no dia seguinte.

- Eu achei que você não viria... - começou aproximando sua boca da minha. Ela era muito cara de pau, mesmo sabendo que minha "possível" namorada estava na pista de dança, ainda estava tentando algo, a empurrei e ela me olhou com um enorme sorriso nos lábios.

Girls Like GirlsOnde histórias criam vida. Descubra agora