Dem's

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Demi Point of View

Eu tinha um milhão de coisas para fazer, 45 trabalhos pra entregar, 28 livros para ler, além de armar um novo contra ataque no time de vôlei.

E claro no meio disso tinha Naya, e sua filha mais fofa do mundo que me tomava grande parte da tarde até a noite.

Não que seja fácil lidar com o temperamento da latina, mas ela sempre me mostra seu lado explosivo e ciumento com relação a pequena, e também sempre consegue deixar claro que quer manter distancia de relacionamento sério, que sua carreira vem em primeiro lugar.

As vezes me sinto até babá, porque ela mesma sempre está longe, ou o pouco de tempo que tem em casa está dormindo ou de mau humor.

Não sei onde fui amarrar meu burro.

- Pai... O senhor sabe que tipo de leite comprar pra uma criança?

- ela tem mais de dois anos?

- sim...

- então compra um leite comum mesmo... Mas porque você quer saber?

- estou cuidando da filha de uma amiga...

- namolada... - Tina disse ao meu lado e eu suspirei.

-... Ér...Namorada.

- leite em pó, e compra achocolatado enriquecido... - ele desligou e eu fitei a garota no meu colo era terrivelmente fofa.

- ainda bem que você não usa mais fralda... - peguei uma lata de leite e achocolatado e caminhei até o caixa.

- quelo jujuba! - ela apontou para a prateleira onde tinha pacotes de preservativos, sorri com tamanha inocência dela.

- sua mãe não deixa... - Tina me fitou com um par de olhos pidões e eu suspirei - tá, mas só porque eu estou realmente odiando a sua mãe.

Peguei um pacote de jujubas de outra prateleira e entreguei a ela.

- são... - a atendente me fitou ainda segurando Valentina e continuou - 45 dólares e 65 centavos...

- OK... Isso vai pra conta da sua mãe também... - passei o meu cartão e corri dali antes que a mini devoradora de doces pedisse algo mais.

Para o meu infeliz azar eu não tinha noção nenhuma de como colocar aquela criança na sua cadeirinha.

1° que o negócio tinha um monte de botões.

2° que a pequena diabinha fofa ficava se mexendo a todo segundo.

Acabei por deixar ela no banco da frente mesmo, mas com o cinto de segurança.

E fiz o trajeto inteiro a menos de 30 kilometros por hora.

E é claro que para o meu asar divino, Naya estava nos esperando na habitual vaga do seu carro.

E mesmo não vendo que Valentina estava no banco errado, ela ainda assim me fuzilava com os olhos.

Droga

Eu tinha que enfrentar a fera, então me soltei do cinto de segurança, mesmo achando que não seria uma boa ideia.

- onde caralhos você estava?!

- fala baixo!

- porque eu falaria baixo? - ela abriu a porta do passageiro, mas Tina estava na frente. A menina de cabelos lisos lhe deu um sorriso enorme e disse:

- olha mama eu ganhei jujubas!

- no banco da frente? Sério mesmo Demétria? - ela abriu a porta e pegou a garotinha alegre no colo. - vem meu anjo... Vou te deixar longe dessa irresponsável.

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