Cupido Vacilão

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CAPITULO TAMBÉM DEDICADO A ANIVERSARIANTE DO DIA>> piettraH ~ Eu nunca esqueço Baby '-' 

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" bom... eu vou nessa... - murmurei e continuei andando, só espero que o professor finja que eu não existo"


POV.: DINAH

O meu sono me maltratou nessa madrugada, é dolorida a sensação de gostar de alguém que nos enxerga apenas como volume na sociedade, amar alguém não deveria ser assim tão solitário, e cá esta eu novamente antes do sol amanhecer divagando sobre qualquer merda pra justificar a minha covardia de apenas observar a garota que eu amo cada vez se afastar de mim.

Eu tinha que fazer isso, não seria fácil, mas era hoje que eu teria que mudar algo, observei as centenas de fotos dela que formavam um grande mural na parede do meu quarto e comecei a arrancar as fotos e rasgá-las, cada uma foto daquela era uma atualização da Normani nas redes sociais, imprimir as fotos e colar fazia parte da minha rotina absurda.

Comecei a arrancar cada folha daquela enquanto as lágrimas lavavam o meu rosto, peguei um saco de lixo enquanto a casa ainda estava silenciosa, amarrei meus cabelos num coque mal feito e passei a rasgar tudo aquilo, o enorme painel agora estava vazio, me sentei na cama olhando aquele enorme espaço que ficou, mais lágrimas saíram queimando , enxuguei meu rosto aquela seria a ultima vez, minha loucura estava tendo um fim, e isso era bom, já que eu estava me desfazendo de algo que nunca foi meu.

Ainda tinha muito trabalho pela frente, e isso levou grande parte aquela manhã, Camila deveria estar me esperando, mas eu ainda tinha que pegar uma carona com o meu pai, já que os delinquentes dos meus irmãos estavam ocupados demais em dormir, por conta disso nem me importei em soltar o cabelo antes de sair, vesti um antigo par de tênis.

Chegar até aquela escola foi uma tortura, eu não sabia o prazer que meu pai tinha em escutar reprise do super bowl, mandei uma mensagem pra Camila antes que ela me matasse, mas minha maior surpresa foi chegar na escola e encontrá-la como uma hipster, sentada na grama olhando a natureza, só faltava umas miçangas para completar o look.

Camila possuía um astral oposto ao meu, por mais que fossemos duas loucas quando não tinha ninguém por perto pela exigia uma certa delicadeza da minha parte, algo que perdi ao longo da convivência com meus irmãos mais velhos, mas ainda assim ela era um bebê na maior parte do tempo.

E então as coisas aconteceram rápidas demais, saber que minha Chancho foi novamente hostilizada pela gasparzinho me deu nos nervos, e eu intervi, a favor da minha amiga, usei todo o meu auto controle para não fazer uma bobagem e acabar sendo expulsa, mas ainda assim dei alguns empurrões quando minha vontade era rasgar aquela garota com as minhas unhas.

Ainda estava nervosa quando sai pelo corredor, meu coração parecia que ia explodir dentro do meu peito, amarrei meu cabelo num rabo de cavalo, Camila me parecia mais tranquila que nunca, como se nem se importasse com tudo aquilo, talvez ela tivesse razão, sempre haverá pedras em nosso caminho para nos derrubar.

- Dinah... – escutei a voz da Mani alguns metros atrás de mim, me virei devagar olhando a morena que ainda caminhava até mim, seu olhar parecia aborrecido, se veio até mim em pró de sua amiga, ela vai escutar poucas e boas.

- oi?... – respondi frisando o olhar, ela me encarava como se eu fosse uma vilã que tinha devorado criancinhas na floresta.

- a gente pode conversar? – sua voz embargada causou um arrepio no meu corpo, uma sensação boa que seria facilmente substituída por alguma desgraça que ela poderia vir a dizer.

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