You hurt me

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LUCY POINT OF VIEW

A falta de estudantes de enfermagem praticamente foi como ter as portas abertas, quase depois de terminar a prova já fiz minha inscrição na universidade de medicina, era um sonho antigo, apenas a ideologia de uma criança, que agora estava ganhando vida.

Eu passava o primeiro horário em sala de aula, e o segundo colocando em prática o que eu aprendia em teoria, até me assustei quando no primeiro dia já fui obrigada a lidar com pacientes, certo que eram coisas poucas, mas tive uma surpresa ao ver Camila ali, no meu segundo dia, seu rostinho parecia assustado, quando a abracei ela ainda tremia.

Minha única reação foi beijá-la, não como uma amante, mas sim alguém que se importava com a sua dor naquele momento, e seu corpo pequeno sempre me parecia tão frágil e solitário. E ver a Verônica ali só aumentou meu instinto de proteção.

Um novo dia de aula, achei que fosse surtar com todas aquelas nomenclaturas, meu cérebro já estava quase fritando com tudo aquilo, ainda bem que parte teórica eu ficaria na ala de emergência auxiliando o auxiliar de enfermagem, sorri negando com a cabeça enquanto vestia minha calça branca e a blusa branca e o jaleco branco, inferno.

Corri contra o tempo para bater o cartão já que fazia parte das notas ter estágio, quase meio hora depois de eu estar sentada enquanto arrumava os utensílios para curativos, quando ouvi o campainha soar, logo teriam uma maca ali para esperar a ambulância. Aquela correria era uma adrenalina vital para mim.

A enfermeira chefe andava de um lado para o outro com sua prancheta, pelas poucas horas que eu já trabalhei descobri que aquela mulher era uma mal amada que não tinha humor nenhum, e sempre fazia questão de deixar isso bem claro, principalmente durante o nosso intervalo.

Eu ficava bugada quando alia o termo "estudante residente" realmente, residente fazia jus ao nome, já que tínhamos camas ali e banheiros apenas para os funcionarás para do maior hospital central de Miami. Minhas costas doíam quando levantei da minha posisão, o pequeno grupo de estudantes do qual eu fazia parte observavam atentamente os ensinamentos da enfermeira chefe, Regina Mills, ou mais conhecida entre nós como: Rainha má.

A única do grupo que parecia considerar um charme aquilo tudo era Emma, ela até babava quando a Evil Queen passava exalando seu dolce gabana, a loira estava sempre a comendo com os olhos como naquele momento.

- fuck, como aprender alguma coisa quando essa mulher fica assim tão sexy... – gemeu ao meu lado.

- ela é uma megera Swan... – estávamos prestando atenção enquanto a morena aplicava o soro num boneco.

- eu sei... toda megera merecer ser domada... – sorriu de canto. – ela é mulher demais pro meu caminhãozinho... – revirei os olhos enquanto anotava algumas coisas – falando nisso preciso cortar as unhas...

- relaxa Emma, se vocês ficarem, já sabemos quem será a passiva... – gargalhei com a cara que ela fez de ofendida.

- vocês duas... – Regina mandou seu olhar assassino para nos duas. – serão as cobaias... Emma pegue a agulha e Lucy será a paciente... – eu não estava preparada psicologicamente para aquilo... meus braço seria furado... por outra estudante... Jesus me segura.

- mas... nós nem temos experiência...

- exatamente, dá próxima vez não considerem a milha aula um show de piadas, vocês precisam absorver 110% de tudo o que eu disser, isso aqui, não é brincadeira, um passo em falso e vocês podem colocar a vida de alguém em perigo. Agora andem logo.

Aquela filha da puta loira errou na primeira, segunda, e depois da quinta tentativa eu finalmente suspirei aliviada, o rosto da Evil Queen parecia mais uma mascara, como se seus pensamentos estivessem longe.

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