Girls Like Girls

Game of back

Você não queria poder desfazer as coisas? Aquilo que você disse? Aquilo que você fez? Não existe um botão de desfazer. Só existe a esperança de que podemos aprender. Nós podemos mudar, certo? Nós podemos fazer melhor. Não podemos desfazer o que já fizemos. Não podemos desfazer o passado, porque o futuro continua vindo até nós. É melhor manter o passado no passado. Seguir em frente. Aprender com isso. Nós não aprendemos com nossos erros, nós acabamos presos em um futuro que nunca escolhemos. O passado está escrito, não tem como mudar. O que passou, passou, mas o futuro é nosso para escolher, para o melhor ou para o pior.
- #Grey's #Anatomy -

Lauren point of view

Minha cabeça latejava, doía, parecia que ia explodir a qualquer momento.

Será que é por isso que falam de "chifres"?

Eu sentia minha testa pesada, como se meu corpo estive prestes a desmaiar.

— Lauren?... — escutei a voz de Vero vir lá de longe. — Lauren...Laur...

Ela tocou o meu ombro, minha testa, e eu não conseguia ter nenhuma reação.

— Laur pelo amor de deus... Você está pálida... Mais pálida que o normal... Deus...fala comigo...

— ela...

— ela?

— a Karla me traiu....

— o quê?

— Karla me traiu... Ela dormiu com outra garota... Outra que não sou eu...outra que a tocou...e deu a ela...o que é meu...

— Lauren...

— não estamos nem quatro dias longe de casa... E ela... Ela...

— ela transou com a Lucy?

— não... Não...

— eu é... Toma... — fitei o que ela carregava, e só então percebo que era uma garrafa de água.

— PORQUE VOCÊ TA PREOCUPADA COM A LUCY PORRA? EU FUI A CHIFRUDA AQUI...VOCÊ PELO MENOS TIROU O CORPO FORA ANTES DE ALGUMA MERDA!

— você é trouxa pela Cabello Lauren...é claro que isso está mau resolvido.

— não, eu fui trouxa... Agora sou a Lauren de sempre...

— aham...ta mais branca que papel sulfite...

— ta... — me levantei rapidamente — vamos logo... Temos uma viagem pra seguir.

Se a própria Karla tinha tomado a atitude de ser realista comigo, porque eu iria bancar uma revoltada?

Ela não me queria, e eu não tenho o poder de obrigar alguém a me amar.

Talvez eu estivesse indo rápido demais com o carro, meus pensamentos estavam um turbilhão. Parei no acostamento e esmurrei o volante, várias vezes, diversas vezes até sentir minhas mãos doloridas.

Não vi quando Vero saiu do carro, apenas senti quando ela começou a se sentar no banco do carro e a empurrou para o lado.

— vamos voltar...antes que você se mate...

— não... Ja estamos chegando e....

— e...nada! Vamos voltar, te deixo na sua casa e pego um vôo até o meu destino.

— mas...

— cala a boca Lauren! Você está com o psicológico fodido! Você precisa conversar com a Camila.