11 - Ravenna

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Mas que droga de homem desgraçado!

Acreditam que o grande filho da puta, depois de me foder de tantas maneiras possíveis, simplesmente me deixou ir embora sem nem dizer nada?

É claro que vocês acreditam. É a cara dele fazer isso. Não sei porque esperava diferente.

Na verdade, sim, eu esperava!

Ele se mostrou tão possessivo e intenso que eu imaginei que ele quisesse algo além de sexo.

Tem alguma coisa o impedindo de assumir que o que a gente teve não foi apenas uma foda.

Sim, o suposto "problema" dele ser 16 anos mais velho que eu, mas tem coisa a mais aí e eu vou descobrir.

Deus, ele me deu uma canseira essa tarde. Meu corpo ainda pode sentir os efeitos...

Estou no meu trabalho agora, pensando em tudo isso enquanto espano uma estante de romances eróticos.

A vida podia ser como nesses livros, um caminho turbulento, mas um "feliz pra sempre" no fim.

Se eu tivesse essa certeza de que no fim tudo seriam flores com Eric eu me atirava de cabeça.

Mas qual seria a graça? Se fosse assim a gente ia direto pro fim da história e esquecia de aproveitar os melhores momentos.

As horas passam devagar, mas enfim o relógio marca 20 horas e eu vou pra casa.

Quando chego no dormitório encontro Cindy comendo um pote de morango encostada na bancada da nossa pequena cozinha com um sorrisinho bobo no rosto.

- Ora ora, Cinderela pensando no seu príncipe encantado. - eu digo, zoando com a sua cara de sonhadora.

Ela acorda dos seus devaneios e olha surpresa pra mim parando com um morango no meio do caminho pra sua boca:

- Como você sabe?

Como assim "como eu sei"?

- Pera aí, eu acertei? Você conheceu alguém? Conte-me tudo, não esconda-me nada! Nem os detalhes sórdidos... - eu digo animada já chegando perto dela e roubando um morando do seu pote.

- Então, é que com os dias apertados e você distraída esse final de semana inteiro não deu pra te contar. Eu conheci esse cara, o Marcos, semana passada. Ele é tão fofo, Vadienna - reviro os olhos quando ela diz esse apelido miserável. Pelo menos o cara tem um nome bonito, sim, o nome do meu pai! - seu sorriso é uma gracinha e ele adora as coisas que eu adoro. Atua super bem, por sinal. Ele me chama de princesa, acredita? Faz todas as minhas vontades e tem um pau maravilhoso... - ela ia continuar babando pelo boy-magia, mas eu a interrompo nessa parte.

- Pau maravilhoso? Você já deu uma conferida no pacote do cara, sua cachorra? - eu pergunto com uma falsa modéstia, colocando a mão sobre o peito, surpresa, e fazendo uma cara de repulsa que acaba deixando ela revoltada.

- Ei, nem foi tão rápido assim! E você que sumiu depois da aula de hoje sem avisar à ninguém?! Fugiu com alguém, foi? - ela solta, se sentindo triunfante quando vê minha cara, agora surpresa de verdade.

Como ela sabe?

Alguém me viu saindo com o Eric?

Te Encontrei Quando Não Procurava - Livro UmOnde histórias criam vida. Descubra agora