04 - Ravenna

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Depois de ser dispensada pelo arrogante Sr.Petrovich, fui em direção ao salão de dança encontrar o Kyle e a minha equipe.

Estamos ensaiando um número que será apresentado numa boate, sexta-feira à noite.

Makayla, uma das integrantes do nosso grupo, conhece o dono do lugar e conseguiu essa ótima data pra gente.

Quando chego pra encontrar todo mundo, Kyle logo se afasta da galera reunida ao lado da aparelhagem de som e vem em minha direção.

Ele me levanta do chão pela cintura, me gira e dá um beijo estalado na minha bochecha.
Sempre do mesmo jeito.

Comprimento todo o pessoal e dou uma passada rápida no banheiro feminino.

Coloco meu shortinho de tactel, um top e um tênis, amarro meu cabelo - esse é geralmente o estilo de roupa que eu uso pra dançar. Me deixa confortável, com os movimentos livres - e volto pra começar a ensaiar.

Nossa equipe tem 10 integrantes no total: cinco mulheres e cinco homens. Nós preferimos assim já que algumas coreografias são em casais.
Eu as crio, na maioria das vezes, e acrescento os palpites do pessoal.

A gente vai ensaiar a que não precisa de parceiro porque nem todo mundo está presente, alguns estão em outras aulas ou em outros compromissos.

Na apresentação de sexta iremos eu, Makayla, Tifany e quatro dos garotos. 

Vou em direção ao centro onde o pessoal já está se aquecendo e aproveito pra me alongar também.

Em 5 minutos eu estou pronta para começar.

Caramba, eu amo o que eu faço!

Enquanto danço posso sentir o sangue correndo nas minhas veias.

Eu percebo melhor as coisas, meus sentidos ficam mais apurados, as sensações ficam mais à flor da pele, eu me arrepio só de sentir o vento no meu corpo e nos meus cabelos quando dou um salto ou um passo mais rápido.

Meu coração ora acelera, ora diminui o ritmo como se acompanhasse a música.

Eu me sinto livre.
Me sinto bonita, sexy, poderosa e confiante.
Eu me sinto em paz.

Depois de uma hora e meia repetindo a coreografia, eu paro ofegante e completamente relaxada.

A dança tira o peso do meu corpo, do meu espírito.
É revigorante.

Conseguimos corrigir algumas coisas, aperfeiçoar outras e marcamos outro ensaio pra quarta-feira.

Tomo uma chuveirada rápida pra seguir pra próxima classe.

A próxima aula não é exatamente minha, na verdade.

Eu poso como modelo nu pra turma de desenho.

Eu só tenho que chegar lá e aguentar ficar parada na mesma posição por 60 minutos.
Essa é a dificuldade.
Ficar nua é o de menos.

[...]

Enquanto poso deitada em um sofá com meio corpo coberto por um véu negro, eu penso no maldito Eric Petrovich.

Sonho com aquelas mãos grandes, ásperas, com dedos fortes e habilidosos...
Isso porque ele quase não me tocou.

Jesus!
Só de imaginar aquele homem me pegando de jeito com aqueles braços fortes e mãos esculpidas...

Sinto meus seios ficarem pesados, meus mamilos endurecerem e a minha boceta começar a molhar outra vez.

Te Encontrei Quando Não Procurava - Livro UmOnde histórias criam vida. Descubra agora