Capítulo 10 - Não posso te perder.

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— Fala Math — falei o incentivando.

— Naquela pista de skate — ele respondeu.

— Boa! Vou pegar os skates lá na área — Gus advertiu e saiu em busca dos mesmos, só então percebi que Math me encarava.

— Tô vendo que tem alguém caidinha pelo meu irmão — Mathias afirmou e eu o olhei sem entender.

— O quê? Quem? EU? — ao terminar essa frase, pude perceber que essa reação muuuito espontânea não me ajudou muito.

— Sim — ele disse respondendo minhas objeções com um sorriso no rosto. — Só de ver você olhando ele, já dá pra notar.

Minhas bochechas ferviam, obviamente de pura vergonha e certamente estavam coradas como se estivessem dado lugar a dois tomates. Talvez isso tenha tirado todas suas dúvidas.

— E tu já sabe sobre o...

— Bebê! Sim, eu sei — terminei sua frase. Infelizmente eu sabia.

— Que mancada do Gustavo. Acha que pode ser mesmo dele?

— Sinceramente? Eu torço muito pra que não seja.

— No fundo, eu também. Ei. Espera. Então quer dizer que gosta mesmo dele?

— É. Mas por favor Math, não comenta nada disso com ele.

— Tá, pode ficar tranquila.

— Mesmo?

— Mesmo — ele garantiu e eu apenas sorri em forma de agradecimento. Dentro de alguns segundos, Gustavo entrou com um skate em cada mão e perguntou:

— Duda, já andou de skate?

— Nunca tentei — confessei em meio a um pequeno riso.

— Vai conseguir hoje — retrucou.

— Há-há! Isso se eu conseguir ficar mais de dois segundos em cima disso — falei apontando para o skate que ele havia posto no chão.

— Vai sim.

Vamo logo senão eu não vou levar vocês comigo — Mathias disse entre um riso, nos advertindo.

— EU vou dirigindo.

— Por acaso o mocinho tem carteira de habilitação? Não, né?! Então sossega o facho — seu irmão completou.

— E por acaso a mocinha tem a chave? — Gus questionou balançando a chave do carro e rindo e eu ri também.

— Otário mesmo né — o Math respondeu revirando os olhos.

— Vem Duda, a mocinha alí ficou emburrada — comentou de maneira debochada e nós três descemos até a garagem.

Mathias foi sentado no banco de trás do carro e Gus, que dirigia, e eu, fomos no da frente.

Após uns dez minutos, nós chegamos à pista de skate, que não estava muito movimentada, havia apenas um garoto andando sobre as rampas. Math saiu do carro com os dois skates e entregou um deles para o Gustavo, que logo me olhou sorrindo como quem não queria nada assim que colocou o pé sobre o mesmo.

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