Capítulo 11 - Tudo numa boa

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(...)

Tudo está bom em meu reino. Cada coisa em seu devido lugar.
Novos moradores, novas pessoas para serem mortas e novos compromissos.

Desde que meu pai morreu, me sinto na obrigação de governar bem e fazer dessa nação uma nação para todos morarem. Mas se pudesse mataria todos os camponeses imundos que vivem para fazer estátuas em minha homenagem para Aglis crescer ainda mais.

Hoje é sábado, faz apenas uma noite que os novos moradores do palácio chegaram e assim que acordei, tomei o meu banho e fui eu mesma à cozinha real falar com o cozinheiro principal do palácio. Hoje terá um café da manhã impecável. Com direito à muitas frutas e leites diferentes. Quero que tenham uma boa impressão da imperatriz. Sou uma das imperatrizes mais poderosas que já existiu nessa Terra. Não existem muitas mulheres donas de reinos neste mundo, e sim muitos homens reis. Sou uma dama. Uma dama poderosa que merece tudo que sempre quis ter, a mais rica e a mulher mais inabalável desse mundo.
Nada me atinge.

Meus pensamentos me cercam enquanto a serva faz minhas unhas. Preto, como sempre.

Meu vestido escolhido pelos melhores estilistas do reino, meu cabelo penteado pelo arrumador de fios real.
Tudo em seu devido lugar.

Passo no quarto de Catarina, que estava trancado e à aviso sobre o café da manhã com Anna e Jayn. Parece que não gostou muito da idéia, percebi quando ouvi um "não irei" por trás daquela porta enorme.
Não entendo como ela não pode ir, ela é minha amiga mas tem que respeitar o reino da grande e maravilhosa imperatriz Violet. Se ela não aparecer eu demonstro fraqueza absoluta e darei a entender que sempre deixo faltarem nas reuniões do palácio Aglis, isso nunca.
- Catarina, eu não sou fraca. Você irá nesse café da manhã com Anna e Jayn, porquê se não ir me esquece e esquece esse posto de popular que você tem, essas riquezas, essas coisas, e mais. Tudo será destruído e voltará para Vitae para decompor com sua família que deve estar só em esqueleto. - eu disse, em um tom suave.
Assim que disse isso, saí daquele andar e fui até a sala do trono. Recebi bom dia dos oficiais e do meu abanador.  Estava comendo uvas quando parece que chegou o "primeiro problema" do dia, para tudo começar com "felicidade."
Iam se aproximando dois guardas segurando um idoso, com roupas sujas e descalço, mancando.
- Minha querida e amada imperatriz Violet, a mais querida por toda a terra, esse é Jonatt.
- E o que o pobre coitado fez? - eu perguntei, rindo.
- Eu o vi e o flagrei pegando trigo de nossas plantações.
- MAS QUE HISTÓRIA É ESSA? - eu gritei, e levantei imediatamente. - Os camponeses têm seu próprio trigo, não precisam pegar o nosso. Somos pessoas que prestam e fazemos alguma diferença nesse mundo, e eles não, oficial James!
- Senhorita imperatriz, estava roubando trigo sim, mas peço perdão. O trigo da vila foi sujo pela terra que voou nessa última chuva e ventania e acabamos ficando sem pão. Eu tenho filhos, e eles precisam comer! - o velho disse, com tom baixo e assustado.
- Nada e nem NINGUÉM rouba algo que é meu. Não me interessa se você tem filhos, que morram! Nunca deveria ter pegado nosso trigo. E se vocês estão sem trigo, esperem um pouco que vai ter, não podem roubar nossas coisas!
- Me perdoe, imperatriz! Tenho tantos filhos, preciso de comida para eles. Sou um pobre idoso.
- Idoso nada!!!! Você é um velho estúpido. Quem manda fazer tantos filhos? Deveria pensar nisso antes de "gostar" tanto de sua mulher.
- Minha mulher morreu e...
- Sem mais! Eu sou a imperatriz Violet, a mais poderosa de todas, não ouse me contradizer.
Eu levantei e disse com toda a confiança:
- Apedrejado até a morte.
E sentei com um sorriso no rosto.
O velho se ajoelhou diante de mim e suplicava ajuda, suplicava que eu tenha piedade. Ele não teve piedade quando roubou o trigo real. Os guardas o levaram arrastado para fora. Eu sou a imperatriz. Ninguém nunca ouse contradizer minhas palavras e ser uma péssima pessoa. Estão em meu palácio, meu reino e minhas regras.
Sou sincera e corajosa.

Fiquei 30 minutos resolvendo intrigas e resolvendo a condenação de pessoas que me desobedeceram. Aliás, eles são meus servos e eu mereço ser respeitada e obedecida.
Assim que terminei o caso de um homem que se recusou à se curvar a mim, levantei de meu trono luxuoso e fui até a cozinha real. Estavam todos os cozinheiros pegando tortas, bolos, pães, leites, rocamboles e outras coisas para o café da manhã de boas-vindas à Anna e Jayn.
Estavam todos muito ocupados e eu disse, com toda a fúria:
- POR QUE NÃO TERMINARAM? ESTÃO QUASE TODOS REUNIDOS NA MESA!
- Desculpem-nos, minha senhora, só falta o caldo especial. - um dos cozinheiros idiotas disse.
- É melhor andarem logo com isso. - eu falei, com uma voz irônica.
- Sim, minha senhora!
Assim que saí daquela cozinha quente e cheirosa, fui para a sala de jantar. Lá seria servido o café da manhã.

Estavam lá; Mirian (dama real), Juan (penteador real), e muitas outras pessoas de sangue real correndo nas veias. E estavam sentados um ao lado do outro: Anna e Jayn.
Todos estavam com um prato em sua frente, taças e as comidas para o café. Mas nenhum comeu ainda, pois em meu reino é falta de respeito comer algo antes que seja declarado que todos os convidados estejam presentes. Oficiais Bagwell, Sar, Add e Luccas estavam em pé no canto de cada parede fazendo vistoria.
Está tudo perfeito, só não imagino aonde esteja Catarina, mandei ela vir. Espero que venha logo.

(...)

Estava indo em direção ao café da manhã de boas-vindas aos irmãos reais de Ella, quando avistei o quarto de Catarina. Estava fechado. Ela nunca deixa a porta do quarto fechada. NUNCA!
Bati duas vezes na porta e gritei:
- Sou eu, Catarina!
Ela abriu a porta e foi rapidamente à cadeira da penteadeira que ela estava sentada novamente.
Assim que entrei, fechei a porta. Virei e vi Catarina com um vestido curto rosa claro, descalça, sem maquiagem e com o cabelo totalmente bagunçado. Ela estava chorando, de cabeça baixa.
Eu rapidamente fui até ela, me ajoelhei ao seu lado e disse:
- O que foi, minha princesa? Por que não está pronta para o café da manhã? Estão todos lá, só falta você.
Ela levantou seu rosto para me olhar, estava todo molhado.
- Eu não sou mais uma princesa, Kentt.
- Pra mim é. - eu disse, tirando dois fios de cabelos de seu rosto.
- Anna é uma velha amiga, que parece que não a vejo à 10 anos e eu simplesmente tenho medo do que acontecerá quando finalmente me ver. - ela disse, com voz de choro.
- Vamos, não vai acontecer nada. Eu prometo que ela esqueceu isso, e acho que nem liga mais para o que aconteceu a 10 anos atrás.
- Você acha? - ela perguntou.
- Sim, Catarina. Agora vamos. Todos estão te esperando. Fique linda como você sempre foi!
Ela levantou da cadeira e abriu o guarda-roupa, tirando um vestido longo verde claro lá de dentro, e estava tirando lentamente seu vestido.
- Catarina, deixa eu sair do quarto primeiro. - eu disse, dando um sorriso.
- Tudo bem.

(...)

Nação Aglis - O 1° RascunhoOnde histórias criam vida. Descubra agora