Capítulo 34 - Flashback #3

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- Que bela idéia, Maggie. Essa criança só nos trouxe sofrimento nesses 6 meses! - Bagwell falou raivoso e concordando com a idéia de Meg - Mas e Red? Ele notará, falará para Violet e nós seremos mortos!
- Não se eu espalhar "veneno" para Violet, avisar para Red ir embora daqui com uma notícia falsa e a imperatriz sofrer pro resto da eternidade com a perda de seu amado. - Meg disse, sorrindo irônica.
- Boa idéia! Assim distrairemos os dois e podemos pegar aquela criança desgraçada! - Bagwell sorriu.
- Eu vou fazer uma caixa e fingir que são muitas cartas para Marya.
- Por que "fingir"? - Bagwell perguntou, curioso.
- Na verdade... - fez sinal para o guarda se aproximar - Eu irei escrever TUDO o que Violet fez para mim e para todos desse reino. Irei escrever os piores podres dessa desgraçada, e deixarei escondido com todas as cartas dizendo "para Marya"! Se um dia alguém pegar esse quarto saberá das PIORES coisas de Violet. - Meg gritou.
Ele levantou e olhou para o quadro.
- E este quadro? Tem um cofre ali atrás, vai esconder algo nele?
- Este cofre só servirá para esconder o quadro. Pois nele, - riu Meg e se aproximou de Bagwell, olhando para o quadro - guardarei uma poção mágica especial e quando o próximo morador deste quarto vir e encontrar todas essas coisas vai ter duas opções: ou ACABAR com a vida social, física, e moral de Violet Aglis ou fazer dela uma mulher boa e o reino prosperará para sempre.
- Como arrumará isso? É impossível. Que material será feito?!
Meg sorriu.
- Não duvide da minha magia.

...

- Violet? - Meg disse, entrando no quarto da imperatriz.
- Olá. - ela se virou e olhou Meg, que se aproximou - Você ainda está brava comigo? Sabe muito bem que foi pro próprio bem dela.
- Eu sei. - sorriu Meg, falsamente - Eu preciso te contar uma coisa.
- Conte.
- Bom... - a "amiga" se afastou e ficou de costas para Violet, rindo disfarçadamente - Estive com Red e ele disse que não te quer mais.
- Como? - Violet perguntou, espantada.
- Ele me disse que não quer uma mulher que seja tão cruel com os outros e consigo mesma. E também disse que não aguenta mais essa sua rebeldia "maldita". - falou Meg, ainda com um sorriso no rosto e virada de costas para Violet, que levantou, puxou o ombro de Meg e a olhou.
- Que tipo de brincadeira é essa? - falou, com lágrimas nos olhos.
- Não é brincadeira. E tem mais!
- O que mais?
- Ele disse que vai matar Sáskia, para você sofrer assim como todas as mães aqui estão sofrendo.
Violet começou a chorar muito e sentou em sua cama.
- Ele nunca faria isso, Meg! Ele me ama muito e temos uma enorme história juntos. Não pode me abandonar por causa disso e muito menos matar nossa filha!
- Sei que é duro, mas aceite. - Meg falou, com a mão no ombro da imperatriz - O que você vai fazer em questão à isso?
Violet estava ficando bagunçada de tanto chorar e "a amiga" estava feliz pela imperatriz estar sofrendo.
- Irei... Irei... Expulsa-lo daqui. - disse Violet, gaguejando.
- É uma boa decisão. Vou trazer um pouco de água para você. Fique aqui! Posso demorar, pois tenho umas coisas para resolver.
A imperatriz sorriu e Meg saiu do quarto. Bagwell estava lá fora esperando um sinal. Ele se aproximou da mesma e cochichou:
- Tudo certo? - falou ele.
- Invés de me perguntar, por que não vai logo pegar aquela criança desgraçada?
- Estou indo, estou indo! - Bagwell falou e saiu correndo para os aposentos reais das criadas, as que cuidavam da pequena Sáskia.
Meg olhou para os lados e foi até a sala onde Red estava deitado, meio mal, com tosses, e dores de cabeça.
Ele sempre foi uma boa pessoa e colocou Violet no bom caminho. Sempre protegeu Meg e a ajudou, mas era a vez da mesma recompensá-lo, fazendo ele ir pra bem longe da crueldade da imperatriz.
Ela se aproximou da porta, bateu três vezes, e ouviu uma tosse dizendo "entre!"
Meg entrou e viu Red tossindo todo enrolado com lenços por toda a parte.
- Você está pior do que antes. - ela disse, olhando ao redor do quarto.
- Obrigado. Coisa que todos gostam de ouvir... - disse sério e vomitou sangue em um balde. Meg se aproximou e sentou ao lado dele na cama. - Cuidado, você vai pegar doenças!
- Não me importo. - riu ela - Você soube o que Violet fez?
- Ouvi umas pessoas dizendo. Horrível a atitude dela de fazer isso. Separar uma mãe da filha é a pior coisa que se pode fazer.
- É triste você não estar ao lado dela colocando juízo naquela cabeça.
- Eu sempre soube que ela tinha esse lado maléfico. - falou Red, sério - Agora ela abusará do poder, mas do que já abusou...
- Tenho uma coisa para te contar e você precisa ouvir bem. - falou Meg, apertando a mão de Red.
- O que?
- Você precisa fugir dessa nação!
- COMO? - Red gritou, espantado.
- É isso mesmo que você ouviu. Violet quer te matar! - gritou Meg.
Red a olhou espantado com o que acabara de ouvir.
- Ela nunca me mataria! Por que me quer longe?
- Não quero! Muito pelo contrário, meu amigo... - ela se aproximou de Red e beijou sua testa - Quero o seu bem. - sorriu a mesma.
- Mas por que Violet ordenaria minha morte, Meg? Eu nunca fiz nada de errado! Eu...
- Eu sei, meu querido. - falou ela, séria - Mas Violet ouviu falar que você queria matar Sáskia!
- O que?! Ela é minha filha! Eu nunca mataria minha filha!!
- Eu sei. Quem espalhou esses boatos com certeza é um desgraçado. - respondeu ela, revirando os olhos.
- Eu preciso fugir daqui! Ela vai me matar!! - gritou Red.
- Se arrume o mais rápido possível! À essa altura ela deve estar planejando a sua morte!
Red levantou, tossiu muitas vezes e caiu no chão.
- Eu não... Eu não posso fugir doente. - gritou ele, chorando.
- Tome isto. - Meg disse, tirando uma coisa da meia e oferecendo à Red.
- O que é isso?
- Vai beber ou ficar perguntando o que é isso?
- Você é uma bruxa!!! Isso é uma poção!! - Red gritou, se afastando de Meg aos poucos com medo.
- Calma, Red! Não vou fazer nada, eu juro. Essa poção vai te curar! ANDA! - gritou ela. Na mesma hora ele pegou a coisa azul e tomou. Sentiu um enjoo, sorriu e levantou.
- Eu... - ele olhava para seus braços e seu corpo, sorrindo - EU ESTOU CURADO! - gritou ele.
- Sim, está. Se arrume antes que ela te pegue, Red! Te esperarei lá fora.
Meg saiu dali e ficou na porta esperando Bagwell, porque ali que os dois tinham combinado de confirmar o sequestro da pequena Sáskia.
Foi quando o guarda se aproximou com uma cesta nas mãos.
- Sáskia está aí? - perguntou Meg, baixinho.
- Sim!
- E as criadas? Como distraiu elas?
- Eu... Eu matei todas. - falou Bagwell.
- O QUE? Todos irão ver e descobrir que alguém roubou o bebê!
- E culparão Reddington... - sorriu Bagwell.
Meg na mesma hora entendeu e balançou a cabeça para ele sair dali.
- Vamos? - disse Red, com um capuz cobrindo todo o seu corpo menos o seu rosto.
Meg concordou com a cabeça e Red cobriu o rosto com o capuz. Eles andaram até o estábulo real correndo, que ficava nos fundos do palácio. Os dois se aproximaram e quando entraram no estábulo não tinha ninguém. Apenas cavalos trancados em celas.
- Vamos! Pegue um! - Meg gritou.
- Não posso! Temos que pagar o dono desse estábulo!!
- Pelo amor, Reddington. Você é o homem mais poderoso de Aglis, pode fazer o que quiser! - gritou ela.
Imediatamente ele correu, destrancou uma cela e tirou um cavalo branco dali. Montou nele.
- Aqui não tem uma saída e não podemos nos arriscar à ir para a porta dos fundos principal!
- E agora? - perguntou ele.
Ela mexeu as mãos e fechou os olhos em direção à uma cortina preta. Assim que terminou, olhou para Red.
- Assim que atravessar essa cortina, estará nos portões de Aglis. De lá você pode ir para nação Powell, Vitae, Kawood ou até mesmo Word. - Meg apontou para cortina preta atrás de um balcão.
Ele montou no cavalo.
- Calma. Vai precisar disso.
Meg disse e imediatamente mexeu suas mãos fazendo movimentos circulares no ar, que resultou em uma espada dourada enorme e bonita que brilhava como nunca.
- Agora vai. - sorriu ela, entregando a espada criada com sua magia para ele.
Red sorriu e imediatamente foi em direção à cortina preta, que atravessou rapidamente. Meg sorriu porque sabia que seu plano havia dado certo.
Ela correu para os segundos corredores do palácio e esbarrou com Bagwell, que fez o cesto de ouro com a criança cair no chão.
- VOCÊ É LOUCO? - gritou Meg.
- Para de gritar! Estamos nos segundos corredores! Alguém pode ouvir!!
- Tem razão. Vamos! Sei de um lugar para jogarmos essa criança.
- O que? Mas ela não ia ser levada na carruagem?
- Ia, mas não tem mais nenhuma aqui. Todas já foram.
- Sei de uma!
- Então vamos!
Eles correram com a criança para os fundos do palácio, aonde tinha um túnel acima, e uma enorme porta aberta que dava direto para uma floresta.
- Tem uma carruagem alguns metros daqui. Vamos! - Bagwell gritou, com o cesto no colo. Meg o seguiu e andaram um pouco até chegar em uma enorme carruagem verde clara ali. Havia muitas cestas dentro de um báu atrás da mesma, guardas pegando crianças das mães pobres da vila e uma mulher muito bonita com um vestido enorme que aparentava ser uma princesa na frente da carruagem observando tudo. Pelo menos parecia uma princesa!
Eles se aproximaram e Bagwell olhou para um guarda.
- E essa criança?
- É... - Bagwell gaguejou para o homem, que sorriu, pegou a criança dos braços de Ed e jogou dentro do báu.
Meg olhou a princesa e se aproximou.
- Olá, Catarina. - disse ela, comprimentando a mesma. A princesa se espantou e todos os guardas ali ficaram em frente à ela, com espadas apontadas para Meg. - Calma, senhores... Podem abaixar essas espadas. Eu consigo ver o futuro de Catarina e quero ajuda-la. - sorriu.
- Deixe-a. - a princesa disse e imediatamente todos os guardas se afastaram - Eu te conheço?
- Você veio aqui para observar, não é? Seu pai te mandou. - sorriu Meg.
- Como você sa...
- Eu sei de tudo, minha querida. - Meg interrompeu.
Bagwell percebeu que as duas estavam conversando e decidiu sair dali o mais rápido possível.
- Você não me conhece! Não ouse prever meu futuro!! - gritou a princesa Catarina, irritada.
- Mas eu te conheço. - sorriu. A princesa olhou para Meg espantada
- Já que não quer saber o que vai acontecer para se previnir... - e foi se afastando. Quando estava em uma distância mais ou menos razoável gritou: "Boa sorte para reconstruir seu reino! Nos vemos em breve!!"

1 semana depois...

Tudo estava um caos em Aglis. Violet chorava o sequestro de sua filha e a fuga de seu verdadeiro amor; Meg fingia estar triste junto com a amiga; mães de todo o reino choravam pela perda de seus filhos.... Eram muitas coisas erradas ali. Naqueles sete dias, os oficiais de Violet procuraram Red por todo o reino, mas não encontravam ele de jeito nenhum. Ela acreditava que Sáskia estava com o pai. Nervosa, ela descontava toda sua raiva nas pessoas.
Violet mandou decorarem todo o palácio com cores vermelhas e pretas, arrumou vestidos de cores escuras e decidiu que todas as pessoas que ousassem desrespeita-lá ou iria ser preso, ou apedrejado, ou decaptado, ou morto na forca na frente de todos do reino. Violet revelou seu pior lado.
Meg não estava com nem um pouco de medo, pois sabia que estava segura de tudo isso. Ela causou sofrimento para Violet e estava muito feliz por isso.
Todos os dias Meg tomava sua poção para não coçar a cabeça e viver de ironia/ficar louca, pensava em sua filha e escrevia sua rotina diária em seu bloco de notas.
E lá estava ela sentada em seu quarto, arrumando umas coisas. Ela havia falado para o oficial Bagwell que estava tudo pronto, só faltava a espada no quadro. Só precisava do sangue de Violet Aglis como último ingrediente para a formação dessa coisa.
Bagwell entrou no quarto de Meg, interrompendo seus pensamentos. Ela estava abrindo o quadro.
- Já fazem sete dias e nada, Meg. - ele disse, irritado. - E uma pergunta!!
- O que foi?
- Como você se certifica que o próximo morador daqui vai encontrar essas coisas? As arrumadeiras com certeza pegarão suas coisas.
- Vou esconder tudo com magia. - sorriu ela.
- Acho que você não é uma bruxa tão boa assim.
Assim que ouviu isso, levantou sua mão direita, que fez Bagwell ser arrastado, bater as costas na parede e cair no chão.
- Eu posso fazer coisas que você nem imagina, meu caro. - ela sorriu.
Ele levantou do chão quieto e a olhou.
Meg pegou o quadro cortado ao meio em cima da cama. Ela jogou no chão com toda a força um vaso que estava ao lado da cama. Bagwell olhou espantado. Meg se agachou, pegou uma parte do vidro e sorriu para o mesmo.
- Agora vou pegar o sangue dela. - sorriu e saiu do quarto rapidamente.
Ela entrou no aposento real da imperatriz com o vidro escondido. Ela estava se arrumando.
- Olá, Violet. - sorriu e a imperatriz à olhou.
Sentou-se ao lado da "amiga" e começou a puxar conversa. Jogou o vidro no chão, um pouco à frente do pé de Violet. A imperatriz levantou, e sem ver, pisou no vidro, deu um grito e caiu.
Meg fingiu estar ajudando-a e pegou o vidro ensanguentado. Ela enfaixou o pé de Violet, que agradeceu, e saiu do aposento da imperatriz com o vidro escondido. Voltou para seu quarto e olhou Bagwell, que estava limpando a ferida que havia ganhado por causa daquilo que Meg fez minutos antes. Ela entrou muito feliz com o vidro em sua mão.
- Daqui à alguns anos, teremos o salvador de Aglis!!! - gritou ela, e jogou o vidro na poção, que fez borbulhar e cair no chão. Os dois fecharam os olhos porque a luz da poção estava muito forte e havia muita poeira.
Quando abriram os olhos e a poeira abaixou um pouco, eles deram de cara com um brilhante pote com o vidro lilás com uma rolha tampando. Aquele pote era totalmente colorido e não dava para ver o que tinha dentro. Era muito lindo e brilhava como nunca!
- É lindo! - Bagwell disse, impressionado.
Meg fez algo com as maõs e colocou o pote dentro do quadro.
- Está tudo pronto. - ela sorriu.
- Mas... O que é isso??!
- É simplesmente... - foi correndo para janela e olhou o enorme reino - A poção do bem. - disse de costas - Agora vamos viver nossas vidas.

Ela mal sabia o que estava por vir...

...

Nação Aglis - O 1° RascunhoOnde histórias criam vida. Descubra agora