[...] COMO ELA CONSEGUIU ESCAPAR? Impossível escapar de uma cela. Foi exatamente naquele momento que percebi que Meg era muito mais perigosa do que eu pensava.
(...)
Eu e a moça loira estávamos indo para a casa dela, que por acaso ficava bem longe dali. Nós estávamos conversando enquanto andávamos e eu percebi que ela não era assassina ou algo do tipo, e sim alguém muito legal.
- [...] E então a imperatriz me expulsou. - eu ri com ela.
- Eu odeio essa mulher. Sempre odiei. No começo, quando Red estava aqui, era tudo muito diferente. Ele ajudava ela em tudo. A maldade dela só foi descoberta depois de Red ficar doente. O reino todo sofreu e sofreu muito mais do que sofrem hoje.
- Você conheceu Red?
Ela me olhou e deu um sorriso. Logo em seguida parou em frente à uma casa muito pequena feita de madeira. Era muito pequena!
- Aqui está minha humilde casa. - ela sorriu e apontou para a casa.
A moça começou à andar até lá e eu a acompanhei. Abriu a porta e entramos. Era tudo bem pequeno mas aconchegante. A casa ficava no meio do nada, praticamente. O vizinho mais próximo dali ficava à alguns metros de distância. Tinha uma lareira lá no fundo, uma pequena mesa com assentos, um pequeno armário e outras três portas que creio eu era para cozinha, quarto e banheiro. Tinha também uma porta do lado da lareira, mas ela estava lacrada. Achei que era uma porta de emergência caso acontecesse um incêndio ali. Ela jogou a pequena bolsa que segurava no chão e sentou em um dos assentos. A lareira já estava ligada, e ela colocou mais brasa para acender mais fogo.
- Venha. - ela disse, olhando para mim. A mesma pegou feijões do armário de cima e jogou na mesa. Começou à separar alguns.
Me aproximei e sentei ao seu lado.
- E então, você não me disse seu nome. - ela disse.
- Meu nome é Catarina. Filha dos falecidos Túlio e Norma Vitae.
- Norma?? - ela perguntou espantada.
- SIM, conheceu ela?
- Se eu conheci? - ela riu e jogou alguns feijões na mão, colocando em outro pote verde - Eu conheço!(...)
Eu e Emma já estávamos à 6 dias na casa dela. Tudo estava indo melhor do que nunca. Nós éramos inseparáveis e tudo estava indo bem. Consegui roupas de camponeses. E quer saber? Não eram tão feias assim. Eu acordei naquela manhã sorridente e fui até o quarto de Emma dar-lhe um beijo na testa. Ela estava dormindo, mas Hintt não. Nem tarde era ainda e ele já estava arrumando coisas e chaves para camponeses. E eu tenho que falar: Hintt trabalhava muito, mas ganhava MUITO bem. Tinham pessoas que pagavam 5 até 10 moedas de ouro para ele concertar simplesmente uma chave. Outros davam de 3 a 10 mil moedas de prata para ele. Dava até para comprar uma nova casa, mas ele gostava demais de morar ali. Além da boa localização, tinha o porão que ele precisava para trabalhar.
Ele era idoso, mas tinha um bom humor incrível. Eu queria ter um pai como ele.
Abri a porta do porão e o vi sentado limpando seu suor com um lenço. Eu desci as escadas de madeira lentamente e ele me olhou.
- Vai comer, rapaz. Pegue umas moedas que tem no meu bolso da blusa lá em cima. Dá para comprar uns 10 pães.
- Não estou com fome. - me sentei ao seu lado - Você não está cansado? Ficou a noite e madrugada inteira trabalhando. Merece descanso.
- Não. Preciso terminar umas coisas e então descanso um pouco, prometo.
Eu sorri.
- Estava pensando em ir ao mar hoje. - falei.
- Vá. Só tem que andar um bocado com o cavalo. É na vila Elye.
- Tem bastante pessoas lá? - perguntei.
- Não muitas. As pessoas não tem tempo. - ele disse.
- Vamos eu, você e Emma hoje ao mar.
- Não, Kentt. Tenho muito o que fazer e você sabe.
- Eu te ajudo. Se vou ficar aqui mesmo, tenho que trabalhar.
Ele deu um meio sorriso.
- Então venha, vamos lixar isso, logo em seguida limpar os riscos e substituir por madeira e vidro.
Ele levantou, foi até a mesa e eu sorri.(...)
Eu e os guardas estávamos chegando da guerra. Todos estavam mais felizes do que nunca, menos eu...
Eram trombetas tocando e pessoas gritando nossos nomes. Havia uma festa ali e todos estavam comemorando a nossa chegada. Chegamos na frente do palácio e a imperatriz, que estava muito bonita, nos olhou com um sorriso enorme em seu rosto. Todos nós nos levantamos e reverenciamos a imperatriz. Ela se aproximou, junto com lordes e muitas pessoas nobres e fez um sinal com a mão para um homem vestido de preto do seu lado. O homem, que estava com medalhas de prata em sua mão e apenas uma de ouro foi colocando-as em cada soldado. E eram muitos!! Apenas deixou eu e Ben sem medalha pois nós dois éramos general, e novo soldado experiente. Acreditava eu que ele iria ver quem merece a de medalha de ouro. Assim que terminou de colocar medalhas no pescoço de todos, ele parou em frente à mim e à Benjamin e sorriu.
- Vocês são ótimas pessoas. - o homem disse, Ben sorriu e eu continuei sério. - Mais tarde iremos revelar quem merece essa medalha. Neste tempo todo estava um homem se fingindo de soldado, mas era um supervisor. Ele viu tudo o que acontecia entre vocês e irá me dizer e dizer à imperatriz quem merece essa medalha.
Eu e Ben nos olhamos.
- Agora vão, estão cansados. - a imperatriz disse.
Foi então que todos nós entramos no palácio e eu corri para meu quarto e ver Anna. Como eu sentia sua falta...
Depois de uma longa "corrida", cheguei ao quarto da minha ruiva e sorri. Ela me olhava com um olhar sereno e me abraçou fortemente. Nós nos beijamos.
- Ainda bem que voltou. - ela sorriu.
- Ainda bem mesmo!
Nós rimos muito e fomos correndo para a sala de refeições real. Ela pegou uma taça enorme de vinho para nós dois e bebemos juntos. (Cada um com sua taça);
Ela se sentou na mesa e no assento à minha frente e começamos à conversar.
- Foi tudo legal lá? - ela perguntou, tomando um gole de vinho.
- Legal não foi.
- Por que?
- Anna, preciso te contar uma coisa.
- O que?
- Benjamin com certeza vai ganhar a medalha.
- Por que acha isso? Tenho certeza que você foi o melhor.
- O melhor? Aquele estúpido acabou comigo!! Muitas pessoas lá morreram, e eu quase fui junto com elas, Anna.
- Ele tentou te matar??! - ela perguntou espantada.
- Muito pelo contrário. - falei, sussurrando - Ele salvou a minha vida, Anna.
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Nação Aglis - O 1° Rascunho
De TodoNão esqueça de comentar e votar. Me ajuda muito!! > Depois do ataque de destruição em massa a Nação Vitae, a "ingênua" princesa Catarina ainda viva, muito chocada e assustada, resolve ir para sua nova morada na Nação Aglis, uma nação decadente e tr...