In Family

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Bella

Ando cada vez mais lentamente, rumo á campa que nunca tive coragem de visitar.

O meu pai nunca me trouxera a um cemitério, nem para ver a minha mãe, nem para nenhum dos meus parentes. Talvez fosse apenas para me proteger, mas agora que ele não aqui está para o fazer... a ideia de entrar num cemitério era aterradora.

Lanço um pequeno suspiro, e então... dou o primeiro passo para dentro do cemitério.

 O ar parecia um pouco mais rarefeito, aqui dentro, e á medida de que me aproximava, o nervosismo aumentada, mesmo que parecesse impossível isso acontecer. Aperto o grande ramo de flores brancas que seguro nas minhas mãos, e parece que a cada passo que dou, estou mais próxima da minha família e mais me sinto em casa, o que me assusta um pouco por ser um cemitério. Mas... se assim o é, porque razão é que me sinto tão aterrorizada por aqui estar?!

Quem me dera não estar aqui sozinha, estou aterrorizada por dentro.

Chego finalmente á campa dos meus pais. A campa era preta, e tinha a fotografia de ambos os meus pais. Como tinha saudades de ver as suas caras. Nunca mais peguei numa fotografia deles depois da sua morte, simplesmente não tive coragem.

Na pedra preta, estavam gravados os seus nomes: "Melanie Mathews 1968-2006" e "Bernard Mathews 1697-2015"

Por momentos... deixo de sentir, de pensar, respirar... Simplesmente deixo de existir, tal como os meus pais. Fico a penas a observar a campa, apertando as flores que trazia em mãos.

É assustadora a velocidade em que, de um momento para o outro uma pessoa está a ter uma simples conversa, ou uma estupida discussão, e de repente, encontramo-nos a olhar para um pedaço de pedra, onde estão gravados os anos em que uma pessoa que amamos deixa de existir, como "2006" e "2015"

Essa ideia sempre me aterrorizou.
 
Sem conseguir reagir, ou sentir dor, deixo lentamente o meu corpo, sentar-se ao lado da campa, deixando lá as flores.
Poderia... tentar falar com eles, mas eles não me ouvirão... Por mais que desejasse, sei que estaria apenas a falar com um pedaço de terra e mármore. Era tudo em vão.

Eles foram-se, para sempre.

Levo os joelhos contra o meu corpo. sinto então os meus músculos a contraírem cada vez mais, e a visão a ficar difundida no meio das lágrimas, que silenciosamente, desciam pelo meu rosto.

O Luke tinha razão... é demasiado difícil.

Talvez ainda não superei a morte deles, e talvez nunca chegarei a superar, mas ele deixou-me sozinha nisto. Abandonada, a chorar no meio do cemitério, sem ter um ombro em que me apoiar.

Sinto alguém a apertar-me o ombro, como consolo, não hesito em levantar-me e abraçá-lo.

Era só o que precisava... de um abraço.

-Eu sabia que vinhas.- Digo entre lágrimas, que vinham acompanhadas pela minha respiração ofegante.


Este abraça-me ainda mais fortemente, fazendo com que se sentisse o peso da sua consciência.
-Sim, estarei sempre aqui.- Sussurra, fazendo depois uma pequena pausa.- Onde é que está o Luke?

Paro um pouco, assustada, e de seguida, largo-o, olhando para quem realmente se encontrava á minha frente.

-Oh, és só tu Brian.- Digo limpando algumas lágrimas.


-Obrigado... acho.- Lança uma pequena gargalhada.

-Desculpa, pensei que era...

-O Luke.- Este interrompe-me.

-É...- Digo um pouco constrangida. Não é todos os dias que falamos com o nosso ex sobre isto.- O que e que estás aqui a fazer?- mudo de assunto, não querendo acusar este de me perseguir.

-Parece que não és só tu que teve azar no passado.- Diz apontando para a campa ao lado da dos meus pais.


Fico com uma expressão de terror por momentos."Natan Spigelmen 1967-2009" Era o nome gravado na pedra branca, da campa ao lado da dos meus pais.

-Brian eu...

-Não digas nada.- Este coloca o eu braço por cima do meu ombro.- Só uma pessoa que perdeu os pais pode compreender a outra.

Fico um pouco confusa, não tenho bem a certeza ao que é que ele se referia, mas não estava de facto a mentir.

-Nunca me disseste nada. Porquê?- Este não me responde.- Ninguém devia passar por isto sozinho.

Este olha-me, depois fixa as flores que deixei aos meus pais. Eu sei no que é que ele estava a pensar. O Luke deixara-me nisto sozinha.

-Foi bom termos uma conversa normal. Tu sabes... como de antes.- Volta a animar um pouco o ambiente, lançando um sorriso.

-É, foi bom para variar.- Ri-o.


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HEY!!!!!

Ok... eu sei que já publico á bastante tempo, mas sabem aquilo que se chama "bloqueio criativo" ?! Pois...

A verdade é que tenho andado demasiado ausente no wattpad, mesmo para ler outras fics, por isso peço desculpa.

Com este capitulo, vocês provavelmente acham provável o que poderá vir a acontecer, mas não se preocupem, vou ser o mais improvável possível e menos repetitiva, vou tentar k esta sequela n fique mt igual á primeira temporada pk depois acaba por fartar, so dont worry and trust me :)

Se não leem a minha outra fic, deem uma vista de olhos, ela é "nova", tem cerca de 20 capítulos.

espero que gostem. Pff votem e comentem.

Lots Of Love:

_Lover_5SOS_

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Half A Heart |L.H.Onde histórias criam vida. Descubra agora