Frigideira é o poder!

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─ Amigo, olha essa vagina ─ Ale me mostrou a foto do livro.

Estávamos na aula de biologia estudando sobre órgãos reprodutores novamente.

─ Cara... Eu não gosto de pepecas. Esqueceu?

─ Eu sei, mas não é estranho? ─ perguntou.

─ É... Parece um ET querendo nos possuir ─ respondi rindo. (sem ofensas Girls... MAS PARECE MESMO)

─ Algum problema crianças? ─ perguntou Maria Helena, professora de biologia.

Gente, sério. QUE MULHER CATINGUDA! CARA! AQUILO NÃO É DE DEUS NÃO! Ela tem um hálito meio "Não escovo os dentes há um milênio", fede a merda e ainda por cima por ser velha cheia de dobrinhas pelancudas que aparentam esconder fósseis de dinossauros da pré-história.

O fato é: ELA ME ODEIA!

E esse ódio? É RECÍPROCO!

A velha é tão quenga mumificada que quando ela pega minha prova, a cara de nojo dela é a mesma que a minha quando estou perto dela!

─ Nenhum problema, Maria esgot... Ops, Helena ─ sorri piscando os olhinhos enquanto ela me olhava ameaçadora. Só que depois que sobrevivi à fragrância natural dela, "Merda" by: Maria Helena - à venda em todos os esgotos do Brasil - perdi o medo da morte.

─ Quem era aquele menino ontem na livraria? ─ perguntou Ale baixinho.

─ Não sei ainda, mas vou descobrir! ─ respondi vendo a outra me olhando de cara feia.

─ Uhhhh! Iremos dar uma de C. S. I. ─ ri do comentário enquanto voltava a escrever as respostas sobre vaginas.

***

E lá estava eu, andando pelo estacionamento, a procura de uma pessoa ruiva.

─ BUH! ─ dei um pulo tocando minha bolsa na cara da pessoa que tava atrás de mim.

─ TOMA VIAAAADOOOOOO! - gritei socando a bolsa enquanto mantinha meus olhos fechados.

─ Amor, sou eu ─ falou Mathews tentando se proteger das minhas bolsadas.

─ Enquanto eu não enfiar minha mão na tua bunda e rodar, você não vai parar com isso, né? ─ perguntei voltando a andar.

─ Hm... Isso deve doer. ─ ele falou apertando minha bunda ─ foi o que você disse ontem ─ deu um sorriso maroto enquanto eu fazia minha cara de "choquei perua".

─ Oi, Mathews ─ ouvimos uma voz atrás de nós e nos viramos, dando de cara com a vizinha... Que eu não lembrava o nome.

─  AH! Oi, Isa. Como vai? ─ Vi o MEU RUIVO dar um abraço rápido na garota ─ Sky, lembra dela ─ perguntou se virando para mim.

─ Claro que lembro ─ dei um sorriso falso falando entre dentes.

─ Oi... ─ ela deu um aceno envergonhado para mim ─ eu só queria saber se você tinha um tempo para me ajudar, não entendi aquela matéria de química ─ ela sorriu ficando vermelha.

─ Claro. Pode ser às 15 horas? ─ ele respondeu enquanto meu queixo caia.

─ Claro... Então até mais ─ ela saiu tropeçando.

Mathews se virou para mim tranqüilo, se deparando com minha expressão.

─ Que foi?

─ ...

─ Amor, fecha a boca, senão entra mosquito ─ ele tentou levantar meu queixo.

─ VAI ENTRAR UMA COISA SIM, MAS NÃO VAI SER MOSQUITO, NEM VAI SER NA MINHA BOCA ─ gritei pisando duro enquanto me afastava dele.

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