sete - devastado.

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FLIPPED

| LUKE |

Quando meu pai sugeriu usar música como meu projeto de ciências, eu não estava tão animado quanto deveria. Eu não entendia como música poderia me levar para o primeiro lugar.

Foi assim, até que meu pai teve uma ótima ideia: "Diferentes tipos de música afetam seu humor?" A resposta é claro que sim, quando você escuta uma música triste, você vai pensar em coisas tristes e ficar triste e a mesma coisa vai para música feliz, raivosa e agradável.

Na feira, todos amaram. Eu deixei as pessoas escolherem uma música e ver como isso as afetariam. "O prêmio de primeiro lugar desse ano vai para Luke Hemmings, com seu projeto incrível: Música é vida, música é amor."

Eu ganhei o primeiro lugar. E isso era legal, mas tudo o me importava eram os resultados do projeto. Eu não tinha mais que ser triste, se eu quisesse ficar feliz, tudo o que precisava fazer era escutar músicas felizes.

Jack estava orgulhoso de mim e me fez mixtapes com esse tipo de música. Ele até mesmo me ensinou como fazer uma. E eu fiz milhões de mixtapes. Meu quarto estava ficando cheio de mixtapes que eu provavelmente não escutaria. Então, a oportunidade veio na forma de nossa vizinha, Sra. Love, que bateu em nossa porta. 

"Olá, Luke," Ela me cumprimentou, "Eu ouvi dizer que você faz mixtapes, e meu marido e eu não temos mais músicas pra escutar. Talvez se você tiver uma boa, eu ficaria feliz em comprá-la. E eu sei que essa cidade inteira está interessada em música nova e boa. " Ela piscou, mandando um beijo antes de desaparecer novamente.

Eu comecei a vender minhas mixtapes para várias pessoas, e todos amavam. A superabundância de mixtapes no meu quarto já estava resolvido. Então eu percebi que a família Clifford, especialmente Michael, merecia uma também. Mas não achei que seria certo cobrar deles. Eles tem sido ótimos vizinhos, então era o mínimo que podia fazer.

Bati na porta, e esperei alguns segundos antes de Michael abri-la, sorrindo para mim. Eu dei o CD quase que imediatamente, "Hey, Michael. Uh, Jack me fez uma mixtape outro dia e eu amei. Ele me ensinou como fazer uma. Hm, é muito bom, se eu posso opinar. É pra, uh, você."

"O quê?" Ele perguntou, deslumbrado, olhando para o CD. Ele parecia tão feliz com isso. Eu ri, "Ah, também faz parte de meu projeto de ciências, você sabe, pra feira de ciências. Eu quero mostrar para as pessoas como diferentes tipos de música podem afetar seu humor."

Pela terceira vez eu trouxe outra mixtape para os Clifford's, eu percebi que Michael estava esperando por mim. Esperando para abrir a porta e dizer, "Obrigado, Luke. Te vejo na escola." E em troca, eu tinha alguns segundos sozinho com o mais belo ser humano do mundo.

Eu bati na porta, esperando Michael abri-la. Ele abriu, pegou o CD e disse, "Obrigado, Luke. Te vejo na escola.". Era como um contrato.

Até o dia que aconteceu diferente. Foi três semanas depois que o meu lugar preferido da Terra foi tirado de mim, e eu estava voltando a me sentir okay. Michael abriu a porta antes mesmo que eu pudesse bater, "Hey, Luke. Seguindo a programação."

"É, bom, nem chuva ou granizo," Eu disse, dando uma piscadela. Ele franziu o cenho, e eu apenas fingi que ele sabia do que eu estava falando. "Eu, uh, nessa mixtape eu adicionei um cover que fiz. Espero que goste dessa também."

"Legal. Então, uh, você vai voltar a pegar o ônibus de novo?" Ele perguntou, se encostando na batente da porta como se quisesse me dar um ataque cardíaco e uma ereção ao mesmo tempo. Dei de ombros, "Não sei. Não estive lá desde, você sabe."

Ele me deu um sorriso simpático, "Não parece mais tão ruim. Está tudo limpo." Isso machucou. Eu assenti, olhando para meus vans sujos. "Bom, hm, é melhor eu me arrumar pra ir pro colégio. Acho que te vejo lá."

"É, te vejo lá," Eu suspirei, dando um pequeno aceno. Eu continuei em sua propriedade, encarando o céu. Talvez Michael estivesse certo. Talvez fosse hora de voltar a pegar o ônibus. Além do mais, ele não acabou de dizer que me queria fazendo isso? Michael Gordon Clifford poderia estar sentindo minha falta?

A porta da frente se abriu, e eu me virei, encontrando os olhos verdes de Michael. Ele tinha uma sacola de lixo em mãos, e franziu o cenho quando me viu, "Luke? O que ainda faz aqui?"

Eu sorri, balançando a cabeça, "Eu estava apenas pensado." Ele assentiu, "Bom, é dia de coleta. As latas de lixo estão ali na frente. Tenho que me livrar do lixo."

Eu assenti, olhando para a sacola transparente que ele segurava. Minha mixtape estava lá. "Minha mixtape é lixo pra você?" Eu perguntei, engolindo em seco.

"Não, não, eu amei. Mas deixei cair no chão e agora o CD está quebrado," Ele murmurou, olhando pra qualquer lugar menos pra mim. "Não está quebrado."

"Está sim. Mas você não pode ver porque está dentro da capinha."

"Eu sei que está mentindo, você sempre faz essa coisa com a sobrancelha quando mente. Por que está jogando fora? Eu trabalhei duro pra fazê-la," Eu disse, tentando segurar as lágrimas, "Você não quer?"

"N-não foi eu. Meu pai disse que não valia o risco."

Eu franzi o cenho, revirando os olhos, "Que risco?"

"Ele não queria que eu sofresse uma lavagem cerebral feita por sua," ele deu uma pausa, "por sua viadagem. E, uh, é, Luke você não canta nada."

"Eu não acredito que você disse isso," eu sussurrei, lágrimas caindo repetidamente por minhas bochechas.

"Não, Luke, por favor não chore. Nós não queríamos machucar seus sentimentos."

Eu olhei para baixo, uma lágrima escorrendo por meu rosto, "Você-- Você sempre as jogou fora?" Ele lentamente assentiu. Olhei para cima para encontrar seus olhos. Quando percebeu que eu chorava, ele pareceu machucado. Mas eu sabia que era mentira, ele não ligava. "Babaca," Cuspi, correndo em direção à minha casa.

Eu estava devastado.

flipped ▷ muke (portuguese version)Onde histórias criam vida. Descubra agora