Com amor, mamãe.

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Bom, eu sei que falei que ia postar um cap na quarta, mas eu não tive tempo. Como disse que vou postar sempre no domingo, cá estou e espero que gostem do cap. Eu não vou garantir, talvez eu poste mais um cap hoje, de noite.

Escutem essa musica > https://www.youtube.com/watch?v=Gf914WP2caA

Deixem seus votos e comentem.

Beijoooos :*

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Começo a andar de um lado para o outro, murmurando palavras: "como eu nunca pensei nisso", "todas as vezes que eles saiam em viagens misteriosas, e me deixavam com a vizinha, ou com uma mulher que tinha um narigão e uma verruga na testa" "Eu tinha medo dela".

- Alicia! - Andrew coloca as mãos nos meus ombros e fixa os olhos nos meus. - Vai ficar tudo bem. - Envolve-me em seus braços, em um abraço apertado.

Meus olhos se enchem de lágrimas, porem não consigo chorar. Andrew afaga minhas costas e beija o topo da minha cabeça. Ao menos, eu sei que ele sempre vai estar ao meu lado e me proteger e agora, é dele que eu preciso, do conforto dos seus braços, meu refugio é e sempre será ele.

Afasto-me dele, assim que me sinto mais calma e olho para o General. Por que ele me escondeu sobre meus pais? Porque nunca me falou? Eu tinha o direito de saber. Meus pais morreram por que eram agentes da Cia. Eu merecia saber isso.

- Você está dizendo que meus pais eram agentes do governo? - O General levanta da cadeira e aproxima-se de mim, instintivamente dou um passo para trás. Eu não preciso de resposta. Seu olhar de pena já me diz tudo. - Porque escondeu isso de mim? - Minha voz sai alterada, por causa da vontade que tenho de chorar e da raiva que estou sentindo. Engulo o choro. Fixo meus olhos no General, quero uma explicação.

Ele abaixa a cabeça e respira fundo, vira-se e anda até a parede da sua sala. Encosta a palma da mão em uma região lisa e branca, que logo divide-se e abre. Revela uma sala escondida, com paredes brancas e o teto também.

- Sigam-me. - Seguro a mão de Andrew e entramos logo atrás dele. - Eu não te contei, Alicia, porque sua mãe pediu para eu te proteger e não te contar. Só na hora certa. Ela me fez prometer, e eu prometi. Dois dias depois, seus pais foram assassinados. Sua mãe me entregou uma coisa. - ele tira um envelope de uma gaveta cheia de arquivos e me entrega. - Antes de morrer Charlotte me entregou isso. Disse que a hora que eu te contasse sobre a vida dupla deles, era para eu lhe entregar essa carta. Seus pais confiavam em mim, Alicia, e eu neles. Quando descobri sobre a morte deles, eu me lembrei da promessa que tinha feito a sua mãe. Eu te protegi, e você se tornou uma das melhores agentes da Cia.

- E entre tantas formas que tinha de me proteger, escolheu logo a que mais me coloca em risco? - Indago.

- Nem sempre eu ia conseguir te proteger, te manter sob minhas asas. Se você fosse para uma escola normal, teria que viver rodeada de agentes, e eu sei que você odiaria isso. Eu tinha medo, medo de que algo ruim acontecesse com você. Eu tive que mudar isso. Tive que lhe transformar em uma agente. Você sabe se defender. Foi para o seu bem que te transformei em uma agente. - responde.

- Nunca passou pela sua cabeça que isso podia ser ainda mais perigoso? - Andrew pergunta. Ele também está com raiva. Seus músculos estão tensos, seus punhos cerrados.

- NÃO! - exclama o General. - Eu sabia que isso ia ajudá-la, e protegê-la. Alicia não precisa de ninguém para salva-la agora, ela sabe se defender.

- Eu quero ir para a minha casa. - digo. - Preciso de um tempo para processar tudo isso.

- Levem isso. - o General alcança uma enorme pasta para Andrew. - Investiguem a aliança. Eu conheço vocês, vão buscar por justiça. Eu vou estar aqui para o que vocês precisarem. - Andrew pega a pasta e nos retiramos da sala.

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