ANDREW.
Tudo estava sendo muito surreal. Nosso pequeno exército tinha vencido o grande exército inescrupuloso da aliança. Um dos líderes estava morto, três, incluindo minha mãe, estavam presos, e pelo que minha mãe acabou de falar outro está trancado em algum lugar.
Camille levou um tiro e não sabemos qual o estado de saúde dela. Minha namorada matou uma criminosa, não que isso seja um problema. Não é, na nossa profissão matar uma pessoa às vezes é a solução. Contudo, eu conheço Alicia, e sei que depois de toda essa adrenalina ela vai se sentir mal.
— Onde ele está, Michelle? — pergunta Gordon. Depois de minha mãe afirmar que sabia onde Garfield estava.
— Eu vou mostrar. — ela diz e começa a andar na neve. Entra em um dos alojamentos. — Uma vez a porta da base da aliança era no chão, um alçapão pequeno, agora, depois de todas essas inovações ela é isso. — aponta para uma maquina de salgadinhos. — Ainda não me acostumei nesse mundo cheio de inovações. — Esboça um sorriso fraco e olha para todos.
— Acho melhor você mostrar essa entrada, Michelle. — dispara Gordon impaciente.
— Claro. — Minha mãe aperta uma série de números da máquina e ela desliza para o lado, revelando uma porta de aço. No lado direito tem um controle de senhas. Michelle digita alguns números e a porta se abre.
— Como tem certeza que Garfield está ai? — indago. — Isso não é uma armadilha para acabar com todos nós, ou é?
— Claro que não Andrew. — responde minha mãe, esbaforida. — Eu o esfaqueei e travei a porta do lado de fora. Ela tem um sistema de segurança, é só digitar uma senha que a porta fica travada e ninguém do lado de dentro consegue abrir.
— Essas portas não são tão modernas. Eu conheço esse sistema de segurança. — comenta Gordon.
Seguimos por um extenso corredor até chegar à outra porta. Novamente minha mãe a abre. Entramos em uma enorme sala e vejo Garfield, ele está sentado em uma cadeira com o olhar vago. Quando seus olhos se encontram com os da minha mãe, eu consigo ver toda a raiva que ele sente por ela, saltar das suas pupilas. Naturalmente ele cerra os punhos e levanta-se. Paro na frente de Michelle como um muro.
— Sua desgraçada. — exclama.
Seu corpo enrijece. Sua mandíbula se contrai e um fio de fúria se forma na testa dele. Ele anda a passos largos na direção da minha mãe, mas antes que encoste um dedo nela, eu fecho o meu punho e lanço na direção do rosto dele. Sinto o osso do nariz dele chocar-se com os nós dos meus dedos. Ele solta um urro e o sangue não demora a cair do seu nariz, encharcando toda a camisa branca que ele usa embaixo do paletó.
— Garfield Lynns, você está preso! — exclamo. Seguro os dois braços dele e os cruzo atrás das costas, Alicia me alcança uma algema e eu o algemo. — Você tem o direito de ficar calado, ou ficar preso pelo resto da vida em um calabouço sendo torturado todos os dias.
— Vocês não têm provas, como vão me levar preso?! — indaga, com um sorrisinho vitorioso nos lábios.
— Isso não é problema, Garfield Lynns. Eu vou acabar com você e com essa maldita aliança! — rosna minha mãe, andando até um canto da enorme sala.
— Eu juro que mato você, Michelle, e depois levo seu bem mais preciso junto comigo. Não faça isso, ou irá se arrepender para sempre. — berra Garfield, se jogando em direção a minha mãe.
— Nós dois vamos apodrecer na cadeia, junto com Morris e Parker, meu querido. — minha mãe coloca a palma da mão na parede e ela se divide em duas, revelando um cofre.
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Literatura FemininaSINOPSE: Alicia Stein. - Codinome Meghan Johnson. Andrew Brown. - Codinome Jonas Davis. O que esses dois têm em comum? Os dois são agentes da Cia, são os melhores, implacáveis, passam por cima de qualquer oponente. Andrew é especialista em combate...