Capítulo 5 - Alfonso

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Alfonso

O que diabos eu estou fazendo? Por que estou tão nervoso? É só uma criança. As crianças me adoram. Eu faço eventos de caridade e de esportes patrocinados o tempo todo. Crianças pequenas me cercam para pedir autógrafos e abraços.

Mas elas não são o meu filho. Mesmo depois de passar uma hora na noite de terça com Anahi aprendendo algumas coisas sobre Miguel, ainda há muitas perguntas. Ele não sabe quem eu sou, porque Any acha que ele é pequeno demais para explicar. Ele também nunca viu um jogo de futebol profissional. Isso vai mudar! Pelo menos Christian e Anahi tem a decência de ainda assistir futebol americano universitário.

Depois da nossa conversa, decidimos que eu iria encontrá-los no parque, e então poderíamos tomar um sorvete. Algumas horas não irão confundi-lo. Eu perguntei se poderia trazer um brinquedo, mas ela disse que ainda era muito cedo e eu deveria esperar. Algo sobre mimar muito o garoto.

Bem, eu tenho más notícias para a Senhorita Anahi Portilla, mimá-lo vai ser a minha missão! Ele tem quase quatro anos e eu nunca lhe comprei um presente.

 Olho para o endereço mais uma vez para ter certeza que estou no lugar certo, e em seguida saio do carro para esperar por eles. Any está um pouco longe e ajuda Miguel a sair de algum tipo de engenhoca. Há tantas tiras e clique. Eu me pergunto por que ela não coloca logo um capacete nele também.

Quando ela olha para mim, eu vejo que ela está tão nervosa quanto eu. Seu rosto está tenso como se ela pudesse chorar a qualquer momento.

Ela caminha até mim segurando a mãozinha do pequeno e sorri levemente. Olhar para os dois juntos faz meu coração perder uma batida. Eles são lindos!

- Mi, eu quero que você conheça alguém. Este é Alfonso e ele é nosso amigo.

A palavra amigo me corta até o osso e eu tento não reagir. Ajoelho-me ao nível dos olhos dele e sorrio.

- Ei você, rapaizinho.

Ele coloca sua pequena mão na boca e olha entre sua mãe e eu com confusão.

- Homem-peixe! - Ele grita. Any balança a cabeça e ri e eu dou risada com eles.

- Sim, amigo, eu sou o homem-peixe. - Também conhecido como o seu pai, eu quero adicionar. Mas talvez o seu entusiasmo sobre eu ser o homem peixe seja melhor.

- Você vai me empurrar no balanço? - Ele pergunta.

Uau, falando sobre mudança de assunto! Eu olho para Anahi para aprovação e ela balança a cabeça ligeiramente, assentindo.

- Claro, vamos lá!

Ele solta nossas mãos e sai correndo em direção ao balanço. Eu começo a correr atrás dele, mas Anahi coloca a mão no meu braço para me parar.

- Deixe-o correr. Ele está seguro aqui. Quanto mais energia ele gastar, melhor seu cochilo será. - Meu braço queima onde ela está tocando, mas eu não posso pensar sobre isso agora.

Nós andamos atrás dele e eu vou para o balanço enquanto ela se senta em um banco. Eu começo devagar, morrendo de medo que ele vá cair, mas ele é destemido. Após cerca de cinco minutos empurrando muito baixo, ele pula e corre para os escorregadores.

Não há realmente nada que eu possa fazer no escorregador, então eu sento com Any e o vejo brincar com as outras crianças. Ele grita de prazer cada vez que chega ao fim do escorregador e nós o aplaudimos.

Os sentimentos que rodam através do meu corpo são estranhos. Há felicidade, mas também tristeza. Lágrimas ameaçam cair, então eu olho em uma direção diferente para tentar me acalmar.

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