Segunda Chance

Capítulo 6 - Alfonso

Alfonso

Meu joelho está me matando. Eu exagerei esta manhã com a corrida, mas valeu à pena. Minha jacuzzi deve ser entregue amanhã e posso mergulhar e relaxar em seguida. Estar com Anahi vale qualquer quantidade de dor.

Eu não posso acreditar que perdi a cabeça, mas porra, fazia tempo que não me sentia tão bem quanto me senti quando ela me tocou. Mesmo com apenas o toque de seus dedos, meu corpo ganhou vida. Ao vê-la depois de todos esses anos, o velho sentimento ressurgiu. A dor crua que eu senti foi substituída por raiva. Anahi pode não acreditar, mas meu amor nunca foi embora, eu só o enterrei bem fundo. Eu vi a hesitação em seu rosto e sua guarda subiu quando eu lhe disse que queria conhecê-la novamente, mas ela não percebe que eu estava sendo suave. O que eu realmente queria dizer era: 'você vai estar na minha cama de novo, e eu nunca mais vou deixar você sair'. Mas vamos dar passos de bebê.

Eu ando até a casa dela para que ela não tenha outra opção além de eu pegar carona com ela. Me lembro de que esportes para pequenos são coisas que os pais fazem. Aparecer com ela é a minha maneira de fazer uma confirmação.

Eu toco a campainha e ouço o barulho lá dentro. Meu filho abre a porta e sorri para mim.

- Oiiii, Sr. Herrera.

Seu cumprimento é como um chute no estômago. Eu sorrio para ele e despenteio seu cabelo.

- O que você está fazendo, rapaizinho?

- Nada. Mamãe me disse que você estava vindo, então eu esperei.

- Você está animado para ir para o campo?

- Sim, Miles vai estar lá.

- Miles é seu amigo?

- Ah, sim, eles vão para a creche juntos e são praticamente inseparáveis. Ele é um garoto muito doce. - Anahi aparece e meus olhos saltam da minha cabeça. Seus shorts preto está tão apertados contra suas pernas e sua blusa vermelha abraça sua cintura e peito. Seus longos cabelos castanhos pendem para o meio de suas costas em ondas e as sandálias envolvem em torno de seus tornozelos. Ela é um sonho molhado andando. Sento-me na cadeira mais próxima para tentar esconder a ereção em meus shorts.

- Uau! - É tudo o que eu consigo dizer.

- O quê?

- Você está muito quente. - Digo a ela, pra não dizer gostosa, deliciosa, linda....

Seu rosto fica vermelho e ela desvia o olhar.

-É apenas shorts e uma blusinha.

- Talvez para algumas pessoas, mas em você, é sexy como o inferno.

Seus olhos cortam para mim e depois de volta para Miguel, que está tentando colocar seus sapatos. Falo desculpa silenciosamente. Outra coisa que eu preciso aprender é não xingar muito. Ela vai me matar se o nosso filho começar a falar como um marinheiro.

- Você está pronto? - Eu pergunto a ele, que corre para fora da porta. Nós o seguimos até o carro de Any. Percebo imediatamente que seu carro é velho. A pintura está desbotada e o interior está dilacerado.

Ela olha em volta procurando pelo meu carro e eu explico que vim andando. Ela acena com a cabeça e coloca Miguel em seu assento.

- Então, por que exatamente você quer ir hoje? É apenas um bando de garotos correndo enquanto os pais preenchem a papelada e os assistem.

- Bem, eu gostaria de assistir a um bando de garotos correndo por aí. Eu também quero ver quais opções estão disponíveis, além do futebol.

- Poncho, você é ridículo. Eu não acredito que você ainda não gosta de futebol. Por favor, me diga que você tem um motivo melhor do que o que eu penso.