Prólogo - Cernunnos

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INFO: [Este livro está sob revisão para publicação impressa]

Eu sou um deus.
E como todos os outros deuses eu tenho as minhas responsabilidades. As minhas são cuidar dos animais, das árvores, das águas, do solo, do ar... De tudo que é vivo e que faz a vida. Eu sou o grande cervo. Aquele que faz a ligação entre os dois mundos: o dos vivos e o dos mortos. Eu não sou imortal. Nem um de nós é. Exceto a grande deusa. Ela é o princípio de tudo. Ela é o ser maior que pode existir.
Nós podemos ser destruídos por um outro deus ou por uma força divina, ainda que ela tenha sido modificada para as forças sombrias.
Ser um deus tem as suas vantagens... Mas eu não encontrei nenhuma quando tive que salvar a vida de alguém que eu amo... Ana.
A imagem está bem guardada na minha memória, e tenho certeza de que ela nunca sairá de lá. Eu lutei, dei meu máximo, mas este não foi o suficiente para salvar a vida de Ana. Ela lutou até o fim. Ela se entregou como sacrifício para salvar os dois mundos. Merece ser lembrada para toda a eternidade. Às vezes eu paro e fico pensando como teria sido a nossa vida juntos... Ela envelheceria e morreria. E eu continuaria vivendo para todo o sempre. Seria uma dor horrível ter que se despedir de Ana para sempre. Mas no fim de tudo eu acabei dando adeus cedo demais. Já se passaram três luas cheias desde que Ana se foi. Eu sinto um vazio muito grande dentro de mim. Talvez seja isso o que os mortais sentem, quando uma pessoa faz muita falta. Há um vazio, mas um vazio misterioso dentro de mim. Como se faltasse algo... E falta. Falta a Ana. Mas é como se faltasse respostas. Eu não sabia o que era. A grande deusa não toca no assunto desde que Ana se foi. É intrigante. Ana se foi, mas eu sinto ela viva dentro de mim. Sinto que ela está comigo. Sinto bem mais forte agora com ela morta, do que quando ela estava viva. Onde você está Ana? Onde você está?



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ESTREIA DIA 07 DE DEZEMBRO DE 2015



CERNUS - O caminho dos deuses (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora