Capítulo 26

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Trocamos vários selinhos e eu não evito de abrir um sorriso e enquanto ele entrelaça nossas mãos.

—O sentimento que eu tenho por você é tão forte. —ele fala baixo e eu fico em silêncio apenas querendo escutar sua voz. —Isso aqui, nunca vai acabar. —ele diz e eu sorrio e beijo-o novamente.

—Opa, é isso mesmo que estou vendo? —disse a voz mais conhecida por mim.

Júlia.

Olho na direção da mesma e abro um sorriso falso.

—De que estamos nos beijando fofa? É sim. —falo e ela levanta as sobrancelhas parecendo insatisfeita com a resposta.

—Estão ficando? —pergunta e eu olho para Diego e abro um sorriso.

Volto a olhar para ela com a melhor cara de debochada o possível.

—Estamos namorando, meu bem. —falo e tenho vontade de rir ao ver a cara que ela faz.

Mulher tem o instinto de saber quando a outra quer algo com seu pretendente ou namorando, sua paquera, enfim, a gente sente quando elas têm interesse.

Diego se levanta parecendo um pouco envergonhado e estende as mãos para cumprimenta-la.

—Era essa a supresa de ontem. —ele diz e da de ombros.

Me levanto e fico ao seu lado marcando território.

—Entendi. Bom para vocês. —ela fingi indiferente. —Preciso ir. —ela diz e antes de falarmos algo, da as costas e se afasta.

Diego coloca as mãos na minha cintura me virando de frente para ele.

—Sabe meu irmão? Ele anda estranho. —falo lembrando do que aconteceu mais cedo.

—Deve ser o lance da Sofia. —ele diz e eu enrugo as sobrancelhas.

—O que ela fez? —pergunto.

—Ela não, o João fez. —responde e eu fico mais intrigada.

—E o que ele fez? —saio dos seus braços.

—Ele queria namorar com ela e a beijou a força. Foi isso que eu soube pelo menos. —ele diz e eu sinto a vontade de matar o João.

Aquele garoto só aparece para me dar problema.

—Ele é mesmo um canalha! —falo irritada. —Ele vai ver o que eu vou fazer. —falo me abaixando e pegando minha mochila.

—Espera, aonde vai? —ele pergunta tentando me acompanhar.

—Atrás desse embuste. —falo e caminhando para dentro da escola.

Escuto umas gritarias e algazarras no corredor e vou na direção vendo Sofia com a feição desesperada. Empurro as pessoas que não me dão licença e arregalo os olhos ao ver Jonatha enchendo o João de socos.

—Alguém faça alguma coisa, pelo amor de Deus! —ela grita e Diego abre um sorriso com a cena e leva um tapa meu.

—Tira ele de lá! —grito e ele me obedece indo tirar o Jonatha de cima do João que estava todo quebrado.

—Me larga, droga! Eu vou acabar com esse desgraçado! —ele grita e eu vejo as veias no seu pescoço pulsarem e seu rosto estava muito vermelho.

AOS OLHOS DO PAI (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora